33 de março de 2029

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Alasca sempre fora uma menina sociável, ela sempre gostou de sair, beber, conhecer gente nova, dançar, cantar e fazer as pessoas rirem mas com o tempo ela foi deixando muitas coisas dessas de lado lhe restando só a música, ela se perguntara se isso era amadurecimento e preferia acreditar que sim. De alguma forma deixar parte de quem era para trás a fez muito bem mas por um longo período de tempo pensou em esta errado e "chutar o balde" e ser feliz. Quem vê essa moça passeando com um lindo sorriso e sempre disposta a ajudar as pessoas e transmitir amor nunca vai imaginar o que ela teve de enfrentar para ser assim.

Alasca nunca foi de muitos amores, ela era mais dos desamores para falar a verdade. Sempre achou as pessoas chatas, repetitivas e se enjoava delas com grande facilidade. Ela nunca teve tempo para perder tentando agradar alguém e mesmo se tivesse não ia. Ela era dos desamores sim, mas porque acreditava em algo muito além do amor que todos falavam por ai. Aos seus olhos o amor era para ser algo leve, calmo, algo para somar o que você já é, nada disso de metades da laranja, ou peças de um quebra-cabeça que se encaixam, eram seres completos que juntos formavam uma equipe, que vencia unida e perdia unida também mas que não necessariamente necessitavam um do outro para viver, mas ninguém poderia negar que eles eram melhores juntos, afinal eles se transbordavam.

Alasca as vezes se mudava para um mundo paralelo, ela se perdia nos seus versos, textos e melodia. Aquele de fato era o seu real mundo, talvez o mundo que todos deviam viver. O mundo que sempre fora sua fuga e seu abrigo... e também seu inimigo porque era uma forma de fugir de tudo o problema que nem sempre fugir é bom.

Pov alasca

Já era noite de segunda feira, de longe a melhor segunda de todos os tempos... algo em mim voltou a viver, algo em mim reapareceu ou fora de mim mesmo. Era estranho a forma que me desconectei do mundo nessas ultimas semanas, eu cheguei na empresa e tinha trabalho até não querer mais, eu enrolei todos os meus prazos coisa que eu nunca fazia, inclusive entregava antes dos prazos, eu perdi toda a minha rotina da semana sendo que agora eu tinha mais um emprego que encaixei forçadamente na minha agenda... Essas semanas eu estava mais próxima do meu filho e.. bem... dela e afastada de toda a parte toxica da minha vida e talvez eu tenha percebido que eu deva eliminar essa parte da minha vida.

Eu estava sentada em uma pedra da praia, ela era relativamente alta e era apenas eu e todas as energias concentradas em mim, hoje era meu dia do "eu sozinha" que eu inventei depois que uma segunda do mês a minha irmã pegava o Gustavo de manhã e só devolvia na terça com o proposito de manter os primos unidos, e eu como amo uma solidão, não pude negar.

O dia do "eu sozinha" costuma ser um dos melhores dias do mês e eu sempre venho para esse mesmo lugar. Da ultima vez que vim aqui, chorava de saudades e pensava em como sair do meu emprego. Hoje eu sorrio porque o nome da minha saudade está brilhando na tela do meu celular e a gente não para de se falar (Eu me sinto uma adolescente de novo) e bem... o meu emprego eu já estou resolvendo, talvez não seja tarde demais para fazer tudo que eu realmente sonhei pra mim, vai eu ainda sou nova.

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O quarto nessa meia luz e esse barulho de chuva lá fora não estão colaborando comigo hoje, isso me trás muitas lembranças....


17 de julho de 2017

- Ta vendo aquela estrela ali.... – Eu disse apontando para a que brilhava mais forte – Se juntar com essa... – Fui arrastando o dedo formando um desenho com as estrelas – E essa daqui – Disse enfim terminando o desenho – É a constelação de Aries, seu signo – Disse orgulhosa e sorrindo

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