Não se vá, Mãe! - Capítulo 17

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"Quando você estiver em casa eu sei que estarás segura"
(Newsboys)

Ao fim da conferência, despeço-me dos convidados enquanto Joseph e Daianny permanecem em um canto, conversando; e os funcionários começam a colocar algumas coisas nos lugares adequados e a desarrumarem toalhas ali e acolá, entre outras coisas. Enfim, estou exausta.

Revi algumas pessoas maravilhosas, entre elas, Jonathan, o pai de Caleb. Realmente me surpreendi com a sua presença já que ele é uma pessoa bastante caseira.

Quando o último convidado se retira da galeria, vou até onde Joe e Dai estão, e, é claro, dou umas poucas palavras para que eles já possam ir embora; e o mesmo digo aos funcionários, que acredito estarem tão cansados quanto eu. Deixarei o resto da reorganização para depois de amanhã, pois dou folga a todos no dia seguinte a este. Eles merecem. Trabalham muito e são esforçados, além de unidos. A concordância que eles têm uns com os outros é fantástica. As vezes surge alguma desavença, mas é tão raro; e desejo que continue sempre assim.

Pego minhas coisas e, logo em seguida, todos saímos e fechamos a galeria. Claro que eles anseiam por uma comemoração, mas eu não possuo mais forças para ficar de pé. Estou demasiadamente desejosa de chegar em casa e tirar os saltos, tomar um banho e me lançar sobre a cama. Ademais, está bastante tarde, por isso dispenso todos e recomendo que retornem para casa e deixem a comemoração para outro dia.

Sigo ao estacionamento, que está aberto, ainda, e me direciono ao meu carro. Após entrar, coloco a senha e, assim que liga, dou a partida, seguindo para casa.

Ao chegar, deixo o carro na garagem e me direciono para dentro do meu lar, doce lar; jogo as chaves sobre a mesa, retiro os saltos e os levo pendurados, em minha mão esquerda, até o meu quarto. Como planejado em minha mente, tomo um belíssimo banho quente, afinal o tempo está mais frio, já. Porém, depois de vestida, sigo para o quarto de minha mãe e, claro, ela já se encontra adormecida. Portanto, apenas deposito um beijo em sua testa e depois volto para os meus aposentos. Já a enfermeira, encontra-se hospedada no quarto de hóspedes. As vezes ela dorme aqui quando eu aviso que chegarei tarde, e, como eu não posso deixar minha mãe sozinha, é ela quem fica. Amanhã será o seu dia de folga e eu vou aproveitar para passear com a minha mãe, mesmo ela dizendo que a minha felicidade é a sua felicidade e blá, blá, blá. Ela sempre foi assim: teimosa.

Lanço-me sobre a cama e não demoro a adormecer. Durmo tão profundamente que quando desperto, no dia seguinte, e miro o relógio, já são aproximadamente 10:30h a.m. Dificilmente acordo tão tarde dessa maneira, mas estava necessitada desse descanso maravilhoso e, além disso, por o tempo estar mais frio, a vontade que eu tenho é de permanecer deitada o dia inteiro; mas como eu disse que levaria minha mãe para passear, então me levanto, tomo um outro banho, arrumo-me e sigo, em seguida, aos aposentos de mi madre*. Assim que entro, ela já se mantém acordada.

— Mãe, bom dia.

— Bom-dia, querida — responde, com uma voz tênue.

— A senhora já comeu? Cadê Emanuelly?

— Sim. Ela acabou de sair. Você deu folga a ela? — pergunta.

— Uhum. Hoje eu que cuidarei da senhora, minha flor de laranjeira — respondo.

— Prefiro que seja uma rosa — brinca e eu sorrio levemente.

— Certo, já comeu e... Hum... Estás cheirosa — digo e dou um beijo em sua fronte. Em seguida, ajudo-a a assentar-se na cadeira de rodas e saímos do quarto,  com os seus documentos em mãos. Sempre ando com eles quando saímos juntas. E, como tive que poupar minha mãe de muitos esforços, mandei colocar um elevador em casa; assim torna-se mais prático a sua locomoção para o térreo.

COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERAOnde histórias criam vida. Descubra agora