OS OPOSTOS - 1° Livro {Concluído}

Dezessete

- Como aquele filho da mãe teve coragem de fazer isso com você?! - Diz a Jennifer enquanto passa a maquiagem onde está roxo, meus pais ainda não viram e eu espero que eles não vejam.

- Graças ao Gustavo não aconteceu coisas piores

- Ai Ana como foi que ele teve coragem de marca seu lindo rostinho, isso está horrível!

- Ele estava bêbado, e eu também fui dizer que não o amava, ai só complicou a coisa toda.

- Por que você disse que não o amava? – Ela me olha erguendo uma sobrancelha

- Porque eu não o amo

- Então estava com ele por quê?

- Porque eu queria dá uma chance a ele

- Ana você estava iludindo o menino!

- Eu sei Jennifer, mas achei que se eu desse uma chance a gente daria certo.

- E você viu que não deu

- Eu nunca achei que o Erick fosse violento

- O amor deixa as pessoas loucas

- Agora eu percebo isso, agora termina logo isso - Ela termina de esconder o roxo e depois saímos com o Lucas para escola.
Entramos na sala e o professor entra em seguida

Passei as três aulas antes do intervalo pensando em tudo que aconteceu ontem

- Vou para biblioteca - Digo quando bate o sinal do intervalo

- Agora conta uma novidade, desde começo do ano você se tranca na biblioteca na hora do intervalo.

- Vai se catar Jennifer - Vou para biblioteca e como já era de se esperar cinco minutos depois o Gustavo está parado na minha frente - Por acaso você anda me seguindo na hora do intervalo?

- Talvez - Tiro os olhos do livro e vejo um lindo e maravilhoso sorriso - Posso sentar?

Faço sinal para que ele se sente ao meu lado e assim faz

- Está lendo o quê?

- Não sei não prestei muita atenção na história – Ele sorri e continua olhando para a mesa

Eu o quero, eu preciso dele, eu fui uma tola em não ter aceitado namorar, com ele todas aquelas vezes que ele me pediu, mas eu não sei, meu medo teima em ser maior, em ser mais forte.

- Gustavo

- Oi? – Ele olha para mim

- Posso fazer uma coisa?

- O quê?

- Isso

Me inclino sobre ele e o beijo, um beijo apaixonado que vai ficando urgente como se nós dois precisasse disso, precisássemos um do outro.

- Eu te amo Ana, eu preciso de você, eu quero só você - Diz ele com a testa colada a minha.

- Eu sei

- Fica comigo, eu te amo tanto Ana.

- Eu sei Gustavo, mas não estou pronta para namorar de novo você viu como acabou meu último relacionamento - Digo passando à mão em seu rosto macio.

- Eu sou diferente do Erick, eu nunca bateria em você - Diz ele passando a mão na parte onde levei o tapa.

- Eu sei Gustavo, mas ainda tenho medo de você me magoar.

- Eu nunca te magoaria

- Seu histórico me assombra

- Esquece ele, esquece aquele Gustavo, ele não existe mais

- Eu... Não consigo Gustavo, me desculpa - Levanto e volto para sala bem na hora que bate o sinal.

{...}

- Jeh que tal este? - Pergunto saindo do provador com um vestido verde esmeralda de uma alça só com flores, dá cintura para cima é grudado e da cintura para baixo um pouco solto.

- Perfeito Ana!

A Jennifer escolheu um vestido rosa com um corpete perolado grudado no corpo até a cintura, para baixo da cintura, a saia é toda rodada estilo escama. Falei para ela escolher outro, mas ela bateu o pé dizendo que ia ficar com ele.

- Já compramos tudo e já marcamos até o salão será que podemos ir comer que eu estou com fome?!

- Tudo bem - Saímos da loja e vamos à praça de alimentação - E ai Ana já resolveu me contar que gosta do Gustavo?

- Jennifer, eu estou perdidamente apaixonada pelo Gustavo e fui uma idiota, boba, tola por não ter aceitado namorar com ele quando ele me pediu.

- Oh glória ela finalmente confessou! - Diz ela levantando as mãos

- Cala boca Jennifer

- Vai aceitar namorar ele agora?

- Ele está namorando a Elena lembra?

- Não vem não Ana que até você sabe que aquele namoro não vai dá em lugar algum e, além disso, ele me disse que ainda te ama.

- Pode até ser, mas ele não me pediu em namoro - Mentira Ana na biblioteca depois que vocês se beijaram ele pediu você em namoro de novo, lembra meu subconsciente.

- Duvido que ele fique muito tempo sem pedi

- Quem sabe

Quando saímos do shopping sinto alguém segurando meu braço, me viro e vejo o Erick. Ele não vai mesmo me deixar em paz?

- Me solta!

- Ana, por favor, vamos conversa me perdoa eu não quis te bater.

- Mais bateu! Você fez uma coisa que nem mesmo meus pais fizeram comigo.

- Me perdoa

- O que você fez não tem perdão, você não sabe como é difícil me olhar no espelho e vê esse roxo no meu rosto?

- Eu estava bêbado

- O que se pensa bêbado se pensa sân. Você já estava com vontade de me bater, grave bem as minhas palavras, por que será as últimas coisas que você ouvirá de mim: você foi o maior erro da minha vida!

- Por favor, não fala assim eu te amo.

- Ama? Como você pode dizer que ama uma pessoa depois de bater nela?

- Me perdoa, eu não quis fazer aquilo.

- Eu nunca vou te perdoa Erick, eu perdoaria qualquer coisa, até mesmo traição, mas você levantou a mão para mim e isso eu não vou perdoar, nunca!

- Ana foi um erro, todo mundo comete erros.

- Não foi um erro Erick, você me bateu porque quis, por causa do seu ciúme bobo.

- Ana... Eu não quis

- Chega Erick! Não quero saber, não quero ouvir, me faz um favor, me esquece, não pensa em mim, não fala comigo, não olha para mim, simplesmente finge que eu não existo, agora me solta.

- Ana... Por favor

- Me solta Erick! - Ele solta meu braço, eu viro as costas e vou embora com a Jennifer.

{...}

- Caramba Ana você mandou muito bem com o Erick - Diz a Jennifer quando chegamos a casa dela

- Não sei não Jennifer, me sinto meio mal por ter dito tudo aquilo a ele.

- Esse é seu problema Ana, você sente pena de todo mundo inclusive do cara que te bateu.

- Eu sei Jeh, eu sei que não deveria me senti mal pelo que disse, mas não gosto de vê ninguém sofrendo por minha causa.

- Engraçado, você não gosta de ninguém sofrendo por sua causa, mas você não pensa em como o Gustavo sofre por sua causa, você acha isso justo com o menino que te ama? – Por mais que eu odeie admitir, ela tem razão eu não gosto de ninguém sofrendo por minha causa e nunca percebi que o garoto que me ama sofre por minha causa. Que bela ironia!