Capítulo 13

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Anne
-Saía já deste banheiro, é uma ordem Anne.
Filippo berrou pela terceira vez.

-Não vou sair e já disse que não sou um de seus soldados para receber ordem.
Estava cansada dele querer impor essas regras, quem ele pensa que é, meu pai nunca falou assim comigo e não vou me dobrar a seus caprichos.

-Claro que não é um dos meus soldados, eles têm disciplina e você é só uma garota mal criada, agora abra essa porta é o último aviso.
Ele esmurrou a porta novamente.

-Não vou abrir, você vai tentar me bater e eu não sou um saco de pancadas Filippo.
Ele não respondeu o que me deixou mais aflita, precisava de algo para me defender, comecei a revirar tudo o que via pela frente, mas não encontrava nada que pudesse me ajudar o que iria fazer atirar shampoo em seus olhos? Comecei a revirar gaveta por gaveta, até que em uma delas para minha sorte havia um canivete, peguei e coloquei no bolso da calça de moletom. Pensa,pensa... encontrei um desodorante de spray que havia na bancada e segurei o mais firme que conseguia.

Ouvi um estrondo na porta e ela foi aberta bruscamente. Ele vinha em minha direção com seu semblante sério.

-Você está passando dos limites, droga! 
Automaticamente mirei o spray nos olhos de Filippo e apertei, ele colocou seu antebraço na frente mas não tão rápido o bastante para se proteger, ele deu um passo pra trás reclamando por conta da dor, pelo menos consegui atingi-lo  um pouco, quando consegui ver uma brecha tentei correr novamente mas ele puxou minha blusa e eu caí ao chão. Não me dando por vencida tentei ir me arrastando, mas senti algo montar em cima de mim. Ele estava sentando em cima da minha bunda e cada mão sua estavam prendendo as minhas, senti a aproximação dele no meu ouvido.

-Anne, Anne, você gosta de brincar comigo não!? Porque é tão difícil obedecer.

-Eu não fiz nada de errado dessa vez.
Falei sem fôlego devido ao seu peso.

-Tsc, Tsc, se não fez nada errado então porquê correu, não me subestime  "doce Anne".
Ele disse roçando a boca em meu ouvido e enfatizando o "doce Anne".

-Filippo, Klaus me mandou uma mensagem perguntando como eu estava e eu somente respondi que estava bem, ele é um amigo muito querido da família, meu pai confia cegamente nele.

Ele apertou um pouco mais meus pulsos.
-A única coisa que aquele desgraçado quer é a minha mulher, ele está me desafiando falando com você tão intimamente.

-Klaus é somente meu amigo e está preocupado Filippo, e você está muito pesado por favor pode sair de cima de mim.
Estávamos no chão, entre a porta do banheiro e do quarto.

-Você não entendeu mesmo o recado de ontem, não tente me enfrentar se não você vai se machucar pequena.
Com isso ele soltou meu braço direito e deu um tapa na minha bunda, ardeu, dei um gritinho na hora pelo susto não esperava por isso.

-Me solta. Gritei de novo, senti seu aperto ficar mais leve e consegui desvencilhar uma de minhas mãos, coloquei no bolso da minha calça de moletom e apenas agi. Peguei o canivete enquanto Filippo estava distraído resmungando mais algumas coisas e tentei mesmo de costas acertar em sua lateral da cintura.

-Mas que merda pensa que está fazendo!
Ele falou se levantando de cima de mim e tomando o canivete da minha mão sem se importar de cortar seus dedos.

-Eu te odeio Filippo, seu bastardo!
Disse sem pensar, a raiva me consumindo.

-Estou tentando ser paciente, mas você chegou no meu limite Anne. Ele disse furioso. -Pouco me importa o que você pensa menina, você irá me obedecer por bem ou por mal.
Ele me levantou pelo braço foi até o seu armário e pegou uma cinta e me levou de volta para o banheiro.

Amor ao Capo - (Mafiosos) - #Série L'amore lá Máfia (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora