Oin! Capítulo novo!
Não editado, assim como o anterior, mas só pq to empolgada pra escrever o grand finale da história. Vou deixar a edição para o meu triste periodo de bloqueio.
Boa leitura e boa música! 🌸Palácio Verrat, 04 de setembro de 1637
Um grito carregado de dor e desespero cortou o ar frio da noite. O palácio pendia ao silêncio há horas enquanto Katherine entrava em trabalho de parto. As contrações tendiam a piorar conforme os minutos passavam, e era o que estava acontecendo.
Chace aguardava na sala de estar principal do palácio ao lado de Isabel. Ele fora estritamente proibido - talvez por Sophie ou pela própria parteira ou pelas duas - de entrar no quarto, e a condessa decidiu ficar ao seu lado para acalmá-lo. Não seria muito fácil considerando os gritos vindos do segundo andar, mas tentar já era alguma coisa.
Os sete meses que antecederam aquele momento foram marcados de, hum, tensão e muitas discussões. O palácio parecia ter se dividido em dois, onde Isabel, Chace, e Katherine estavam do lado A e Sophie, Donna - mãe de Chace - e o restante do lado B. Não fazia tanta diferença a oposição por parte dos empregados. Isso porque eles sempre estariam onde Isabel estivesse, ainda que não concordassem.
O que era o caso.
Donna havia chegado três semanas após receber a carta enviada pelo filho. Katherine havia de estar em seu segundo mês de gestação e não fazia muito tempo que saíra de Varna com Chace para retornar a Sófia. Deveria ter sido uma viagem curta, sem novidade alguma. Fala sério, eles estavam na cidade vizinha. Praticamente não havia tempo de acontecer qualquer coisa que fosse porque o palácio vivia acordado, e alguém ficava sempre à espreita. Surpreendentemente, não naquela noite. Essa seria a hora ideal para fazer a pergunta mais incriminadora de todas: quem visitara o quarto de quem?
As paredes do pequeno dormitório eram finas, e o frio era rigoroso assim que a noite caía. Passava das dez quando batidas suaves e impacientes soaram na porta de Chace. Ele imaginou que fosse qualquer pessoa, exceto Katherine.
- Está me ouvindo?
Ele ergueu os olhos do carpete vermelho para a condessa sentada ao lado, a qual pousara a própria mão por sobre a sua.
- Perdão - pigarreou antes de continuar. - Não estava escutando.
Ela suspirou penosamente. Projetou os ombros para trás antes de dizer:
- Imaginei.
E então, tudo retornou ao amargo silêncio. Por alguns segundos, mas foi o suficiente para alarmá-los.
Estavam ali há quanto tempo? Quatro horas? Katherine não vira a luz do sol naquele dia. As contrações iniciais vieram bem antes do amanhecer. A parteira havia chegado por volta das duas horas da tarde e, à essa altura, a outra procurava manter a calma enquanto a dor duplicava.
Como uma espécie de complemento ou elemento adicional, Sophie encarou Chace com desaprovação o tempo todo; Donna encarou Sophie; Isabel encarou Donna; a parteira encarou Isabel. Havia um conflito silencioso acontecendo, no qual ninguém ganhava e tampouco perdia.
Pelo menos era como Isabel pensava.
Pouco mais de dezessete horas depois, o primogênito de Katherine nasceu. Ele deduziu isso a partir do silêncio que retornara ao local. Não pode-se ouvir mais nenhum grito, gemido, grunhido ou objetos sendo jogados contra a parede. Katherine ficara incrivelmente irritadiça com o próprio desespero e a própria dor.
Passos na escada atraíram a atenção de Chace. Ele se levantou, ansioso, e aguardou a mulher que fosse chegar à sala.
Admitia que esperava ver a parteira, e não Sophie.
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