Tough Lover

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IMPORTANTE: A autora não se responsabiliza por quaisquer danos psicológicos causados por esse capítulo.

"Um cavalheiro não participa no vestiário.
Tudo que ele precisa fazer é foder duro o suficiente para que ela grite alto o suficiente para que todos possam ouvi-lo.
Rota diferente, mesmo resultado."
(Lani Lynn Vale)

Sarah Torres

Eu bebia uma cerveja escura e amarga, Spencer estava do meu lado falhando miseravelmente em beber uma corona light.
-O Álcool....
-Docinho eu sei- Digo interrompendo
-Todos nós sabemos, você está falando isso há duas horas -Morgan diz.
-Viva um pouco homem. -Dave concorda.
Emily tinha ido duas cervejas atrás e a JJ permanecia bravamente lutando contra o cansaço agarrada na sua coors.
-Spence não precisa beber. - Eu digo.
Ele pesca uma batata frita do cestinho e eu a mordo antes que chegue na boca dele.
-Ei! - Diz.
Eu apenas sorrio, dando mais um gole de cerveja.
-Meu deus! Vocês são tão lindos - JJ ri.
-Eu sei, é culpa minha. - Digo.
Eles riem, e Spencer estende o braço pra eu entrar em baixo.
-Eu ... Dave... - Ele diz gaguejando. -Eu... Nós...
-Se vocês podem dormir juntos? Claro garoto. - Dave traduz.
-Você anda saidinho hein doutor - Morgan diz.
-Eu... Eu... Eu ...
-Spencer quem tem que definir se vocês vão dormir juntos é a Sarah -Dave diz.
-Eu não me importo nenhum pouco de dormir com você. -Digo brincando - Na verdade eu gosto de ficar acordada com você.
-Epaaa que essa é uma noite de confissões - Morgan ri muito alto.
Eu me aninho na curva do pescoço de Spencer, e ele coloca a mão nas minhas costas.
-Você quer ir agora? - pergunto beijando o ombro dele.
-Eu estou cansado. - Ele diz.
-Morgan eu posso dormir lá? - Pergunto
-Eu durmo com Prentiss-Ele diz dando um gole da cerveja.
-Ou nós trocamos de quarto. - Dave propõe - O meu é uma cama de casal.
Eu sorrio feliz com a sugestão.
-Então JJ e Prentiss, Morgan e Dave e Sarah e eu? - Spencer diz.
-Claro, melhor assim porque Emily já está na cama e nós não precisamos trocar muita coisa de lugar. -JJ sorri.
-Vamos terminar porque saímos cedo.- Dave fala.
Spencer abandona de vez a cerveja e pesca uma batata frita pra mim.
Eu aceno agradecendo.
-Vocês são melosos demais.
Eu rio pelo nariz fazendo um som engraçado.
-Eu amo esse som. - Spencer murmura e JJ se engasga
-O que você disse?
-E-e-eu? - Gagueja.
-É mesmo você pretty boy! - Morgan ironiza -Eu ouvi algo sobre amar?
Spencer atinge 50 tons de vermelho.
-Ele ama meu riso Morgan. - Digo. - Mas quem não ama? Eu sou incrível.
-Claro que é pretty girl. - Ele diz jogando um beijinho no ar.
Nós terminamos de comer e saímos.
Spencer tinha um braço nos meus ombros e eu me senti estranha sobre isso, eu nunca gostei de ficar contida. Mas três pessoas no mundo podiam me segurar assim.
Uma estava morta, outra era um pai pra mim e a terceira era cada vez mais importante pra mim.
Ele esperou na porta, do lado de fora quando eu peguei minha mala.
-Boa noite pombinhos .- JJ diz nos fechando no corredor.
-Isso já está virando um hábito. - Ele diz
- Nós? As viagens ou alguém nos colocando numa cama grande? - Pergunto enquanto ele pega minha mala.
Caminhamos de mãos dadas pelo corredor, até o quarto 234.
- Eu queria não ficar tão boba perto de você. - Digo.
Ele coloca a mão no meu rosto e solta a mala no chão.
-Eu não quero ser eu quando estou com você...Eu queria ser melhor, não ter um passado cheio de problemas, não ter traumas, não ter um perseguidor possivelmente perigoso me caçando. -Eu desabafo olhando fundo nos olhos dele.
Spencer me abraça, ainda com a mão na minha nuca.
-Eu sei... E eu não me importo com isso. Eu gosto de cada detalhe em você- Ele se afasta e olha meus olhos - Cada sorriso, cada gesto, eu gosto de vê-la sendo gentil... Eu gosto de quando você tem medo por mim, preocupação sincera. Eu fiquei olhando você lá, quando eu estava na cadeira... Eu só conseguia pensar "Isso não pode explodir, Sarah tem que viver". E eu não falo muito sobre meus sentimentos porque ... É complicado pra mim sentir. -Ele toma um fôlego.
Eu não penso muito, apenas beijo-o.
Ali no meio do corredor com uma mala no chão eu me senti em casa.
-Quarto.- Ele diz entre o beijo
-Quarto. - Eu digo dando-lhe um último beijinho.
Nós abrimos a porta da suíte simples e eu tenho meu momento nostalgia pensando sobre ficar com ele noites atrás.
- Você quer tomar banho primeiro? -Pergunta-me
- Na verdade eu queria outra coisa.
-O que?- Ele pergunta confuso colocando a pasta numa poltrona.
-Que história foi aquela de "em toda parte"?
-Eu...Eu...Eu não sei. Escapou - Ele diz chegando perto de mim. - Eu estava pensando em ontem, no som que você fez quando eu beijei sua pele... De repente saiu.
Eu recuo um passo pra perto da parede.
