RITA POV'S
Estaciono o carro, pego na minha carteira e entro rapidamente para o edifício, assim que entrei avisto-as estavam sentadas em uns bancos, vou até elas com um sorriso e assim que me vêem levantam-se logo.
- Olá. - abraço-as.
- Olá. - a Gemma abraça-me. - como estás?
- Bem. - digo tentando parecer contente.
- Estás murchinha, está mesmo tudo bem? - pergunta.
- Sim. - digo não a querendo preocupar.
A Anne vem logo abraçar-me como se soubesse o que se passa, dá-me um abraço mesmo reconfortante quase tão bom quanto os do Harry.
Larga-me e dá-me um pequeno sorriso.
- Vamos? - diz enquanto entrelaça o seu braço no meu.
- Sim. - sorrio.
Vamos as três passear por algumas lojas, fazer algumas compras, estávamos quase no natal e as decorações da época já estavam colocadas pelo edifício todo e em algumas partes da cidade, e em menos de 1 mês vou voltar para Portugal para passar o natal com a minha família, estou mesmo a precisar de voltar para lá e matar as saudades que tenho, quero estar com a minha mãe, e o meu avô. A Anne estava tão animada que até a sua animação me contagiava e por breves momentos me fez esquecer a discussão com o Harry e deixar-me minimamente contente. Fiz já algumas compras de prendas de Natal para algumas pessoas da minha família, pois não gosto de deixar tudo para o fim.
Passamos a manhã a fazer compras e a passear só pelo edifício enquanto conversávamos, estava a começar a ficar cansada.
- Estou cansada. - rio-me - Acho que vou para casa, querem vir comigo? - pergunto.
- Não. - diz a Anne muito de pressa e eu a Gemma olhamos para ela a tentar perceber o que se estava a passar. - vamos almoçar por aqui e depois vamos. - diz com um sorriso.
- Está bem. - digo.
Fomos até à zona dos restaurantes e fomos a um do nosso agrado, sentamo-nos e esperamos que nos atendessem, rapidamente um senhor foi veio ao pé nós para fazermos os nossos pedidos.
- Como está a correr a universidade? - pergunta a Anne
- Bem. - digo - vou fazer agora a apresentação de um trabalho que tenho andado a desenvolver nestes meses.
- Ah espero que corra tudo bem na apresentação. - sorri.
- Eu também. - rio-me.
- Tens falado com o Harry? - pergunta a Gemma.
- Pouco mas sim. - digo triste
- Está tudo bem entre vocês? - pergunta.
- Gemma deixa-a. - diz a Anne, quando vê que eu fico desconfortável, não lhes queria dizer que discuti com ele pois elas são a família dele.
- Não, está tudo bem. - forço um sorriso. - está mais ou menos. - acabo por dizer.
Ela lança-me um sorriso carinhoso e coloca a mão em cima da mesa e agarra a minha.
- Desculpa ter perguntado, não queria que ficasses desconfortável, é que vi que estavas triste desde que chegaste e achei que era por causa dele. - diz.
- Não faz mal. - tento não chorar.
- Posso só pergunta o que aconteceu? - pergunta delicadamente e a Anne dá-lhe um encontrão.
- Desculpa. - pede.
- Não faz mal.- digo e suspiro fundo para não chorar - discutimos ontem à noite. Quer dizer agora temos discutido várias vezes mas ontem foi a primeira mesmo acério. - digo.
- Tem calma, é normal. - diz carinhosa - numa relação há sempre discussões.
- Eu sei, mas eu odeio estar assim com ele, além do mais estamos longe um do outro o que só piora a situação, nem sequer falar conseguimos. - digo calma. - e ainda por cima é sempre por uma coisa estúpida, sinto-me mesmo idiota.
- Não precisas de te sentir assim. - diz a Anne - eu sei que vocês vão resolver-se, ele gosta muito de ti.
- Eu sei que gosta, mas ele deve estar mesmo chateado comigo, hoje ainda nem sequer me mandou uma mensagem, e ele manda sempre logo de manhã. - digo.
- Tudo se vai resolver. - diz a Anne.
