Capítulo 20

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Anne

Depois de um longo abraço no meu pai ouvi Filippo chamar à atenção atrás de mim.

  -Lansky!
Meu pai me puxou para o seu lado ainda com o braço em meus ombros.

  -Bonanno, vejo que chegaram bem de viagem.
Ele estendeu sua mão direita livre para cumprimentá-lo.

  -Sim, alguns de meus soldados chegaram, porém tem mais oito frotas de aviões que precisam pousar, mas isso deve bastar para dar início.
Ele passou à informação, mas seus olhos não deixavam dos meus como se tivesse me repreendendo pelo meu comportamento, à vontade era de mostrar a língua pra ele feito uma garotinha birrenta, agora que estava com meu pai em seu abraço me sentia tão protegida, mesmo sabendo que ele não poderia fazer nada se Filippo quisesse me levar embora agora mesmo.

  -Acredito que isso seja o suficiente, Klaus está comandando está operação, sou um homem velho para entrar na linha de frente com os Russos, mas vamos falar disso no meu escritório, John, Klaus e capitão Franz estão à sua espera para falar dos negócios em minha casa.
Meu pai adiantou-se.

Filippo se remexeu incomodado com a notícia de Klaus, mas não disse nada se pensou.

  -E Ester e Gaia, elas vão estar em casa papá? Estou morrendo de saudade delas.

  -Sim meu anjo, estão todas te esperando em casa também, vamos. Meu pai guiou-nos até dois carros preto, os motorista nos aguardavam apostos para o trajeto até minha casa, não queria soltá-lo mas como iria ter que entrar no carro fiquei sem opção.

  -Você irá junto comigo no carro pai?
Não queria que ele me deixasse sozinha com Filippo.

  -Claro meu amor.
Ele se virou para o meu marido, sua expressão continuava séria.

  -Vou com Anne se não se importar, acho que alguns minutos longe dela não irá fazer diferença Cosa Nostra.
Filippo foi responder mas vi Henrico o cotovelar pela lateral antes.

  -Sí, alguns minutos não irão fazer diferença Lansky.
Disse à contra gosto com seu sotaque italiano. Antes que ele me falasse algo entrei dentro do carro.

Quando meu pai fechou à porta soltei um longo suspiro.

  -Anne, como tem passado minha filha?
Ele me deu um olhar interrogativo, mas eu via seu rosto coberto por preocupação.

  -Papá não vou mentir, estou bem na medida do possível, não é fácil e agora com tudo isso aqui na Alemanha, achei que me casando com Filippo você iria viver seus dias descansando e não com uma guerra na porta de sua casa.

  -O Don da Cosa Nostra não iria deixar barato o que fiz querida, sua mão era apenas a ponta do iceberg para tudo isso, eu já estava preparado.
Ele disse conformado com a situação.

  -Mas eu tenho tanto medo pai, eu não sei o que faria sem você na minha vida, às vezes penso em desistir e lembro de todos vocês, mas não sei se irei aguentar por muito mais tempo.
Peguei em sua mão fazendo o máximo de esforço para não chorar.

  -Minha querida, você é igual a sua mãe, uma mulher forte, não deixe perder quem és, você vai superar tudo isso e sempre que precisar eu vou estar aqui, sua casa sempre vai estar de portas abertas.

Dei um sorriso e mergulhei em meus pensamentos, se ele soubesse por tudo que ando passando, eu não posso falar agora, não depois do meu marido já estar com toda a base dele aqui, Filippo aniquilaria a todos e meu pai com todas essas preocupações na cabeça, seria só para acontecer uma tragédia.

Quando o carro estava sendo estacionado na frente de casa, pude ver à porta aberta com Ester e Gaia nos esperando na frente.

  -Anne!!
Ester gritou.

Amor ao Capo - (Mafiosos) - #Série L'amore lá Máfia (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora