"E eu admito que eu tenho medo emocionalmente de deixar qualquer um entrar
Então eu mantenho minhas portas trancadas
Você pode procurar por outras portas para abrir, mas essa não está
Porque eu não quero que você tenha a oportunidade de me magoar
E eu serei a única pessoa para culpar quando você me abandonar"
(NF)Rebecca
Ufa! — Suspiro, um pouco exausta por passar a manhã inteira treinando os passos do ballet para não perder o jeito.
Esfrego a mão pelo meu pescoço, massageando-o, e depois sigo para o quarto, pois estou necessitada de um banho.
Caleb está no trabalho e eu pretendo sair logo mais para procurar um emprego. Já me recuperei bastante das minhas loucuras que inventei de fazer, então, não vou ficar aqui trancafiada neste apartamento por mais 24 horas.Banho-me sem demora e no término, após enxugar-me, visto-me pondo uma calça jeans e uma blusa social quadriculada. Pego os meus documentos e meus currículos em cima da cômoda e coloco-os na bolsa e pasta, respectivamente, para entregar novamente, porque eu tinha entregue dois na semana passada, mas ainda não recebi nenhuma ligação. No entanto, o que eu não espero, acontece e logo corro para a sala para atender uma ligação. Eufórica, atendo, sem mais delongas, na expectativa que seja de alguma das empresas.
— Alô?
— Somos da Companhia Stuart. Gostaríamos de falar com a senhorita Rebecca Sullivan.
—Sim, é ela mesmo na linha. — Meu coração já fica saltitante e um sorriso brota em minha face, à medida que ouço as palavras da senhora.
— Você foi convocada para uma entrevista ainda esta tarde. Você pode se fazer presente aqui às 15:00h, no escritório?
— Sim, estou inteiramente diponível.
— Ótimo! Aguardaremos sua chegada. Tenha uma boa tarde.
— Boa Tarde.
Coloco o telefone no lugar e grito de fininho.
— Consegui uma entrevista! — brado, o que já é alguma coisa.
Ainda irá dar duas da tarde, então aproveito esse espaço de tempo para dar uma saída rápida e comprar alguma coisa, mas não é porque eu recebi a ligação que não quer dizer que não irei entregar os outros currículos, porque eu realmente irei entregar.
Retrocedo, pegando minhas coisas no quarto, já que antes saí em disparada não trazendo em mãos meus pertences.
Entro no elevador, após fechar a porta de casa, e logo vejo um monte de pessoas entrarem também. De onde elas saíram, não faço ideia. Normalmente entram duas, ou uma, ou nenhuma. Ao chegar no térreo, saio do sufoco e por pouco meu classificador não é destroçado.Passeio por alguns estabelecimentos, como lanchonetes, lojas, cafeterias, analisando os locais mais ideais para trabalhar e entregar currículo. Por fim, adentro em uma loja de roupas e, de imediato, sou recepcionada.
— Boa tarde, senhorita. O que desejas?
— Gostaria de ver algumas blusas sociais.
— Por aqui, por favor. — Nós passamos pela ala de vestes masculina até chegar no setor feminino mais ao fundo do local.
— Aqui, pode escolher.
— Obrigada. — Analiso algumas e olho os tamanhos, vejo a que mais se encaixa comigo e acabo escolhendo uma blusa de manga ¾ de tecido jeans. Quanto ao preço, bom, não dei muita importância, afinal não achei tão caro, muito pelo contrário.
Chamo a vendedora, entrego o traje escolhido e sigo até onde ficam as calças, visualizando uma que é exatamente do meu agrado. Experimento no provador de roupas e fico admirando como ficou: nada muito justo e nem folgado demais em mim.
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COMO O OUTONO, COMO A PRIMAVERA
RomanceYasmim Lahanna é uma mulher batalhadora, apaixonada pela arte, mestra na computação, mas nunca viveu um amor de verdade até que, numa tarde de outono, conheceu Caleb, um gastrônomo e chef de cozinha bastante respeitado pelos que o circundam e dedica...