126° Capitulo

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Hoje vou fazer a minha primeira viagem de trabalho com o Patrick, vamos à Irlanda, fazer uma sessão de fotografias para a Vogue, no meio de um campo. Sei que a Irlanda é um país muito campestre apesar de nunca o ter visitado, mas o Niall fala muito do seu país e a Catarina diz que quando veio com ele visitar os país dele que adorou e que a fazia lembrar muito de Portugal, especialmente do Norte.

Já se passaram 5 meses desde que eu e o Harry acabamos, ou seja já se passaram 2 meses desde a última vez que o vi, e para ser sincera comigo mesma, sinto a falta dele mais do que nunca, talvez o facto de naquela noite me ter envolvido com ele nov...

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Já se passaram 5 meses desde que eu e o Harry acabamos, ou seja já se passaram 2 meses desde a última vez que o vi, e para ser sincera comigo mesma, sinto a falta dele mais do que nunca, talvez o facto de naquela noite me ter envolvido com ele novamente, fez com que me voltasse a apegar a ele como antigamente, mas por mais que eu queira voltar para ele, à sempre algo que me impede, e já não é só o meu orgulho. O coração diz-me para esquecer tudo e ligar-lhe, mas a cabeça lembra-me sempre do quanto ele me magou.
Não nos voltamos a falar desde aquela noite, nem nunca mais tive qualquer tipo de notícias sobre ele. Sei que estão no último mês da tour, mas fora isso não recebo notícias dele.
A algumas semanas atrás visitei a Anne, apesar da história entre mim e o filho ter acabado, eu gosto muito dela e nós mantivemos sempre contacto uma com a outra, ainda para mais agora que ela descobriu que o Robin anda doente, com um câncer, e eu quero estar para eles, para tudo aquilo que precisarem.
- Rita. - chama-me o Patrick e tira-me dos meus pensamentos profundos.
- Sim. - sorrio.
- Vamos, já estão todos no avião. - ele diz e vai à minha frente para dentro do avião.
Sento-me numa poltrona ao lado da Vivian e o Patrick senta-se mais ao fundo com uns senhores que não consigo ver quem são.
- Pronta para a primeira viagem? - a Vivian pergunta.
- Mais do que pronta. - digo animada.
O trabalho com o Patrick tem se tornado cada vez melhor, eu e a Vivian tornamo-nos bastante amigas pelo tempo que passamos juntas, também já conheci a esposa dele e as filhas e são todas muito simpáticas e amáveis.
A viagem foi super rápida e bastante animada, assim que chegamos à Irlanda, fomos logo diretos para o local onde iriamos fazer a sessão fotográfica, os designers e os seus consultores de imagem da revista já se encontravam lá com tudo preparado, juntamente com a modelo que iria fazer a sessão, que não era nem mais nem menos que a Lais Ribeiro, ela era simplesmente fantástica, e eu estou bastante entusiasmada para poder fazer este trabalho com ela.
O Patrick cumprimenta toda a gente e logo a seguir apresenta-me a algumas pessoas incluído á Lais.
- Esta é a Rita. O meu braço direito. - ele apresenta-me.
- Olá. - sorrio.
- É um gosto conhecer-te. - diz a Lais - és Portuguesa certo?
- Sim. - sorrio.
- Somos quase primas! - ela abraça-me enquanto se ri e eu gargalho com ela.
- Meninas peço desculpa interromper o vosso momento de patriotas mas temos trabalho a fazer. - diz o Patrick e eu e a Lais separamo-nos logo e cada uma vai para o seu lugar para começarmos a sessão.
Cerca de quase 2h e meia depois a sessão acabou, a Lais despede-se de nós e vai-se trocar e eu e o Patrick ficamos a ver as fotografias todas com os editores da revista.
Por fim, quase 4h depois acabamos por escolher as fotografias todas que iram ser usadas na proxima revista da Vogue.
Assim que acabamos voltamos logo para o Hotel, a Vivian já tinha mandado trazer as nossas malas para os nossos respetivos quartos, e mal me deram a minha chave dirigi-me logo para o mesmo, pois estava completamente exausta.
Assim que entro no quarto, olho ao meu redor e vejo que o quarto é bastante acolhedor, tem uma cama grande branca e uma grande janela que dá para ver uma paisagem campestre muito linda, do pouco que vi a Catarina tinha razão, a Irlanda faz muito lembrar Portugal por ter tanto verde à volta.
Enquanto que estava a arrumar as minhas coisas, batem à porta e eu vou rapidamente abrir.
- Olá! - diz a Vivian animada.
- Olá, entra. - digo e dou-lhe espaço para ela entrar.
Ela sentou-se na cama enquanto me observava a arrumar as minhas coisas.
- Vinha chamar-te para irmos comer qualquer coisa, não almoçamos ainda. -diz.
- Eu sei, ia agora descansar um pouco porque estou exausta e o Patrick disse que logo ainda iamos a uma exposição.