-Você... Você pensou em ontem? - Pergunto vendo ele chegar mais perto.
-O dia todo. -Ele dá mais um passo pra perto de mim.
Minhas costas batem na parede.
Eu respiro fundo, mas ele está tão perto que respiramos o mesmo ar.
Quando dou por mim estou presa entre ele e a parede respirando pesado em antecipação.
-Você pensou em mim? - Ele pergunta com a voz baixa, bem perto da minha orelha.
Eu fecho os olhos, molho os lábios.
-Pensei. - Minha voz mal forma um sussuro.
-Isso é bom. - Ele diz pegando o lóbulo da minha orelha entre os dentes.
Eu gemo baixo, e as mãos dele apertam minha cintura.
A pele dele me incendeia, os lábios marcam a carne do meu pescoço a fogo.
Uma mordida pousa no meu ombro, e os lábios dele voltam a subir pela pele exposta.
Eu procuro ele desesperada, como se beija-lo fosse salvar a minha vida.
Quando nossos lábios se tocam é brutal.
Um beijo cheio de desejo contido, vontade, necessidade.
É uma declaração.
E não importa o que aconteça no futuro, é nesse beijo que eu percebo que ele já mudou minha vida.
Ele já é parte de mim.
Ele morde meus lábios e passa devagar a língua sobre a mordida.
Eu procuro a gravata que ele tem ao redor do pescoço desfazendo o nó.
Ele empurra minha blusa pra cima, e nós somos uma confusão de braços e roupas.
Spencer me domina, me pressionando contra a parede com tanta força que eu sei que amanhã haverá marcas.
- Roupas demais - Ele diz interrompendo o beijo pra arrancar minha blusa.
Eu puxo a blusa dele, botões voam
-Ops... - Digo
Vejo um sorriso sacana aparecer no rosto dele.
Uma mão se engancha no meu cabelo puxando para trás, meu pescoço fica exposto e ele planta beijos quentes lá.
Escorregando a mão pelo peito desnudo dele eu arranho levemente, o rosnado me diz que ele gostou.
A mão livre dele acha os botões da minha calça jeans, e entra pela parte de trás do coz.
Ele me tem cativa, prendo-me contra a parede com seu corpo e me segurando firme entre as mãos.
-Tire pra mim. - Diz-me e eu movo as mãos para abrir a calça dele.
Ele tira a mão do meu cabelo e puxa minha calça pra baixo.
Nós estávamos fora de controle.
Eu montei nele usando a parede como apoio e ele colocou as mãos por baixo da minha bunda.
Nós nos comíamos, tocando cada pedaço de pele disponível.
Eu fui carregada e jogada na cama, não que eu me importasse.
Spencer me beijou, puxando as alças do meu sutiã pra baixo e mordendo forte a pele ali.
Meus gemidos não eram nada discretos e ficaram ainda piores quando ele se dirigiu ao sul beijando todo o caminho até onde eu o queria.
Mas ele não ficou lá, ele puxou a calcinha por minhas pernas devagar e beijou meu tornozelo direito, tremi e a tortura continuou com pequeninos beijos pressionados na extensão da minha perna.
Meu clitóris latejava e a sensação de vazio no meu ventre era enlouquecedora, eu precisava dele dentro de mim mas ele preferiu repetir o gesto com a minha perna esquerda.
Beijando desde o tornozelo, e eu juro que me contorcia na cama a cada toque dos lábios dele em mim.
-Spence... Eu ... Eu quero você...- Disse entre suspiros gemidos e sussurros.
-Você quer? - Ele perguntou passando o nariz na parte interna das minhas coxas.
-Eu... Deus... Ah... Eu preciso... - Eu gemia sem controlar
Quando a língua dele tocou meu clitóris em chamas minha mente ficou branca e eu soltei um gemido torturado.
Os movimentos de vai e vem, mordidinhas me deixaram louca.
Meu orgasmo suspenso por um toque, ele me levava até a borda e não me empurrava de lá
-Spencer... Você... Eu... Caralho... Oh Deus ... Você... - Eu implorava por um pouco de misericórdia.
E ele parecia se divertir com meu desespero
-Eu?
- Em mim... Por favor... - implorei.
Eu não sei se ele entendeu ou se estava tão desesperado quanto eu mas eu gritei alto quando ele entrou em mim com força.
-Desculpe... - Diz ofegante e eu vejo que talvez não estejamos tão fora de controle assim.
Eu não me importo e as estocadas que ele dá são fortes me fazendo revirar os olhos e rasgar suas costas com as unhas.
Ele rosna, e eu fico surpresa de que por baixo de toda aquela calma tenha um amante tão brutal.
Ele nos vira na cama e eu o cavalgo com um ímpeto renovado, buscando meu orgasmo que vem quando ele me surpreende com um tapa na bunda.
Ele dá mais três estocadas dentro de mim e goza. Eu caio sobre seu peito suado, bagunçada e satisfeita.
-Meu Deus... - Suspiro.
-Isso foi... - Ele diz
-Orgástico. -Eu sentencio e o riso dele faz minha caixa torácica balançar - Quem diria que você... logo você doutor.
Ele coloca a mão nos meus cabelos.
-Só com você... Eu só ia te beijar... mas saiu de controle. - Ele diz e eu entendo
-Banho? - Pergunto saindo de cima dele.
-Você vai comigo? -Ele diz
-Sim.
-Vamos.- Ele me levanta.
Eu estou mole como um sorvete a derreter ou uma massa de pizza crua, e ele me tem entre os braços, nós balançamos nus até o banheiro.

