"Naquele lar, a vida não terá fim
Eu sei que te verei de novo"
(Newsboys)Ao sairmos da encantadora piscina termal, decido levá-la ao teatro, mesmo que já esteja anoitecendo. Contudo, no caminho para o teatro, minha mãe empalidece de forma repentina. Miro-a e contemplo-a mais esbranquiçada do que o normal, o que me leva a estar preocupada a ponto de parar o carro numa esquina a três quadras de onde estávamos anteriormente.
— Mãe, mãe! A senhora está bem? — questiono, bastante preocupada.
— Só estou um pouco cansada, só isso — responde, mas não a ponto de me convencer que está tudo bem.
Logo, minhas suspeitas se concretizam ao vê-la querer vomitar. De imediato, retiro o cinto de segurança que a prende e me desprendo dele também, destravando as portas, em seguida, o que é o suficiente para eu contemplá-la abrindo a mesma e pondo para fora o jorro amarelo-esverdeado misturado a alguns traços de alimentos. Desespero-me, sentindo meus olhos lacrimejarem. Assim que ela se acalma, dirijo o mais rápido que posso para o hospital. No caminho, busco telefonar para o médico dela, porém nada. Tento ligar para a emergência e consigo ser atendida; prontamente, explico o que ocorreu e o que minha mãe já possui como patologia, sendo assim eles já me esperarão com uma maca do lado de fora.
No momento em que me aproximo da emergência, visualizo-os apontando uns para os outros e chamando. Então me acerco ainda mais, paro o carro e eles vêm até mim.
— Senhorita Yasmim Lahanna? — pergunta, uma enfermeira.
— Sim, e esta é minha mãe — digo, apontando para ela que ainda se encontra no assento de passageiro.
— Muito bem.... Jack ajuda aqui! Vamos colocá-la na maca. — Pede, e um rapaz se aproxima a fim de ajudá-la.
Quando tiram minha mãe do carro para a colocarem na maca, ela vomita de maneira consecutiva, até que suas pernas começam a tremer.
— Ela vai ficar bem? — pergunto a um médico que a acompanha para dentro da emergência após pô-la em cima da bendita maca, enquanto lágrimas vertem de meus olhos.
— Não podemos te afirmar nada ainda. E, se o caso for exatamente o que nos foi dito, eu sinto muito. Isso poderia ser mais do que o esperado, mas tentaremos fazer o possível.
Em seguida, olho para minha mãe e vejo o semblante dela desfalecer.
— Um, dois, três!
Eu observo tudo o que acontece, mas sem muita atenção aos detalhes em minha volta, não desviando os meus olhos dela por nenhum instante sequer.
— Ela não está conseguindo respirar! — Escuto dizer.
— A pressão dela não está boa!
— Pulsação caindo. Epinefrina!
— Pra já.
— O que está havendo?
Eu sinto a minha cabeça latejar e apenas continuo a ouvir o que estão a proferir de relance, pois tenho a sensação que é semelhante a algo que eu já presenciei antes: Caleb....
Pipipipipi!
— O que está havendo? — questiono, desesperada, assim que escuto o som que me desperta dos pensamentos alheios.
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COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERA
Roman d'amourYasmim Lahanna é uma mulher batalhadora, apaixonada pela arte, mestra na computação, mas nunca viveu um amor de verdade até que, numa tarde de outono, conheceu Caleb, um gastrônomo e chef de cozinha bastante respeitado pelos que o circundam e dedica...