- Vamos sim, mas também não vais dormir sem comer, tens que te alimentar.
- Eu alimento-me. - sorrio.
- Eu sei, mas não podes ... - é interrompida pelo som do meu telemóvel a tocar.
- Não te esqueças do que estavas a dizer. Desculpa. - digo enquanto pego no telemóvel e atendo assim que vi que era a minha mãe.
"- Olá mãe! - digo contente.
- Olá filha. - diz com uma voz de choro.
- Mãe estas a chorar? - pergunto preocupada.
- Rita, eu tenho uma coisa para te contar, mas eu preciso que fiques calma. - ela pede.
- Mãe estás a preocupar-me, o que é que aconteceu?
- O teu avô... ele morreu, teve..." - assim que estas palavras foram ditas deixei de ouvir tudo o resto que ela dizia, foi como se o meu cérebro parasse de funcionar por momentos, as lágrimas encheram os meus olhos, senti as minhas pernas a fraquejar e cai de joelhos no chão, larguei o telemóvel sem me importar com aquilo que a minha mãe dizia. Rapidamente a Vivian se ajoelha ao pé de mim e me abraça.
- O que aconteceu? Tem calma Rita. - ela diz preocupada.
- O meu avô. - tento dizer, mas as palavras não saiam da minha garganta que permanecia com um grande nó seco, mas ela percebeu logo o que quis dizer, e simplesmente abraçou-me sem proferir mais nenhuma palavra.
Não sei quanto tempo permaneci assim, sentada no chão a chorar abraça à Vivian, mas pareceu ter sido séculos.
Levantei-me calmamente com a ajuda dela e sentei-me na cama.
- Eu preciso de voltar para Portugal. - digo assim que sinto a minha garganta a desfazer aquele maldito nó.
- Sim claro, eu vou já ligar para o aeroporto e o jato do Patrick leva-te assim que quiseres.
- Obrigada. - digo com a voz um pouco rouca.
- De nada querida, sempre que precisares.
- Eu preciso de falar com o Patrick, vou ter que faltar aos compromissos que tínhamos.
- Esquece isso, o trabalho agora é o menos. Prepara as tuas coisas, eu vou preparar o teu jato para ires embora. - ela diz enquanto me abraça mais uma vez.
- Obrigada - agradeço mais uma vez.
- De nada, quando estiveres pronta vai ter lá baixo que vamos ter um carro pronto para te levar. - ela diz com um sorriso meigo e sai do quarto deixando-me a sós comigo mesma.
Aceno positivamente com a cabeça, e começo a arrumar as minhas coisas novamente, lembro-me que tenho que avisar a catarina por isso ligo-lhe e ela rapidamente atende.
- Hey baby! Como está a correr o trabalho na Irlanda? - diz animada.
- Catarina vou para Portugal. - digo logo - o meu avô... - começo a chorar novamente sem conseguir proferir estas palavras.
- Oh meu deus Rita! Tem calma! - ela diz preocupada - eu vou contigo para Portugal, vou já no primeiro avião que tiver. - ela diz.
- Obrigada. - agradeço sincera. - so te queria avisar, tenho que acabar de arrimar as minhas coisas que o jato do Patrick vai-me levar.
- Está bem, mantém-te em contacto comigo por favor. - pede.
- Está bem. - digo calmamente. - Adeus.
- Beijo, adeus.
Desligo a chamada e caio de novo na cama a chorar, até sentir os meus pulmões doerem, nunca antes tinha sentido esta dor, nem mesmo quando acabei com o Harry, só quero que passe, não consigo acreditar que isto é mesmo verdade.
Limpo as lágrimas e levanto-me da cama, pego nas minhas coisas e saio do quarto.
Assim que chego a recepção avisto logo a Vivian, o Patrick e mais algumas pessoas, assim que eles me veem o Patrick levanta-se logo e vem-me abraçar com força e eu não aguento e choro novamente.
- A Vivian contou-me o que aconteceu, eu sinto muito querida. - diz-me enquanto me abraça.
- Obrigada Patrick. - digo. - por tudo mesmo. - completo.
- De nada querida, ora essa, tens sido fantástica. - ele diz com um sorriso carinhoso.
- Desculpe faltar aos compromissos que já tinhamos feito. - peço - mas posso pelo menos continuar a fazer a parte do trabalho do escritório em casa enquanto estou lá.
- Não sejas tola Rita, não precisas de te preocupar com nada, nem quero que faças trabalho nenhum enquanto estiveres lá. Só quero que voltes ao trabalho quando te sentires melhor e achares que estas apta para trabalhar.
Sorri e ele voltou a abraçar-me.
- Já está tudo pronto para ires Rita. - avisa a Vivian.
- Obrigada. -digo.
Despeço-me de todos mais uma vez e entro no carro que estava a minha espera para me levar.
A viagem até ao aeroporto foi calma, assim que cheguei o motorista do carro ajudou-me a levar as malas e entrei logo no avião que em poucos minutos já estava a levantar voo. Encostei a minha cabeça ao banco e tentei descansar durante a viagem, mas estava sem sucesso pois não conseguia dormir nem por nada.

Don't Stop Dreaming || 2° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora