20 de abril de 2029

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  Alasca acreditava que existiam momentos simples e raros na vida que por todos passavam despercebidos, ela tinha outros olhos para quase tudo. Ela prezava um dia tranquilo rodeada por pessoas que lhe fazem bem ou um dia sozinha deitada na grama e com muita música. Gostava dos dias em que o céu estava azul independente de está calor ou frio, o sol era seu combustível para acreditar em um dia melhor. Apreciava a beleza dos pequenos gestos e detalhes. Encontrava algo bom onde ninguém dava nada. Existia uma outra perspectiva das coisas sob sua visão, Manuela se encantava com isso.

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Manuela tinha um jeito rígido e doce de enxergar as coisas, ao mesmo que o seu olhar rodeava tudo com cuidado captando os erros, o que deveria ser melhorado, a problematização das coisas e sua descrença em muitas outras, ela também tinha uma forma serena de olhar o outro, uma forma diferente de se colocar no lugar do outro, forma a qual não se via olhos de piedade e sim de esperança. Ela aparentemente sempre fora uma pessoa com seus dois pezinhos no chão, mas só pra quem não sabia nem metade. Nela cabia o mundo e muito mais, seus sonhos e vontades iam além do que você acharia possível alcançar mas com toda a sua garra e persistência ela sempre chegava lá. Gosta de coisas simples e tem seu jeito próprio de demonstrar. Possui sua forma única de olhar o mundo, isso encantava Alasca.

Existia um oposto dentro delas mas suas opiniões não converdiam, era como se seus mundos opostos unidos e complementares fizessem sentido juntos dando significado a coisas que nunca nem pensaram existir. Era a colisão dos olhares, implodindo e explodindo em um meio sorriso. Ninguém nunca entenderia, ninguém nunca saberia de toda a história mas todo mundo as chamavam de loucas. Ninguém sabia metade, até porque nem elas sabiam mas ninguém importava para elas, nunca importou. Era estranho a forma que tudo começou, todos os rumos que tomou e o fim que nunca teve e elas pediam sempre às meia noite que o fim nunca chegasse.




Pov Alasca



Domingo é dia de paz, as pessoas geralmente não gostam de domingos, mas eu os amo. Hoje seria o único dia de descanso até o sábado depois disso aqueles adolescente carregados de hormônios, ansiedade e euforia. Acredite esse era o trio bomba relógio dos adolescentes e quando eles se juntavam dava vontade de arrancar os cabelos e sair correndo.

Resolvi que não iria para praia hoje e ficaria enrolando na cama. Gustavo dormia ao meu lado tranquilo e me perguntei se deveria chamar a Manuela para passar o dia aqui conosco. Nos ultimos dias estamos bem próximas, trocamos mensagens o tempo todo, nos falamos por telefone e nos encontramos quando dá. É como se eu tivesse voltado no tempo e derrepente eu tivesse 20 anos novamente.




25 de Abril de 2017

_ Uma terça qualquer sem nenhuma perspectiva. Eu, as cobertas, o pc e talvez conseguisse me concentrar em algo e estudar, eu precisava estudar._

_Ando meio de saco cheio das coisas e de todos, as vezes eu tenho vontade de sumir (as vezes quase sempre) mas existia umas coisas boas no meio do caos que as vezes eu fazia questão de me lembrar. Havia meus amigos e suas mil formas de me fazer rir até da minha sombra e seus roles inesperados, tinha a música e a escrita que me salvavam do mundo e tinha a Manuela que sem ao menos perceber parecia me dar forças e me proteger do mundo. Quando os meus dias não eram salvos pelos meus amigos herois, eram salvos pelo anjo meu, vulgo Manu._

_Hoje era dia de encontrar a dona das minhas idiotices, sério, eu era realmente muito idiota ao lado dela e qualquer pessoa me acharia uma tonta mas na verdade eu to nem ai. Se eu não aproveitar o agora e as coisas (ou melhor pessoa) que me faz sorrir ninguém irá aproveitar por mim então deixa o destino ditar as regras enquanto somos bobas juntas e o que for para ser será._

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_Estavamos no mesmo parque de sempre, no centro da cidade, dessa vez não era o banco de sempre e nem como sempre foi. Ali rodeava uma atmosfera diferente e nossas risadas se sincronizavam juntamente com as bobeiras faladas. Nossos papos iam de "porque o céu é azul?" a "Fazer guerra é muito mais difícil e caro do que ter paz". Eram assuntos bobos e sérios, todos misturados assim como nossos sorrisos. Era um dia diferente dos outros mas eu nunca saberia dizer o porque._

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