A Caixa

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Escrita por ela, meu coração, minha companheira 
InesAmazona


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Cristina ficou muito apreensiva. Por mais que não se desse bem com seu pai, mas ele era o seu pai e ela o amava apesar de tudo. Seu coração se enchia de angústia só de imaginar que algo pudesse acontecer a ele.

Cris: Donatella, avise os outros. Eu quero o meu pai vigiado 24 horas. E tem que ser na surdina, ele não pode perceber.

Donatella: Pode deixar, Cris. Mas tome cuidado você também, com esse maníaco solto por aí, você não pode vacilar um segundo.

O dia transcorreu como o previsto. Algumas chamadas, mas nada extraordinário ou fora do comum. Cristina não conseguia parar de pensar no que Donatella havia lhe dito. Seu pai poderia estar em perigo, o assassino poderia usá-lo para chegar até ela é consequentemente ao Little B.

💭 💭 "Preciso desvendar esse crime e prender esse desgraçado antes que seja tarde." 💭 💭

*** Apartamento de Cristina. ***

A professora de Little B havia acabado de sair, era mais uma aula que se encerrara.

Little B: Caramba!... Pensei que esse tédio não fosse acabar nunca!—falou decepcionado.

Em: Qual é, carinha! Não foi tão ruim.

Little B: Porque não era você aqui sentado, vendo cálculos, fórmulas. Juro que se um dia eu descobrir quem foi o cara que inventou a matemática, vou lhe dar um soco bem no meio da fuça!

Em: Ah, não seja exagerado. Sua professora é muito competente, eu pude ver daqui ela parece saber das coisas.

Little B: Eu sei o que você tava vendo, tio. Sei muito bem o tipo de competência que o senhor "tava avaliando"!

Ros: Miguel, olha o respeito!

Little B: Quer dizer que o tio Emi fica olhando o traseiro da minha professora e eu é que levo a culpa, Rosa?!... Adultos! — Emiliano quase cospe o café fora de vergonha e Rosário não consegue segurar o riso.

Em: Tá bom, "senhor observador", já que você é tão esperto, por que não me responde uma coisa?

Little B: O que quer saber, tio?

Em: Se o seu nome é Miguel, por que chamam você de Little B?

Little B: Bom.... Vocês já devem ter notado que Little B é nome de um cachorro, né? – disse ele. – Eu sei que notaram, não precisam ficar com vergonha de dizer. A verdade é que, no orfanato onde eu vivia, eu tinha um cachorrinho chamado Little B, eles maltratavam muito a gente lá naquele lugar que chamam de abrigo, quando eu fugi, eu o levei comigo, mas a carrocinha o pegou e eu nunca mais o vi. – disse ele baixando a cabeça, e esfregando o rosto para limpar algumas lágrimas que caíram. – Daí, nas ruas, eu adotei o nome dele porque assim, o pessoal do orfanato nunca iria me achar, e eu tinha uma lembrança do Little B comigo.

Emiliano e Rosário se comoveram com a história do menino. Como alguém tão jovem poderia já ter sofrido tanto, e ainda assim, carregar um sorriso no rosto?... Little B, – ou Miguel – era um garoto como poucos.

*** De volta ao departamento... ***

O Comandante Hernández estava em sua sala preenchendo relatórios. Detestava aquela burocracia, para ele a polícia estaria melhor se estivesse fazendo seu trabalho como era para ser: prender bandidos, manter a população segura e sem tanta papelada para dar conta.

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