Acordo com alguém a bater na porta, abro os olhos lentamente e vejo que o Hazza ainda está a dormir encostado a mim e a porta é aberta pela minha mãe.
- Bom dia querida. - ela diz enquanto entra no quarto.
- Bom dia. - sorrio.
Ela senta-se na minha cama e dá-me um beijo carinhoso na testa com um grande sorriso.
- Vim acordar-te para te preparares e para arrumares as coisas para irmos para os avós.
- Eu já me vou levantar, obrigada mãe. - digo.
- De nada.
Ela levanta-se e sai do quarto, levanto-me da cama lentamente para não acordar o Hazza e vou tomar um duche, faço as minhas higienes matinais e visto uma roupa simples.
Apanho o cabelo e deixo o meu rosto ao natural, faço um pequeno saco com tudo que iria precisar para passar uns dias na casa dos meus avós, o Hazza já tinha acordado por isso desci com ele atrás de mim para a cozinha, pus-lhe a comida dele na taça e sentei-me á mesa a comer e minutos depois aparece o resto da minha família.
- Bom dia querida. - diz o Henrique.
- Bom dia. - sorrio.
- Bom dia. - diz a Matilde enquanto se senta na mesa.
- Bom dia. - continuo a comer.
- Vocês tem tudo pronto para irmos para os avós? - pergunta a minha mãe.
- Sim. - digo.
- Eu também. - responde a minha irmã.
Acabamos de comer rapidamente e cada um foi buscar as suas coisas para irmos para o carro, peguei nas coisas do Hazza também pois ele ia connosco, entramos no carro e seguimos viagem.
2 horas e meia depois chegamos ao nosso destino, o Henrique estacionou o carro em frente à casa dos meus avós e eu fui a primeira a sair do carro, peguei no meu saco e entrei a correr, os meus avós viviam numa pequena aldeia em trás os montes, e eu adorava vir para aqui, pois é tudo rodeado pela natureza, sem movimento, sem stress e sem barulho constante.
- Avó! - gritei assim que entrei na grande casa branca.
Ela estava na cozinha por isso segui pelo grande corredor branco cheio de fotos minhas e da minha irmã de quando eramos pequenas e também algumas da minha mãe.
- Rita, querida! - ela vem na minha direção abraçar-me.
-Que saudades avó. - digo a abraça-la.
- Isso digo eu. Como está a correr a escola lá em Londres? - pergunta animada.
- Muito bem avó. - digo com um sorriso.
- Fico muito feliz. - ela abraça-me novamente e deixa-me um beijo na bochecha.
- O avô? - pergunto.
- Está lá em baixo, no campo, sabes como é que ele é, não consegue estar muito tempo em casa. - diz a minha avó.
- Então eu vou meter isto no quarto e vou lá. - digo.
Saio da cozinha e deixo a minha mãe, a minha irmã e o Henrique a cumprimentarem e falarem com a minha avó e vou rapidamente até ao quarto que normalmente era onde eu costumava ficar sempre que vinha cá ficar, deixei a mochila em cima da cama e saí de casa com o Hazza atrás de mim.Segui pelo caminho de terra até chegar ao terreno que pertencia aos meus avós e sabia que era aonde estava o meu avô, abri a cerca e entrei logo á procura dele.
- Avô! - chamei alto. - Avô!
- Aqui! - ele grita.
Sigo a vós dele e vejo que ele está no topo do monte ao pé das galinhas, vou a correr até ele.
- Avô. - abraço-o.
- Meu anjo. - ele abraça-me de volta.
- Tinha tantas saudades tuas. - digo sem o largar.
- E eu tuas querida. - ele faz-me festinhas na cabeça.
- O que estás aqui a fazer? - pergunto.
- Vim dar de comer aos animais. - ele diz óbvio.
- Está bem. - sorrio.
- Como está a correr tudo lá por Londres? - pergunta enquanto se dirige até à mini horta que ele plantou.
- Bem. - sorrio - estou a gostar muito de lá estar. - sigo-o.
- Ainda bem. - começa a apanhar alguns legumes que estavam bons. - E a universidade como vai?
- Muito bem, é melhor do que aquilo que eu imaginei. - ajudo-o a apanhar os legumes. - os professores são fantásticos, os colegas também.
- Fico mesmo contente. - ele coloca tudo num balde preto e eu faço o mesmo, ele pega no balde e senta-se numa pedra debaixo de uma árvore que agora estava sem folhas devido á altura do ano, aquele era o sítio onde eu e o meu avô ficávamos sentados imenso tempo sempre que eu vinha para cá, estar com ele, às vezes ficávamos horas a conversar sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada, pois simplesmente estar com ele ao meu lado era uma das melhores sensações de sempre, eu amo-o muito, é com toda a acerteza uma das pessoas mais importantes da minha vida, é o pai que eu nunca tive presente.
Sentei-me ao lado dele, e ficamos alguns minutos a olhar só para o horizonte sem falarmos e eu achei que esta era a altura exata de lhe falar do Harry, eu não lhe escondo nada e sei que ele vai ficar muito feliz de saber.
- Tenho uma coisa para te contar. - digo calmamente.
- Espero que seja uma coisa boa. - ele diz a sorrir.
- É. - sorrio
- Podes dizer-me anjo. - sorri.
- Sabes o Harry? Aquele amigo que eu te falei que estava longe e só falávamos as vezes quando ele podia por causa do trabalho dele?
- Sim. - diz.
- Bom, eu e ele namoramos. - digo.
- Que bom meu anjo, eu sempre soube que tu gostavas dele, espero que ele te faça muito feliz. - abraça-me.
- Faz, muito avô. - sorrio. - eu acho que tu vais adora-lo.
- Estou ansioso por o conhecer, se tu estás feliz com ele, então eu também estou querida. - ele sorri.
- Obrigada avô. - dou-lhe um beijo na bochecha.
- É melhor irmos, antes que a tua avó se zangue. - ele ri-se.
Levanto-me com ele e vamos juntos para casa, mas antes chamo o Hazza que andava entretido a brincar com umas pedras.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Don't Stop Dreaming || 2° Temporada
Fanfiction- Porque tudo o que faço é por ti, é para o teu bem e para a tua segurança. - ele diz. - Mas o meu bem e a minha segurança era contigo! - grito. - Desculpa. - As desculpas não se pedem, evitam-se. - digo a chorar - desaparece da minha vida, não te...