Atenção: A autora não se responsabiliza por quaisquer danos psicológicos causados pelo capítulo a seguir.
Prossiga por sua conta e risco.
Assim que este dia acabar, eu planejo ter um colapso nervoso. Sinta-se livre para me deixar
malditamente sozinha, ou você vai ser puxado comigo. No lado positivo, haverá sorvete de creme,
por isso não vai ser de todo ruim.
- Pensamentos secretos de Sarah.Spencer Reid
Eu acordei sozinho na cama 3 manhãs depois, eu já tinha me habituado acordar com o cheiro dela nos meus lençóis então abrir os olhos e não vê-la lá chamou minha atenção.
Eu andei pela casa com um lençol enrolado na cintura apenas para encontrar o café da manhã colocado em uma travessa em cima da mesa da cozinha e um pequeno bilhete dizendo:Fui comprar café caso você acorde antes de eu voltar.
Eu te amo Sarah T.Eu sorri, porque ela era cuidadosamente delicada comigo. Noto que falta o café propriamente dito, na travessa há bacon e ovos, torradas, suco de laranja.
Todas as manhãs nós acordavamos juntos, fazíamos amor e enquanto eu tomava banho ela fazia o café da manhã, não sei porque hoje foi diferente.
Ela saiu carregando sua bolsa e o celular e pela temperatura do que está no prato ela já saiu há um bom tempo começo a ficar preocupado.
Pego o telefone e ligo pra ela
O telefone está desligado ou fora da área de cobertura.
Deixo o telefone na bancada, e vou no banheiro escovar meus dentes.
O telefone toca assim que eu coloco creme dental na escova.
Corro pa pega-lo.
Número Desconhecido.
Eu começo a suar frio, e minhas mãos tremem um pouco quando eu tento pegar o pequeno aparelho.
-Reid. - Digo
-Você não deveria ter deixado ela sair sozinha. - Uma voz que eu não conheço diz.
-Arthuro?
-Não. Eu sou alguém que quer protegê- la tanto quanto você. -O homem do outro lado da linha diz, ele tem um sotaque espanhol leve.
-E por que você quer protegê-la? - Pergunto curioso
-Porque eu já a amei como você a ama, eu já a segurei entre os meus braços assim como você fez... - A voz parece saudosa.
Eu penso sobre quem ele pode ser, e não fico realmente preocupado porque ele não parece apresentar nenhuma ameaça.
-Você sabe pra onde ela foi?- Pergunto numa atitude inesperada.
-Ela está com um homem de terno e cabelos escuros, ela chora bastante. Vá atrás dela, está na aquele café perto da sua casa aquele no final da rua.- O homem me conta.
-Porque você está vigiando ela? - Questiono novamente.
-Quem vigia os vigilantes? - Ele pergunta e desliga.
Eu sei que deveria ficar preocupado com mais um homem vigiando Sarah, mas não é o que eu sinto é quase como se fosse reconfortante saber que tem outra pessoa cuidando dela.
Eu só posso pensar que é Matthew, o amigo que ela tinha na NSA.
De qualquer forma visto uma roupa e desço pro café no final da rua.
Do lado de fora das janelas eu a vejo, Sarah está se desfazendo em lágrimas abraçada a Aaron Hotchner.
O ciúme tão irracional toma conta de mim, e eu entro de cabeça baixa.
Eles parecem tão absortos na conversa que não me percebem sentando na mesa colada a deles.
-Eu sei que vai ficar tudo bem Sarah. - Eu ouço ele dizer.
-Eu amo ele tanto... Meu Deus eu nunca amei ninguém assim... - Sarah diz entre as lágrimas e eu me snto meio emocionado.
-Eu sei que você o ama. - Hotch diz.
-Eu olho para os lugares e parece que vejo ele. - Ela diz novamente- Eu posso jurar pra você que o cabelo do cara da outra mesa parece igualzinho o dele. - Ela sussurra não baixo o suficiente.
Eu me engasgo e tento fazer o mínimo de barulho possível.
Uma garçonete se aproxima.
-O que vai querer senhor?
-Café preto, por favor. - Digo o mais baixo possível.
A mulher entende e se vai.
Sarah continua a desabafar com o Hotch na mesa deles.
-Eu tenho estado tão preocupada por vocês... Meu Deus... Eu arrastei o inferno sobre vocês sem nem saber. - Ela diz. -Eu sinto tanto...
Hotchner tem os braços em volta dela.
-Não precisa. - Ele diz.
Sarah chora copiosamente.
-Obrigada por vir aqui Hotch, você é como um pai pra mim. - Ela fala e todo o peso dos meus ombros saí.
O ciúme vai embora num piscar de olhos.
Eu não fico para ver mais, apenas deixo um nota de dez dólares na mesa e saio como entrei.
De cabeça baixa, apressado.
Meu café nem sequer chegou...
O meu telefone toca mais uma vez quando estou a meio caminho de casa.
Número Desconhecido
-Reid
-Por que você a deixou lá? Você deveria protege-la. - A voz diz.
-Ela está mais segura com ele do que estaria comigo. -Eu digo sincero.
-Mas ela não fugiria se ele mandasse, Sarah só foge por amor. Só foge pra agradar quem ama. -Ele diz e minha cabeça tem um clique.
-Você deveria estar morto... - Eu digo baixo.
-Eu não estou, e pra você... O importante é que Sarah não saiba. Ainda não é seguro pra ela. - Ele diz rapidamente.
-E o que vai acontecer quando a hora chegar? - Pergunto sério.
-Eu não vou tira-la de você quando não posso ficar com ela. - Ele diz desligando o telefone.
Minha cabeça gira, eu não consigo manter um pensamento sequer no lugar.
Marco está vivo, e ele vai me ajudar a proteger Sarah pelo menos por enquanto.
Eu sentia o amor vibrando na voz dele quando falava dela.
Eu não tinha tempo pra lidar com aquilo, Sarah não tinha tempo pra lidar aquilo.
Quando a hora chegasse eu ia brigar, e ia ser feio porque eu não gosto de fazer isso mas eu não ia perder o amor da minha vida pela segunda vez.
Não...
Eu não estou deixando ela pra você.
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Quebrados / Trilogia Amores Livro I
FanfictionEles são duas almas torturadas. Sarah Torres foi destruída quando viu o homem que amava literalmente explodir aos pedaços em sua frente, agora perde o emprego que lutou a vida toda pra conseguir, e teve que deixar seus amigos. O Doutor Spencer Reid...