•Capítulo 57•

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On my knees, I'll ask

Last chance for one last dance

Cause with you, I'd withstand

All of hell to hold your hand

-Nickelback, "Far away"

Harry POV

Três dias.

Três dias se passaram desde de que eu o trouxe do hospital.

Três dias se passaram e Louis ainda não havia dito uma maldita palavra.

E isso estava me enlouquecendo.

Ele não comia, não falava e mal dormia.

Depois que o médico contou que ele havia perdido nosso bebê, ele surtou completamente.

Eu só tinha visto alguém perder a cabeça daquele jeito, uma vez.

Eu mesmo, quando ele bateu o carro e eu achei que pudesse perdê-lo.

Ele chorou e gritou, e eu apenas o encarei tentando encontrar uma maneira de fazer tudo ficar melhor para ele.

Mas eu não consegui.

Já se passaram três dias e eu ainda não consegui.

Ele não olha para mim.

Quero dizer, ele olha as vezes quando eu tento conversar ou algo do tipo, mas ele realmente não olha para mim.

Ele realmente não parece olhar em meus olhos e me enxergar.

Ele não parece estar ali.

Sua cabeça parece sempre estar em outro lugar.

Talvez ele esteja pensando nele.

No bebê.

Mas eu também não o culpo, eu venho pensando bastante nele nesses últimos dias.

Eu nunca quis ser pai, nunca quis ter um bebê. Mas por algum motivo, aquele eu queria. E eu não sabia disso até descobrir que ele havia morrido. Depois de saber que você podia ter algo que foi tirado de você, você começa a pensar em como seria ter aquilo de volta. Eu não sei se eu seria um bom pai, mas eu tenho certeza que Louis seria. Então, eu não precisaria me preocupar se meu filho ou filha seriam felizes. Eles teriam o homem mais incrível como pai. É claro que eles seriam felizes, independentemente do outro pai que tivessem.

Meu pai é uma bosta, mas minha mãe também nunca foi um exemplo de mãe. Ele sempre se manteve em silêncio, enquanto nosso pai nos tratava como merda.

Fui até o quarto e parei no batente da porta com os braços cruzados. Louis estava de costas para mim, deitado de lado na cama encarando a janela.

Fiquei daquele jeito por bastante tempo, apenas o encarando.

Eu fazia muito isso.

Ele nunca queria conversar, então eu apenas o encarava em silêncio.

A tia dele queria levá-lo para casa dela depois do acidente, mas eu insisti em levá-lo para nossa casa.

Veloz Atração • (Larry verson) •Onde histórias criam vida. Descubra agora