As vezes, é surpreendente
As vezes, é tão louco
Esta coisa chamada amor
(NF)Autora
Dois meses depois...
Caleb, ao relembrar de fatos passados, sente por impulso ir atrás de quem por muito tempo ignorara. Contudo, não sabia como fazer isto, ainda mais sozinho. Ele começa a andar de um lado para o outro cogitando algo, até que para no meio da sala e pensa "se Violetta e Natan" não poderiam ajudá-lo com isso. Talvez um encontro funcionaria bem, porém ainda lhe possuíam dúvidas. Então, ele procura nos arredores o telefone celular e o visualiza no sofá, apanhando-o logo em seguida. Ele liga para Natan e pede para que venha vê-lo a fim de uma conversa e faz o mesmo com sua irmã.
À medida que eles não chegam, Caleb dirigi-se até seu quarto e, ao entrar, vai em direção ao guarda-roupa, pegando, do fundo dele, um baú de tamanho mediano, bem conservado e trancado, no qual sempre colocou a chave junto ao resto da penca com o objetivo de camuflá-la por ser semelhante no tamanho. Sendo assim, pegou a chave e destrancou o cadeado, abrindo a caixa e revelando assim inúmeras fotografias dele junto a Yasmim. Ele mira as fotos, apanhando-as e suspira, colocando todas elas sobre a cama. Por muito tempo decidiu ocultá-las e até pensou em jogá-las fora, no entanto, pela primeira vez, ele sentiu alívio em deixá-las lá. Seu intuito sempre fora de omissão ao que não se recordava, mas não conseguia se livrar disso e, agora se torna a coisa mais importante a ser feita, não sendo necessário mais esconder o passado.
Enquanto isso, Yasmim está coordenando os últimos detalhes da ornamentação do novo empreendimento. Cartões e panfletos foram entregues para vastas pessoas a fim de que muitos se interessem pelo negócio, o que não demorou muito para surgir interessados em patrocinar caso dê certo. O positivismo dela quanto a posição dos empresários fora tanto que dissera já ter "dado tudo certo".
— Hanna, está lindo esse lugar! — Dai contempla o local deslumbrada pelos detalhes, pois se trata de um verdadeiro local artístico, dividido em três andares. O escritório fica no último andar, junto ao refeitório. As salas ficam dispostas no segundo andar. No térreo, está a recepção junto ao local de espera, como também a secretaria para atendimentos e inscrições no projeto, banheiro e lavanderia. Próximo a recepção, um enorme quadro na parede esbranquiçada com vestígios alaranjado, no qual a própria Yasmim fizera. Nele continha uma criança sentindo o aroma de uma flor de girassol e sorrindo com os olhos semicerrados.
— É, ficou muito lindo. Deus é bom — diz, com as mãos na cintura, risonha pela conclusão.
— Precisamos comemorar em particular. Só eu, tu e Joseph. —Dai profere.
— E ficar de vela?
— Boba.
— O quê? Mas se é verdade. Daqui há alguns meses será o casamento dos dois e isso é ótimo.
— Ei! Ainda serás madrinha de casamento.
— Eita que mal noivamos e já estão pensando em casamento. — Joseph chega, risonho, e dá um beijo em Daianny.
O noivado de Daianny foi mui divertido e, por mais que Caleb tivera sido convidado, ele não foi, pois não queria encontrar-se com Yasmim. Na festa, alguns amigos de Joseph e os colegas da escola de culinária estavam presentes, assim como alguns poucos familiares dos dois, porquanto os demais convites serão dados para o casamento.
— Cadê a vela? — Yasmim brinca, revirando os olhos pela cena.
— Uau! Isso aqui está lindo demais. — Observa ao redor. — Gostei de ver — elogia.
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COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERA
Lãng mạnYasmim Lahanna é uma mulher batalhadora, apaixonada pela arte, mestra na computação, mas nunca viveu um amor de verdade até que, numa tarde de outono, conheceu Caleb, um gastrônomo e chef de cozinha bastante respeitado pelos que o circundam e dedica...