A água do chuveiro estava quente,  escaldante pra ser exata.
Era delicioso.
Spencer lavou meus cabelos com o shampoo do hotel, e eu cheirava como erva doce quando acabou.
-Isso é bom.- Ele diz quando eu começo a lavar o dele.
-Um dos maiores mimos que se pode ganhar é ter alguém cuidando dos seus cabelos... - Eu divago pensando sobre o que a minha mãe disse quando eu era pequena.
-Onde você ouviu isso?- Perguntou-me
-Minha mãe costumava dizer isso pra mim... Antes dela... Antes dela ser assassinada. - Conto a ele fazendo espuma com o cabelo dele.
-Você pode me contar sobre isso? -Ele pergunta gentil.
-Foi antes da NSA me encontrar, eu tinha doze e era meu primeiro ano na faculdade. Ele era meu professor, parecia gentil e era comigo. Até que ficou obsessivo, ele me mandava cartas e bilhetes ... Dezenas deles. -Deixo minha mente vagar pelo passado.
-Eu tinha acabado a grade dele, concluído todos os trabalhos. Foi quando ele surtou, os bilhetes começaram a chegar as dúzias,  ligações incessantes, o carro dele parado na porta da minha casa durante horas.
Até que meu pai percebeu e confrontou ele.
Duas semanas de paz foi tudo que eu tive, uma noite ele arrombou a porta dos fundos e entrou escondido. O desgraçado desativou o alarme de segurança e caminhou calmamente pela casa.
Ele me amarrou num carrinho de bandeja daqueles que usam nos laboratórios e me puxou pela casa.
Meus pais correram atrás dele a casa toda.
Quando minha mãe chegou perto o suficiente...
Eu ainda lembro do barulho dela engasgada no próprio sangue Spencer...
A garganta foi cortada de um jeito que beirou a decapitação.
Meu pai fugiu... E aquele homem caçou ele pela casa, os gritos dele ficaram gravados na minha cabeça...
Ele teve todos os ossos do corpo quebrados antes de finalmente morrer depois disso eu fui drogada.
Ele me levou pra algum lugar no Kentucky...
Eu não sei como sobrevivi ... Foram duas semanas até a NSA me encontrar. Ele me estuprou Spencer... Ele me cortou... Eu quase morri..  Quase.
A equipe da SWAT pegou ele, e eu achei que podia respirar em paz... Eu estava segura. Eu finalmente estava segura.

-Sarah... Eu... - Spencer não sabia o que dizer.
-É passado Spence - Digo tirando a espuma da cabeça dele - É passado e vai ficar no passado.
Ele olha para mim, juro que sinto os pedacinhos do meu coração sendo colados.
-Você é tão forte. - Ele murmura.
-Eu não sou... - Digo -Eu nunca fui.
Ele pega meu pescoço
-Eu sei que você é, todos sabem.
-Eu não sou forte, talvez eu seja corajosa... São coisas diferentes Spence. 
-Não, elas não são. - Ele me diz.
-Angel. - Eu sussurro.
-O que?- Pergunta.
-Sarah Angel Torres, era meu nome antes dele. Ele só me chamava assim... Não consegui assinar nada durante um ano. Até retirar o Angel do meu nome.
Uma lágrima solitária insiste em descer pela minha bochecha.
-Não combina com você. - Ele diz com um rosto confuso.
-Há muito tempo combinava. - Eu digo rindo pelo nariz da expressão que ele faz.
-Era verdade... - Ele murmura-  Eu amo esse som.
Eu coro vergonhosamente.
-Eu amo o seu sorriso. - Admito.
Ele fecha a válvula de água do chuveiro e me enrola numa toalha.
-Vamos dormir. - Diz.
Eu apenas concordo.



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Gente, informações novas!!!
Preparem-se que vem bomba e das grandes nos próximos capítulos!!!
Me contem o que vocês acharam
Falem aí!!!
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Beijo e até o próximo capítulo.

Quebrados / Trilogia Amores Livro I Onde histórias criam vida. Descubra agora