CATARINA POV'S
Assim que desliguei a chamada com a Rita entrei literalmente num transe em que o meu único pensamento girava á volta de " a Rita deve estar de rastos", por fim volto novamente á realidade quando o meu telemóvel volta a tocar, desta vez era o Niall.
- Sim. - digo um pouco aluada.
- Hey babe, como estás? - ele pergunta.
- Hmm... não sei bem. - digo.
- O que se passa? Magoas-te em alguma aula ou assim? Precisas que volte para Londres? - ele questiona rápido.
- Não, não é diretamente comigo. É a Rita. - digo triste.
- O que é que aconteceu com ela?
- O avô dela morreu Niall, eu vou voltar ainda hoje para Portugal, ela deve estar de rastos eu preciso de estar lá para ela. - digo agora a chorar.
- Amor tem calma não chores, sim ela vai precisar muito de ti agora. Queres que mande um avião buscar-te? - ele pergunta.
- Seria pedir muito? É que eu quero ir o mais rápido possível para Portugal.
- Claro que não é pedir muito, eu vou tratar já disso, e depois mando-te uma mensagem. - ele avisa.
- Obrigada.
- De nada amor, agora tem calma. Amo-te. - ele diz.
- Também te amo, beijo. - despeço-me.
Desligo a chamada e vou diretamente para casa e começo a arrumar a minha mala rapidamente, recebo uma mensagem do Niall, como ele tinha dito, a avisar que já tinha um avião á minha espera pronto para me levar.
Assim que acabei de arrumar só tive tempo de ligar para a escola de aprendizagem do Boris a perguntar se o podia deixar lá, e assim que me deram a confirmação foi o que fiz. Corri para o aeroporto e assim que cheguei fiz o check-in e entrei logo para o avião.
NIALL POV'S
Estava concentrado a tentar arranjar o avião para a Catarina quando Paul entra dentro do nosso camarote.
- Niall daqui a 30 minutos tens que ir ter com a Lou e vestir-te. -avisa e volta a sair.
Aceno com a cabeça e ouço a porta a bater e minutos depois entra outra pessoa.
- Niall posso usar o teu carregador? - alguém pergunta, mas eu estava tão concentrados e preocupado com esta situação que não ouvi. - Niall! - voltam a chamar.
- Sim. - digo e olho para cima onde vejo o Harry serio a olhar para mim, perfeito agora não sei se lhe conte ou não ele vai ficar muito stressado.
- O que se passa contigo? Estava aqui a chamar-te à séculos. - ele diz e eu engulo em seco, sem saber o que lhe dizer. - Niall bro o que se passa contigo?
- Harry, aconteceu uma coisa com a Rita. - começo por dizer calmamente.
- O que aconteceu à Rita? - ele diz visivelmente preocupado.
- O avô dela morreu Harry. - digo calmamente.
- O quê? - ele pergunta muito surpreendido
- Falei a pouco com a Catarina e ela contou-me. - explico.
- Oh meu deus! A Rita, eu preciso de ir para Portugal! - ele exclama.
- Harry estás doido? E o concerto, começa em menos de 1 hora.
- Niall, a Rita precisa de mim agora! Desculpa mas eu hoje não vou atuar, eu preciso de ir embora agora. - ele diz e sai rapidamente da sala.
Suspiro levanto-me do sofá.
RITA POV'S
Finalmente cheguei ao Porto, saio rapidamente do aeroporto, chamo um taxi que me leva a casa, assim que chego, vejo que não se encontra ninguém na mesma, por isso vou ao meu quarto, deixo a minha mala, troco de roupa, pego numa mochila e meto outras roupas dentro da mesma.Ligo a minha mãe assim que acabo de arrumar tudo.
- Sim filha? - ela diz com uma voz triste.
- Já cheguei mãe. - digo tentando controlar-me para não chorar.
- Nós estamos na aldeia, eu vou pedir ao Henrique que te va buscar ao aeroporto. - ela diz.
