31 de março de 2029

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Pov Alasca

Eu sempre fui fã dos momentos paz. Aqueles momentos que você entra em sintonia e tudo parece está no seu devido lugar. Que você respira fundo e tem uma sensação de leveza. Esses momentos sempre foram os meus preferidos e havia muito tempo que não me sentia assim.

Ela sempre me causou isso, a nossa junção sempre foi repleta de boas energias e sorrisos cúmplices, uma vez acreditei que éramos capazes de curar as feridas uma da outra... mas depois de um tempo acreditei que só ela era capaz de curar as minhas e talvez eu ainda não fosse a pessoa que traria plenitude, não seria a pessoa que a faria transbordar, embora ela me transbordasse.

Agora ela voltou, ela está bem aqui na minha frente com o meu antigo violão, igual a muitos anos atrás quando ela cantou a primeira música que me fez sorrir.

(flashback on)

17 de julho de 2013

- Eu preciso de um violão, você pode me emprestar o seu? - Manu disse no meio do patio da escola com rapidez, parecendo ansiosa

- Vou lá em casa buscar, rapidinho - Disse rapido ja indo buscar as minhas coisas para pegar.

Cheguei na escola pouco tempo depois e a entreguei o violão, ela não sabia mas eu odiava emprestar o objeto só havia feito isso porque algo nela me passava uma confiança estranha, então ela começou a fazer o que tinha q ser feito para o projeto de artes que aconteceria daqui alguns minutos.

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Após a apresentação fomos ao pátio da escola e sentamos num canto qualquer começamos a comentar sobre algumas musicas e ela começou a tocar vagalumes. No inicio eu até ousei cantar mas eu morro de vergonha da minha voz, então foi só a voz dela e um sorrisinho engraçado entre um verso e outro.

Eu sempre gostei de repara-la desde que nos conhecemos mas agora tem sido o melhor momento pra isso.

(flashback off)

Ela estava ali com o mesmo violão em mãos mas agora era tudo tão diferente. Em 2013 eramos outras pessoas totalmente diferentes, com sentimentos diferentes... mas uma coisa nunca mudou a nossa conexão.

- Ei, o que ta pensando? - Ela me perguntou deixando o violão de lado - Lembro quando me emprestou esse mesmo violão, não acredito que ainda tem ele! - Eu sorri

- Era exatamente isso! - Disse rindo

- Conexão... - Ela disse em tom baixo

- Sim... Conexão... - Disse com um sorriso timido.

Saímos do estúdio e fomos para o lado de fora. Tinhamos o gramado, a nossa paz e a nossa sintonia. Estavamos conversando sobre o passado e situações engraçadas. Vez ou outra ela me zuava e fazia uma falsa cara de brava que a fazia dar uma risada contida para não me deixar brava de verdade. As vezes eu zuava ela e em seguida chegava mais perto para abraça-la.

Depois de um tempo ela me puxou pra perto dela e me beijou, em seguida deitando no meu peito. Nada foi dito, nada precisava ser dito, nós nos compreendíamos além das palavras.

Eu só queria observar aquela pele clara, seus olhos fechados e um rastro de sorriso no rosto que provavelmente estava ali por conta do carinho que fazia próximo ao local. Ela estava com uma camiseta preta aberta dos lados mostrando seu sutiã também preto, um short de moletom e cabelos bagunçados. Calculei que ela já estava assim dentro de casa e saiu correndo depois da minha ligação. Ela tinha um dos braços preenchidos por tatuagens que eu não sabia se havia significado ou algo do tipo mal isso pouco me importava, o importante é ficaram lindas nelas, fez algumas partes do seu corpo parecerem ainda mais brancas.

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