- Porque tudo o que faço é por ti, é para o teu bem e para a tua segurança. - ele diz.
- Mas o meu bem e a minha segurança era contigo! - grito.
- Desculpa.
- As desculpas não se pedem, evitam-se. - digo a chorar - desaparece da minha vida, não te...
O dia finalmente acabou, e eu pego rápido nas minhas coisas e saio da sala, ouço a Joan a chamar-me olho para trás. - Hey, Rita espera. - diz e eu paro. - Desculpa - peço. - Não faz mal, mas está tudo bem mesmo? Tu hoje estás estranha. - diz. - Sim estou bem, só cansada, dormi mal por causa da tempestade. - digo. - Está bem. - sorri. - liga-me se precisares de algo. - Está bem, obrigada. Vou para o meu carro, atiro com as coisas para o banco do lado e encosto a cabeça ao volante, o que eu fui fazer? O beijo não me sai da cabeça, os lábios dele, o toque, o sabor nada sai da minha mente, as lágrimas que tentaram durante o dia todo tentar escorrer pelo meu rosto, estão a escorrer agora por ele, pego no meu telemóvel e ligo para a Catarina pois agora é a única com que posso falar e preciso mesmo de falar com ela. Chama duas vezes e ela atende. - Sim. - digo. - Rita, está tudo bem? - pergunta - estás a chorar? O que se passa? - Eu fiz uma grande asneira. - digo a chorar. - O que fizeste? - pergunta. - Beijei o Harry. - digo. - E isso é uma asneira? Isso é ótimo, ele também gosta de ti. - diz. - Ele não gosta de mim, ele gosta de outra rapariga. - digo. - Não digas disparates, nota-se ao longe que ele gosta de ti. - Foi ele que me disse ontem. - digo - e hoje sem pensar beijei-o. - choro. - Oh... Já falaste com ele? - Não consigo, ele tem-me ligado e mandado mensagem mas não consigo falar com ele estou demasiado envergonhada, agora é que acabei mesmo com a nossa amizade, por isso é que não queria fazer nada e esperar para ver se ele fazia. - Oh Rita, desculpa não estar aí. - diz - Ah não, desculpa eu por te estar a ligar e chatear-te com os meus dramas. - Não chateias nada. - diz - Desculpa, acério. - digo. - eu vou agora para casa, depois falamos, beijo. - Beijo. Desligo a chamada e ligo o carro e vou para casa, deixo-o estacionado do lado de fora da garagem e entro em casa um grande silêncio preenche a casa, pouso as minhas chaves numa mesa na entrada e vou para o meu quarto, tiro a minha roupa de ontem do saco e dispo a camisa do Harry, tem o cheiro dele, pouso a camisa num sofá do quarto, ligo o aquecimento e vou tomar um banho bem quente e relaxante, assim que saio, visto logo o pijama e calço umas meias quentinhas e fico pelo quarto, estava sem fome então nem ia comer.
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Tiro a minha máquina, o meu computador e os meus livros e sento-me na cama com tudo aberto para estudar um pouco, pois os dias de apresentações já tinham acabado e eu não queria ficar com nada para trás então começei logo a estudar, começei a trabalhar num projecto que o professor de fotografia Tim Walker pediu, é uma grande honra poder aprender com um fotógrafo tão experiente e importante como este. Continuo a trabalhar no projeto até que ouço a tocarem na campainha, desço e vou abrir a porta, fico parada a olhar para ele. - O que estás aqui a fazer? - digo quando deixo o meu momento de transe. - Vim falar contigo, já que não me atendias às chamadas e não respondias às minhas mensagens. - diz - e trouxe jantar. - sorri. Dou-lhe espaço para entrar e fecho a porta e vou com ele para a cozinha. - O que estavas a fazer? - pergunta. - A estudar. - digo simples. - Desculpa, ter interrompido os teus estudos. - Não faz mal, posso continuar depois. - digo enquanto vou buscar os pratos e os talheres dos armários e ele vai buscar copos e sumo ao frigorífico, sentamo-nos na mesa a comer. - Não precisavas de ter trazido o jantar. - disse. - Eu quis. - diz. - estava preocupado. - Desculpa. - digo envergonhada. - eu não devia ter feito aquilo, além do mais tu disseste-me ontem que gostavas de alguém, foi sem querer desculpa. - A culpa não foi tua, eu também continuei. - diz - não quero que aches que estragas te alguma coisa entre nós, porque não eu contínuo a adorar-te. - Acério? - pergunto - Sim. - sorri. - Por isso tenho uma proposta para ti. - diz contente. - O quê? - pergunto curiosa. - Eu preciso de uns dias fora, para relaxar e pensei em ir para a Grécia passar lá um fim de semana, e gostaria muito que tu viesses comigo. - diz a sorrir. - Eu? - pergunto - Sim, queres ir? - Claro que sim. - digo contente - Eu estas duas semanas vou estar cheio de trabalho e entrevistas mas assim que tenha um fim de semana livre, que é para não atrapalhar a tua universidade vamos, eu aviso-te. - Sim, claro. Obrigada. - abraço-o. - Não precisas de agradecer. - sorri. - não te vou incomodar mais, vim só mesmo falar contigo, e jantar contigo. Vou-te deixar voltar aos estudos, e eu vou para casa dormir, que estou exausto. - Está bem, então descansa bem. - digo Levo-o até à porta e despeço-me dele e volto para o meu quarto e fico a estudar mais um pouco e depois vou dormir.