- Eu já estou em casa. - digo simples.
- Já? Podias ter avisado, ele ia-te buscar ao aeroporto, então espera só uns minutos que o Henrique anda por ai na cidade, eu vou-lhe ligar e ele trás-te.
- Está bem. Obrigada. - digo triste.
- De nada querida, até já.
- Beijo até já.
Desliguei o telemóvel e atirei-me para cima da cama, a chorar o que andava a guardar a horas.
Não sei quanto tempo passou, só sei que ouvi a porta do meu quarto a abrir-se e o Henrique veio rapidamente abraçar-me.
- Querida vai ficar tudo bem. - ele tenta consolar-me.
- Não vai nada, ele já não vai estar aqui para mim! - digo a chorar.
- Mas eu vou estar, a tua mãe vai estar, a tua avó, a Matilde, os teus amigos, todos aqueles que gostam de ti, vão estar sempre aqui para ti e para tudo o precisares.
- Ele era tudo para mim! - digo quase sem folgo por causa do choro.
Ele perferiu não dizer nada e simplesmente consolar-me com um abraço bem apertado.
Passado alguns minutos, quando o meu choro estava mais calmo ele largou-me e deu-me um pequeno sorriso.
- Vamos? A tua mãe está á nossa espera. - ele diz e eu assinto.
Levanto-me da cama e pego na mochila que tinha feito antes, desço atrás do Henrique e entro logo no carro, a viagem é feito num completo silêncio, só com o som do rádio baixo a passar algumas músicas.
Finalmente chegamos, assim que o carro é estacionado, entro logo dentro de casa e avisto a minha mãe sentada ao lado da minha avó na sala, vou a correr abraçar as duas e choro com as mesmas.
- Rita. - a minha mãe chama-me, sento-me no meio das duas e olho para ela. - o teu avô teve um ataque cardíaco enquanto estava no campo.
- Mas porque é que ele não ficava em casa a descansar como eu sempre lhe disse?! - digo chateada.
- Ele era um teimoso, sabes disso. - a minha avó diz.
- E por causa da teimosia dele, agora fiquei sem ele. - choro.
A minha avó abraça -me e chora baixinho comigo.
O corpo ainda estava no hospital, e amanhã será o funeral, passamos o resto da tarde assim, até a Catarina chegar com os pais dela e logo depois a Joana que veio de preposito assim que soube.
- Obrigada por estarens aqui. - agradeci às duas.
- Nós nunca iamos deixar de estar aqui numa altura em que tu precisas tanto de nós. - diz a Joana - mesmo estando no outro lado do planeta.
Abraço-a com força.
- Agora tens é que ser forte e não deixar-te ir abaixo. - diz a Catarina.
- Sim, e não é só por ti, a tua mãe e a tua avó também precisam de ti. - completa a Joana.
- Eu estou a tentar, mas é tão complicado. - digo.
- Nós sabemos. - abraça-me a Joana.
O dia estava a chegar ao fim, e a Joana e a Catarina tiveram que se ir embora, mas amanhã estavam aqui de novo para irem ao funeral e me acompanharem.
Sinto-me fisicamente e psicologicamente exausta por isso estico-me no sofá da sala a olhar para o teto e a aproveitar o silêncio que se faz na casa pela primeira vez, durante o dia todo, pois estava sempre gente a entrar e a sair.
- Rita. - a minha mãe chama a minha atenção e eu olho para ela. - Está aqui uma pessoa para ti. - ela diz e eu penso "falei cedo de mais, afinal ainda não é agora que tenho silêncio".
- Quem é? - pergunto enquanto me sento direita no sofá.
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Don't Stop Dreaming || 2° Temporada
Fanfiction- Porque tudo o que faço é por ti, é para o teu bem e para a tua segurança. - ele diz. - Mas o meu bem e a minha segurança era contigo! - grito. - Desculpa. - As desculpas não se pedem, evitam-se. - digo a chorar - desaparece da minha vida, não te...