Capítulo 8

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Anne

A casa estava movimentada. Mafiosos e mulheres troféus da máfia, alguns rostos reconheci apesar dos anos.

Meu pai,  John, e os Bonanno estavam reunidos com um escrivão no escritório de Filippo redigindo o contrato de casamento antes da cerimônia. Hoje eu já estaria com o sobrenome Bonanno perante a lei civil, as aparências eram deixadas para amanhã, o que importava realmente para a Máfia Italiana era o papel que dava total controle ao nosso território.

-Malditos!
Pensei comigo mesma.

Peguei outra taça do champanhe caro que o garçom carregava em uma bandeja, precisava de algo mais forte para o que estava por vir.

-Anne querida.
Sra. Michaela chamou minha atenção vindo em minha direção com outras duas mulheres.
Olhei, mas não conseguia sorrir apesar de tentar forçar ao máximo.

-Sim!?
Respondi a ela, fazendo o melhor que podia.

-Essas são, Antônia Bonanno irmã mais nova de seu esposo e esta é sua prima Linda Barletta, filha de seu tio Francesco. Agora que você vai morar aqui na Itália, espero que faça novas amigas.
Ela deu um sorriso caloroso me deixando sozinha com elas.

-Olá, Anne Lansky.
Me apresentei a Antônia, ela era muito bonita, cabelos pretos, alta e exibindo belas curvas em um vestido dourado, porém discreto.

Me dirigi o olhar a Linda, ela era loira igual a mim, eramos parecidas, provavelmente seguimos os mesmos traços da família Barletta.

-Linda, prazer em rever você.
Dei um sorriso sincero pela primeira vez está noite.

-Anne, como você está diferente, está tão bonita, nunca pensei em te rever numa situação como essa sinto muito. Ela mordeu os lábios, com um olhar solidário veio me dar um abraço. Linda era sempre sincera, o mal da nossa família era que as mulheres não sabiam onde parar com a língua.

Dei outro gole, pra ver se o álcool me ajudava a não abrir a boca.
Antônia me olhava de cima abaixo como se estivesse me avaliando.

-Linda não exagere, casar com Filippo é uma honra para qualquer mulher e aposto que tem muitas aqui que arrancariam o próprio dedo por um dos meus irmãos.
Ela falou com desdém.

-Claro se for por Henrico concordo, mas o sádico do Benito e a fama de Filippo tem que ter muita coragem, Anne não pediu por isso tudo, você sabe que há muitas vidas envolvidas já te falei o que eu ouvi meu pai falar.
Fiquei curiosa agora com o rumo da conversa.

-Hmm, soube que meu tio teve um papel muito importante nesta história toda, só não sei se o agradeço ou o condeno por tudo isso.
Linda me olhou assustada.

-Anne ele fez isso pela minha tia Giovanna, você é da família e ele ama você, a situação que a mafia alemã estava não era nada boa, meu pai arriscou a vida e a reputação dele por todos vocês.

A encarei e cedi, minha prima não tinha culpa pelo erro de meu pai.

-Obrigada por vocês terem acreditado em nós.
Fiz menção com o copo em agradecimento e virei o último gole que continha na taça.

Me despedi dizendo que teria que ir ao toalete, a velha e boa desculpa pra poder despistar alguém. Estava indo em direção quando sou parada por Benito.

-Vamos, estão esperando por você no escritório.
Ele disse tedioso, não sei se olhava para o seu rosto ou para o pescoço que continha mais uma tatuagem com a cabeça de um dragão saindo.

-Achei que só era permitido a entrada de homens lá.
Falei firme ou o melhor que tentava, esse homem era assustador.

-Não preciso repetir, você não parecia uma loira burra depois da cena que fez com seu amiguinho morto.
Ele sorriu.

Amor ao Capo - (Mafiosos) - #Série L'amore lá Máfia (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora