My best friend - Capítulo 26

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"É assim que você é pra mim
Um tesouro que pra sempre eu vou guardar"
(Fernanda Brum)

Duas semanas depois

Yasmim

— Exaustivo? — Joseph indaga e eu me recosto no encosto da poltrona.

— Até que não — respondo, passando a mão pelo meu pescoço que dói de tanto pintar e fazer algumas planilhas no computador.

Daianny ainda está de férias então acabei ficando um pouco mais atarefada. E minha secretária só faz o mínimo porque eu mesma gosto de preparar minha agenda, sendo assim, ela só o faz quando eu estou bastante ocupada com outras coisas.

— Diga-me, como foi sua viajem a negócios? — pergunto.

— Foi ótima  — responde, aproximando-se por detrás de mim. —Deixa eu te relaxar um pouco — diz, pondo as mãos em meus ombros, massageando-os, o que me deixa menos tensa e mais desfadigada.

— Donde surgiram essas mãos maravilhosas, Joe? — questiono de olhos fechados e ele sorri.

— Pelo visto está gostando — responde.

— E como!

No mesmo instante, em que ele continua a dar-me mais um pouco de massagem, alguém bate na porta, no que logo peço que entre.

— Senhorita, Yasmim? — Aparece com apenas uma parte do corpo a amostra, encarando-me, com a mão segura na maçaneta.

— Diga, Paul — digo, ainda com as belas mãos de Joe em meus ombros.

— Tem um homem, que se intitula por Johnny, no térreo, querendo falar com a senhorita — diz.

— Ele disse mais alguma coisa? — pergunto, não sabendo quem é o tal homem que deseja falar-me.

— Ah! É mesmo! Já ia me esquecendo. Ele disse ser seu amigo — responde.

— Amigo? — Busco recordar-me até que, finalmente, algo me surge à memória. Não tinha certeza absoluta, afinal a única pessoa do qual me recordo com esse nome me deixou há muito tempo. Prontamente, levanto-me e digo a Joe para ele continuar a me massagear depois e ainda brinco com ele dizendo que irei pagar pelas massagens.

— Obrigada, Paul. Diga a ele que eu estou descendo — respondo.

Sem delongas, sigo para o térreo. Em pensar que eu achei que nunca mais o veria, meu coração pula para fora do meu peito de tanta ansiedade que me possui.

— Johnny! Quanto tempo? — digo, abraçando-o demoradamente e ele retribui.

— Lembrou-se de mim? Estás tão linda quanto a última vez que lhe vi — fala, sorridente, enquanto ainda estamos envolvidos num abraço nostálgico.

— Por onde andou? Todos esses anos e nada. Simplesmente você aparece agora... — indago, ainda eufórica, afastando-me para olhá-lo nos olhos.

— Estive na Tailândia — responde.

— Tailândia? — Arregalo os olhos, surpresa. — Nossa! Que incrivelmente distante — digo, ainda risonha. — Você está lindo... — elogio involuntariamente, mirando-o nos olhos, nos seus lindos olhos castanhos que me prendem e me levam ao passado, em um tempo em que éramos melhores amigos; e percebo o quanto ele me fita de volta possuindo as mesmas sensações que eu, assim creio. — Casado, solteiro...? — questiono para mascarar o clima embaraçoso que se formou entre nós.

COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERAOnde histórias criam vida. Descubra agora