Sorrio com as palavras dela, e agradeço os nossos pedidos chegam e almoçamos a conversar e a rir pois para tristeza já chegava eu, o telemóvel da Anne toca e ela pega rapidamente nele, penso que era uma mensagem pois ela só olhou para o telemóvel durante alguns minutos e sorriu, a Gemma perguntou-lhe quem era e ela só disse que era o Robin, é tão bom termos assim alguém que só com uma mensagem nos deixa feliz, caso não estivesse assim com o Harry também estaria assim a sorrir com as mensagens parvas dele.
Acabamos de almoçar e a Anne e a Gemma não quiseram ir comigo até casa, pois a Anne tinha que voltar para casa e a Gemma ia leva-la, despedi-me delas e voltei para o meu carro onde fiz o caminho de volta para casa, mas sinto o meu telemóvel a tocar, então enquanto estou parada num trânsito enorme atendo.
- Sim. - digo enquanto ponho em altifalante para conseguir conduzir.
- Rita, já estás em casa? - pergunta a Catarina.
- Não, ia a caminho agora.
- Ah está bem, então quando chegares não entres e espera por mim também estou a caminho, eu encontrei as minhas chaves, estavam no fundo da minha mala. - diz a rir-se.
- És tão distraída. - rio-me. - mas está bem eu espero.
- Até já.
- Até já.
Desligo a chamada e continuo à espera de passar este trânsito infernal até chegar a casa. Quase 30 minutos depois consigo ir para casa, estaciono o carro do lado de fora da garagem, começo a tirar o monte de sacos que trouxe das compras, e a Catarina aparece logo com um grande sorriso, vem ao pé de mim e ajuda-me a tirar os sacos do carro, pego na minha carteira, ela tira a sua chave e abre a porta, entramos em casa, vou distraída com os sacos e bato na Catarina pois ela parou á minha frente.
- Catarina... - digo enquanto levanto a cabeça para olhar para ela mas paro logo de falar.
Deixo os sacos cair no chão, vejo o Boris vir ao pé de nós e a Catarina pega logo nele, estava um caminho de pétalas desde o hall da entrada até à sala e da sala até às escadas para o andar de cima, vejo imensos buquês de flores espalhados pelo caminho.
- O que é isto? - pergunto.
- É para ti. - sorri. - vai ver. - encoraja-me.
Sigo o caminho de pétalas devagar e assim que chego á sala, começo logo a chorar, a sala estava completamente cheia de flores, e ursinhos de peluche, no plasma passava um video só com fotos minhas e do Harry, vou até um buquê enorme de flores e vejo um cartão gigante, abro-o e leio-o.
" Desculpa ser tão chato, mesmo sendo chato e um completo idiota eu amo-te"
Rio-me com o bilhete, vou até um ursinho e agarro nele, tiro-lhe mais um cartão que ele tinha e leio-o.
" Mesmo com a distância toda que já passamos, e que estamos a passar o meu amor por ti só consegue aumentar"
Vou andando pela a sala a ver tudo aquilo que o Harry me escreveu naqueles cartões e eram só declarações para mim, a cada cartão que lia chorava mais, uma imagem nossa fixa-se na televisão e tem um texto por cima onde diz.
" Limpa as lágrimas do rosto mais lindo que eu já vi, as surpresas ainda não acabaram, sobe e vê. "
Olho para trás e vejo a Catarina a encolher os ombros com um sorriso enorme, levo o grande urso comigo e ela leva o Boris no colo saimos da sala e seguimos até às escadas onde nos levam até ao andar de cima, subimos as escadas calmamente e vemos logo dois caminhos de pétalas de rosas, um que me leva até ao meu quarto e outro que leva até ao quarto da Catarina.
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Don't Stop Dreaming || 2° Temporada
Fanfiction- Porque tudo o que faço é por ti, é para o teu bem e para a tua segurança. - ele diz. - Mas o meu bem e a minha segurança era contigo! - grito. - Desculpa. - As desculpas não se pedem, evitam-se. - digo a chorar - desaparece da minha vida, não te...