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No dia seguinte, Kristy acordou sentindo um peso extra em seu corpo. Ela teria se desesperado - como acontecia toda manhã desde doze semanas atrás -, mas a respiração regular de Chace em sua nuca a fez voltar a fechar os olhos.

Ou quase.

Kristy olhou para o relógio, que marcava uma hora da tarde. Ela se sentou na cama em um pulo e encarou os números verdes. Não podia ter acordado tão tarde. Quer dizer, ela e Chace haviam perdido a aula.

- Chace - Kristy o cutucou com o braço.

Ele franziu a testa, mas não demonstrou qualquer interesse em se levantar.

- Chace, levanta! Nós perdemos a escola!

Chace abriu os olhos e a encarou como se ela fosse louca.

- O quê? Do que você tá falando?

Kristy saiu da cama com o lençol ainda a envolvendo.

- Se sairmos agora, podemos chegar a tempo para o quinto...

- Kristy, hoje é sábado.

Ela piscou e o encarou. Chace ergueu as sobrancelhas.

- E sábado não tem aula. E mesmo que tivesse, não daria tempo. - Havia um tom gritante de zombaria em sua voz.

Kristy piscou novamente.

- É sábado?

Ele assentiu e a puxou de volta para se deitar.

- Por que achou que hoje fosse dia de semana? - Perguntou, acomodando-se de frente para ela.

- Hum... - Kristy franziu a testa. Falar ou não? - Eu... não tenho dormido bem...

- Você não tem dormido - Chace a corrigiu. - Isso parece tão incomum para você? Dormir outra vez?

Ela engoliu em seco.

- Eu acordei em casa - pressionou os lábios. - Isso não acontece há algum tempo.

- Talvez seja por isso que você mande tão mal nas provas.

Kristy achou que ele estivesse sendo engraçado, mas os lábios dele nem se repuxaram para cima.

- É - concordou.

Chace havia dormido ali. Sem roupa. E ela também.

Isso explicava porque ambos acordaram tão tarde.

- Nós dormimos que horas? - Kristy o questionou.

Chace analisou-a enquanto buscava a resposta em sua memória.

- Talvez duas horas da manhã.

Duas da manhã? O que diabos eles fizeram durante a tarde?

Kristy arriscou se aproximar mais um pouco. Um vento gelado perpassou por seu corpo, o que a fez querer que Chace a aquecesse.

E ele o fez. Ele a envolveu com o braço, mantendo-a perto.

Muito perto.

Chace prendeu uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha e percorreu o caminho de sua mandíbula até o queixo com o dedo indicador. Em seguida, deslocou sua mão para baixo do cobertor cor-de-creme, para a barriga de Kristy.

Ela estremeceu e o fitou, sendo fitada de volta.

- Eles podem nos ouvir? - Perguntou.

Kristy assentiu. Não estava ao certo acompanhando sua gravidez por intermédio de um especialista, mas sabia disso.

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