Cinquenta e dois

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- Mais um DVD - Diz a Jennifer depois de fechar a porta

- Me dá - O Lucas pega o DVD e coloca no aparelho, a Ana aparece sentada com as mãos amarrada a uma mesa.

- Dá um oi para câmera Ana

- Vai se ferrar - A Marlene da um tapa no rosto dela.

- Olha a boca Ana!

- Me solta - A Ana começa a se debater

- Pode se debater o quanto quiser eu só vou te solta depois que a gente brincar

- Brincar?

- Isso mesmo - A Marlene fica de frente para a Ana e puxa uma faca do bolso

- O que você vai fazer?

A Ana tenta se solta, mas inutilmente.

- Marlene para - Ela se aproxima da mão da Ana com a faca 

Viro o rosto para não vê a cena, mas escuto os gritos da Ana.

- Tira isso - Pede a Natalie chocada. O Lucas se levanta, tira o DVD e quebra.

A Jennifer e a Natalie estão chorando descontroladamente

Levanto e saio da casa, ando sem rumo, só quero me afasta disso tudo, dessa confusão. Passo em frente a uma praça onde eu e a Ana namorávamos, e de repente vejo o cara que sempre entrega aqueles malditos DVD's entrando em um beco, corro atrás dele.

- Oi - Ele se vira para mim. Eu o conheço, é o... - Duca?

- Desculpe eu acho que você está me confundindo com esse tal de Duca

- Não, eu não estou eu não acredito você está ajudando a Marlene! Você está torturando a Ana? Eu te mato seu desgraçado! - Pego ele pela gola da blusa e jogo ele na parede - Onde ela está?

- Eu não sei - Dou uma cotovelada em seu rosto

- Onde ela está?

- Não posso dizer

- Você não disse que não sabia? - Dou um muro nele - Duca eu acho melhor você falar logo, onde ela está?

- Eu não posso dizer, mas posso te ajudar a encontra-la.

- Finalmente chegamos a algum lugar

**Gustavo**

Meu dedo, meu dedo, meu dedo, ela cortou o meu dedo! Como é que alguém faz isso com outro ser humano? Que dor!

- Calma Ana - O Duca tira a faixa que está cobrindo minha mão - Tudo vai acabar

- Eu não aguento mais, porque ela não me mata logo?!

- Não fala isso, olha você vai sair daqui hoje, não se preocupe.

**Duca**

- Marlene - Desço as escadas e encontro a Marlene brincando com a faca

- Sim?

- Marlene, temos que sair daqui.

- É claro que temos minha filha daqui a pouco sai da escola

- Não a gente precisa fugir, encontraram o lugar.

- O QUÊ?

- Acho que me seguiram quando eu fui entregar o DVD

- Merda Carlos, você é um idiota!

- Você vai ficar aqui me insultando ou vamos embora antes da polícia chegar?

- Tudo bem vamos embora, mas antes - Ela pega um galão de gasolina debaixo da mesa.

- Marlene isso é desnecessário

- Não é não - Ela sobe as escadas e eu vou atrás dela - O que você fez com ela?

- Só dei um remédio para ela dormir

- Garoto esperto - Ela abre o galão e começa a despejar no quarto e na escada - O fósforo

- Marlene não faz isso

- O FÓSFORO! - Entrego o fósforo a ela, ela acende e fica olhando a chama e então joga no chão e rapidamente o fogo começa.

- Marlene, vamos embora - A puxo pelo braço e saímos correndo da casa - Eu não vou.

- O quê? Eu não vou sem você!

- Marlene você tem uma filha, uma vida eu não tenho nada a perder.

- Eu não vou deixar você!

- Marlene se nós fomos juntos vai ser mais fácil para nos pegar, se eu ficar posso atrasar eles e dá tempo de você fugir - Ela me abraça.

- Obrigada primo - Ela corre em direção à floresta, espero um tempo e depois entro na casa que já esta quase toda consumida pelas chamas.

Quando consigo entrar no quarto encontro a Ana desacordada no meio das chamas, entro no meio das chamas com o fogo me queimando e a pego no colo, olho ao redor e não temos saída além de uma janela. Escuto várias sirenes se aproximando

Quebro a janela com o cotovelo, coloco a Ana nos ombros e vejo o que há embaixo da janela: uma caçamba de lixo é tudo ou nada. Pulo abraçando à Ana.

Caramba, cai bem em cima de alguma coisa que está me furando, mas pelo menos a Ana está bem.

- Ouvi alguma coisa aqui - Escuto passos, vindo até onde estamos antes de ficar inconsciente vejo o Gustavo se debruçando sobre a caçamba.

- Obrigado - Tudo fica escuro

**Duca**

**Gustavo**

- Como ele está Jenny? - Pergunto à Jennifer depois que ela volta da sala de cirurgia

- Ele passou por uma cirurgia muito delicada, pois à queda fez com que ele caísse em cima de vários tipos de vidro o que perfurou a pele dele e um quase perfurou o pulmão – Nossa nunca pensei que veria a Jennifer falando assim - Se não tivessem encontrado ele a tempo ele não teria sobrevivido.

- E a Ana? Sabe alguma coisa?

- Pelo que a doutora Grace me informou ela ingeriu uma grande dose de sonífero que ainda não saiu cem por cento de seu organismo

- Mas ela está bem? - Pergunta o Lucas

- Está, provavelmente ela só irá acorda amanhã e com certeza vai acorda meio grogue

- E você sabe... A mão dela?

- Bom exigiu uma cirurgia bem, mais bem delicada mesmo, mas ocorreu tudo bem.

- Vai ficar cicatriz? – Pergunto tentando imaginar como seria

- De certa forma, sim.

- Podemos vê-la?

- Claro um de cada vez

- Gustavo – O Lucas me chama, olho para ele – Pode ir.

- Valeu – Acompanho a Jennifer até o quarto da Ana

- Gustavo, antes de você entrar neste quarto, eu quero te avisar uma coisa, se você deixa de amar a minha louquinha por causo da aparência dela eu te mato!

- Eu me apaixonei pela Ana, não pela beleza, mas sim pelo jeitinho dela - Respiro fundo e entro no quarto.

Me deparo com uma Ana magra, pálida, com o rosto completamente roxo e cheio de hematomas, mas ela ainda é a minha Ana mesmo sem seus longos e lindos cabelos loiros. 

Pego uma cadeira e me sento ao seu lado, pego sua mão e percebo que seus braços estão cortados - como ela fez isso? -.

Converso um pouco com ela, e depois saio para ver o Duca, afinal ele salvou a vida dela.

- Olha cara eu nunca fui com a sua cara - Digo mesmo ele estando inconsciente - Mas você salvou a vida da mulher que amo e eu serei eternamente grato   

OS OPOSTOS - 1° Livro {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora