Amar um anjo (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 13 - Parte 02.

Capítulo Sem revisão. 

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Capítulo 13 – Parte 02.

Margareth Deveraux.

Eu observo Angel seguir com aquela aberração caipira, com o maxilar travado tão forte que eu penso que meus dentes irão trincar.

Eu nunca iria admitir tal relacionamento, e se Angel sabe alguma coisa, ela sabe sobre isso. Eu não aceitei sua irmã e o serviçal, e jamais a aceitaria com a aberração.

– Margareth.

Robert me chama quando eu encaro a porta por onde eles saíram por muito tempo.

Desviando meu olhar eu o encaro.

– Você fará algo sobre isso?

Ele pergunta, mas tenho certeza que já sabe a resposta.

Eu não deixarei minha única filha ir. Não tão facilmente.

Então eu aceno concordando, em resposta para sua pergunta, mas então digo.

– Você sabe que isso é culpa sua. – Eu rosno.

Ele me encara surpreso, mas ri em seguida. Não se importando com minhas acusações. Ele nunca se importou com o que digo de qualquer maneira.

– Diga-me como? – Ele pede zombeteiro.

– Se você a tivesse deixado na França, ela nunca teria conhecido Mary. – Rosno o último nome com asco. – E consequentemente não teria se envolvido com esse... Esse.

Faltam-me palavras para descrever tal ser.

– Não ponha a culpa em mim, querida. Ashley ficou até o seu último ano escolar, e mesmo assim, quando retornou para os Estado Unidos, se envolveu com o motorista.

– E mesmo assim, você quis que Angel voltasse para cá. Ela não deveria ter voltado quatro anos antes, e não deveria ter voltado quando as aulas acabassem como sua irmã fez. A história se repete Robert, você não vê?

– Eu vejo. Mas vejo também que se há um culpado para isso, esse é você. Que nunca se importou com nossas filhas. Sempre se importando somente com o que os outros pensariam de você, se a sua festa será a mais cara e glamorosa, ou se a sua roupa é a mais cara. Você querida, é somente um adorno para mim, e queria que nossas filhas fosse o mesmo para outro homem.

Sinto meu rosto vermelho com a fúria.

Ele sempre jogou em minha cara que havia me comprado. Robert nunca amou ninguém a não ser a si mesmo e suas filhas.

Caminhando até ele eu levanto minha mão para bater em seu rosto, mas ele a pega no ar.

– Não ouse querida. – Diz ameaçadoramente. – Eu fui contra o relacionamento de Ashley e o motorista, e sou contra o relacionamento de Angel com esse tal Connor, assim como você. Mas ao contrário de você, Margareth, eu sempre quis somente o melhor para elas, e você sempre quis o melhor para você. Que é casar suas filhas de uma forma que você possa se destacar ainda mais na sociedade, e aumentar sua fortuna como consequência.

– Você também quer aumentar sua fortuna através de um casamento para Angel. – Eu rosno em seu rosto.

– Seria interessante, realmente. Mas acima disso eu quero a felicidade de Angel, e não acho que ela irá encontrar morando em uma fazenda nos confins da terra. Faça o que tiver que fazer para impedir que esse relacionamento continue, mas certifique-se de que as consequências não vão tão longe como da última vez. – E sorrindo ele beija meu pulso que ainda segura. – E nunca mais ouse levantar a mão para mim.

E então, dizendo essas palavras, ele me empurra para o sofá de coura.

E virando-se, ele sai da sala como se fosse o dono do mundo. E talvez fosse. O que somente me faz odiá-lo ainda mais.

Limpo o local em meu braço que ele beijou, antes de alcançar meu celular em cima da mesa de madeira.

Eu podia estar fervendo com ódio nesse momento, mas sempre soube como levantar minha máscara fria, e fingir que nada pode me prejudicar. Também sempre soube que tempo é algo muito valioso, e nunca gostei de desperdiçá-lo, e não começaria a fazê-lo nesse momento.

E respirando fundo eu busco em minha agenda um nome, e ligando para o número referente eu espero até que a ligação seja atendida.

– Senhora Deveraux. Quanto tempo, não?

– Sim. Muito tempo.

Digo para a voz que escutei a última vez há quatro anos.

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