Capítulo 33

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Anne

Estava parada olhando Rita colocar as roupas de Felippo em uma mala grande, me recusei a fazer qualquer favor a ele e isso incluía arrumar suas roupas, eu não iria para Alemanha então se minhas coisas não entrassem naquela mala junto não iria mover um dedo, eu sei que é birra mas não me importo que seja, tive que me despedir rápido de Ester já que ela receberia alta só amanhã e ele passaria direto para levá-la junto, não estou sabendo lidar com esse humor que se instalou na minha cabeça.

-Ahhh. Bufo pela quinta vez no quarto.

-Algum problema senhora. Rita me olha de canto enquanto coloca os ternos em cima da cama.

-Problema, não Rita nenhum problema. Me levanto abruptamente.

-Você precisa descansar, meu senhor disse que não quer tiver estressada.

Revirei os olhos e contei até dez. Sai do quarto sem dizer nada minha ansiedade estava voltando com tudo.Fui direto pra cozinha, abri o congelador e peguei o maior pote de sorvete que encontrei, larguei em cima da bancada, peguei a primeira colher que avistei e afundei com tudo cavando um buraco na parte de chocolate.

-Ahhh. Dessa vez foi meus dentes congelando enquanto o sorvete se desmanchava na minha boca.
-Filho de uma mãe. Cada vez que eu comia um palavrão vinha junto.

-Se acalmou. Felippo parou na porta de braços cruzados.

-É melhor você nem chegar perto. Avisei antes que ele tentasse uma aproximação.
Mas mandar e Felippo Cosa Nostra obedecer é que nem dar um tiro no escuro e querer acertar o alvo. Ele se aproximou da bancada e sentou na cadeira que havia a minha frente.

-Eu não vou levar você, nem que coloque fogo nesta casa, não estou indo passear Anne. Lá estava ele em modo operantes novamente.

-Eu não quero tocar neste assunto agora, pelo que você percebe estou comendo. Dei um sorrisinho cínico e enfiei outra bola de sorvete na boca.

-Está sendo tão infantil a ponto de não perceber que é para o seu bem!

-Ok, oh grande chefe. Ele me olhou sério, mas eu não  me importei.

-Anne, venha vamos subir em seguida eu tenho que ir. Ele se levantou e ficou me aguardando.

-Posso saber porque você quer que eu suba? Puxei a boca pro lado num bico.

-Não se faça de desentendida.

-Felippo a menos que você queira ir sem seu amiguinho. Apontei com a colher pra suas calças. -É melhor realmente não me fazer subir.

-Você só pode estar brincando mulher! Ele veio se aproximando.

-Estou falando sério, deixa pra próxima quem sabe quando você voltar, acabei de ter um surto e você viu como acabou, então se não quiser que eu tenha outro te aconselho a me deixar bem tranquila coisa que agora não está fazendo muito bem.

Ele ficou andando de um lado pro outro praguejando, e eu continuei comendo meu sorvete, se eu estava irritada ele também deveria sentir um pouco da frustração junto comigo.

-Está se vingando. Ele apontou me apontou o dedo.

-Eu? Não sei do que está falando. Me fiz de desentendida.

-Ah pequena, você é mais esperta do que parece e eu estou caindo nesse seu joguinho que nem um pato! Ele gesticulava mas parecia que estava brigando com ele mesmo o que me fez rir alto.

-Senhor. Rita apareceu, fazendo ele se recompor.
-Suas malas estão no hall de entrada prontas.
Ela disse toda pomposa.

-Tudo certo então, minha mãe receberá alta daqui um mês somente, a previsão é que antes disso eu tenha retornado pra casa, Antonia irá ficar com ela, Benito irá comigo, e Henrico vai ficar tomando conta  por mim aqui, qualquer coisa reporte a ele imediatamente, se houver algo suspeito não pensem duas vezes e liguem por socorro.
Ele me olhou quando disse a última parte o que me fez engolir seco.

Amor ao Capo - (Mafiosos) - #Série L'amore lá Máfia (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora