O jantar passou a correr, passamos horas á mesa simplesmente a conversar, as crianças já tinham saído da mesa e estavam na sala a brincar uma com as outras, eram cerca de 23h, por tradição aqui em casa costumamos abrir as prendas á meia noite, não na manhã seguinte do Natal, e o meu tio José costuma disfarçar-se de pai Natal e entregar as prendas às crianças e elas adoram.
A minha mãe dispensou-me de ajudar a levantar a mesa, pois as minhas tias já estavam a ajudar, então fui para a sala e sentei-me no sofá a observar os meu primos pequenos a brincarem.
- Rita, a Carolina está sempre a tirar-me a bola. - diz o meu primo Jorge.
- Porque a mamã diz que não se joga á bola dentro de casa. - diz ela séria.
- Ela tem razão Jorge, olha se partes alguma coisa aqui? - digo enquanto ele se senta ao meu lado.
- Está bem. - ele bufa - quanto tempo falta até o pai Natal chegar?
- Não sei, mas acho que já não falta muito.
- Olha Rita, olha o que eu fiz.- diz a Íris entusiasmada com uma folha na mão.
- Mostra. - peço enquanto pego nela ao colo.
Tiro-lhe a folha da mão e vejo que é um desenho, de um senhor muito grande e uma menina.
- Eu fiz um desenho de ti e do teu namorado com um nome estranho. - ela diz querida.
Rio-me com o desenho, pois ela fez o Harry super alto tal como eu lhe disse.Mas muito gordo e com uma crista.
- Este é o teu namorado e esta és tu. - ela aponta para cada um.
- Que lindo, obrigada. Vou guarda-lo pode ser?
- Sim. - ela diz com um grande sorriso.
Achei super fofinho o desenho dela por isso tirei foto e mandei ao Harry.
Eu:" Olha o desenho que a minha prima fez de nós os dois."
Eu:" Ela perguntou-me como eras e eu fiz-lhe uma breve descrição, mas acho que ela só se lembrou do seres alto. "
Alguns minutos depois ele respondeu.
Baby ❤:" Esse sou eu?"
Eu:" Sim."
Baby ❤:" Eu não sou gordo, foste tu que lhe disseste que eu era gordo não foste?"
Eu:" Não, eu juro que não disse nada."
Baby ❤:" O que lhe disseste sobre mim?"
Eu:" Descrevi-te fisicamente."
Baby ❤:" O que disseste?"
Eu:" Alto, cabelo castanho encaracolado e olhos verdes. "
Baby ❤:" Não disseste que eu era sexy?"
Eu:" Harry, ela é uma criança, claro que não."
Baby ❤:" Mas tu achas-me sexy."
Eu:" Óbvio. "
Baby ❤:" Eu também te acho muito sexy, especialmente sem roupa."
Eu:" És mesmo pervertido. Talvez lhe tenha dito que eras bonito."
Baby ❤:" Mas ela não teve isso em atenção. "
Eu:" Coitadinha tem 3 anos Harry. "
Baby ❤:" Mas foi uma querida."
Eu:. " Pois foi."
Baby ❤:" Anjo, mais logo ligo-te, a dona Anne precisa da minha ajuda. Amo-te. "
Eu:" Está bem, amo-te."
Pousei o telemóvel ao meu lado no sofá e fiquei a ver televisão com as crianças, até que a Adriana, é uma prima que eu simplesmente não suporto, ela é dois anos mais nova que eu e desde pequenas que nos odiamos, tenho passado a noite toda a ignora-la e a tentar estar o mais longe possível dela para não estragar a noite, mas ela adora provocar-me. Senta-se ao meu lado com um sorriso falso.
- Então prima, ouvi dizer que agora és famosa. - diz cínica.
- O que é que queres Adriana? - digo sem paciência.
- Saber como conseguiste convencer um homem como o Harry a gostar de ti, ele deve estar mesmo cego, para não ver que tu só te queres aproveitar dele. - ela diz.
- Se a tua intenção é irritar-me, desculpa mas não estás a conseguir, eu não te devo justificações da minha vida, muito menos da minha vida e do Harry, e eu tenho aquilo que tu não tens nem nunca irás ter, dignidade. Por isso, com todo o respeito nunca mais toques no nome do Harry, para dizer seja o que for, tu não o conheces, nem sabes nada sobre nós. Mete-te na tua vida. - digo calmamente.
- Ele deve ser mesmo um otário, para gostar de ti.
- Otária és tu. - dou-lhe um estalo e a minha mãe aparece na sala - eu avisei-te para nunca mais falares sobre ele - digo irritada.
- Rita. - a minha mãe chama-me á atenção.
A Adriana fica com a mão na cara e com uma expressão de surpresa, mas não diz nada.
- Adriana podes sair e levar os teus primos por favor? - a minha mãe pede educadamente.
Ela não diz nada, e levanta-se e leva as crianças com ela enquanto saí da sala.
- O que é que aconteceu para tu teres uma atitude daquelas? Tu não és assim Rita. - a minha mãe diz enquanto se senta ao meu lado e eu simplesmente começo a chorar. - tem calma, querida. - ela abraça-me.
- Ela tira-me do sério, eu juro que me estava a tentar controlar. - digo a chorar.
- Conta-me o que aconteceu. - ela pede carinhosamente.
- Veio aqui só para me provocar, a dizer que só estava com o Harry para me aproveitar dele, e que ele era um otário por gostar de mim.
- Oh Rita, tu sabes que ela faz isso, só para te provocar, não podes deixar que ela consiga. Ignora o que ela diz, faz de conta que não a ouves.
- Eu tento.
- Tens que tentar mais, não quero que isto volte a acontecer. - ela diz séria - ninguém neste planeta pode avaliar ou dizer seja o que for sobre ti e o Harry, nem eu, nem a mãe dele, nem o resto da tua ou da família dele, nem os vossos amigos, nem fãs, ninguém Rita, pois só tu e ele é que sabeis o que sentis um pelo outro.
- Eu sei. - suspiro.
- Então chega de choro, e vamos chamar todos para abrir as pedras, o tio José já foi vestir-se e o Henrique foi ajuda-lo, vamos chamar as crianças. - ela levanta-se.
Limpo as lágrimas e levanto-me com ela e vamos até ao jardim que era onde todos estavam ao lado de uma fogueira pequena, chamamos todos para a sala novamente, e as crianças estavam muito irrequietas pois o pai Natal vinha ai, e assim que ele chegou elas ficaram radiantes, ele começou a distribuir as prendas por todos, mas começou pelos mais pequenos e depois os adultos, todos tinham recebido muitas prendas e tinham sido tudo aquilo que elas queriam, chegou a minha vez e o tio José entregou-me as minhas prendas todas e disse-me de quem era cada uma.
Recebi um relógio, uma lente nova para a minha câmara fotográfica, um bloco de notas lindíssimo, roupa, perfumes e dinheiro.
- Eu ainda tenho aqui mais uma coisa para ti. - a minha mãe levanta-se e entrega-me um envelope branco.
- O que é isto? - pergunto.
- Uma prenda para ti. - ela diz óbvia.
Pego no envelope e abro-o com cuidado, lá dentro tinha uma fotografia, tirada de uma Polaroid minha e do Harry em L.A na casa dele abraçados, e por trás tinha escrito " Feliz Natal anjo, vejo-te em breve.
Amo-te.
Harry."
- Como é que tu conseguiste isto? - pergunto á minha mãe com um grande sorriso.
- Foi um passarinho que me ligou a pedir que te entregasse isso. - ela diz contente.
Todos á minha volta estavam sem entender bem do que é que eu e a minha mãe estavamos a falar, sem contar com a Adriana que estava bem atenta e percebeu que era uma prenda do Harry.
- Obrigada mãe. - abraço-a.
- Não tens nada que agradecer filha, eu só entreguei. - ela diz.
A prenda dele foi com toda a acerteza a melhor prenda de todas, ele parece que sabe sempre quando eu preciso dele.
O meu telemóvel toca e mais uma vez abro um grande sorriso pois era o Harry a ligar-me, deixo um beijo na bochecha da minha mãe e aviso que vou lá fora falar com ele, pego numa manta e vou até ao jardim e atendo rapidamente a chamada dele.
- Harry! - digo contente.
- Olá anjo. Feliz Natal - ele diz contente.
- Obrigada amor, Feliz Natal para ti também, obrigada pela prenda eu amei. - digo.
- Ainda bem, mas essa não é mesmo a tua prenda, foi só para ficares contente.
- E eu fiquei mesmo muito. - digo - parece que tu adivinhas sempre que eu preciso de ti.
- O que se passa? Está tudo bem amor? - ele pergunta preocupado.
- Sim, foi só uma discussão com a minha prima Adriana.
- O que aconteceu para discutires com ela?
- Nada, já passou, depois conto-te, hoje não é dia para isso.
- Está bem, só espero que estejas bem.
- Agora estou. - digo a sorrir.
- A minha mãe quer falar contigo vou-lhe passar.
- Está bem.
- Olá Rita. - ela diz animada.
- Olá Anne, como está? - pergunto e vejo o meu avô a vir sentar-se ao pé de mim.
- Estou bem querida e tu?
- Também estou bem, espero que esteja a ter um feliz Natal.
- Feliz Natal para ti também querida, e sim tem estado a correr tudo bem.
- Fico feliz. - digo.
- Feliz Natal Rita. - ouço a Gemma a dizer.
- Feliz Natal Gemma. - digo a rir-me.
- Como está tudo ai por Portugal? - a Gemma pergunta.
- Está tudo ótimo, e por ai?
- Tudo ótimo. - ela diz.
- Vou passar outra vez ao Harry, só te queria mesmo dizer Feliz Natal.
- Está bem, obrigada.
- Beijo.
- Beijo.
- Olá outra vez amor.
- Olá baby. - digo.
- Só me queria despedir de ti antes de desligares.
- Está bem amor.
- Até amanda amor, amo-te muito beijo.
- Amo-te muito Harry, até amanhã, beijo.
Desligo a chamada com um sorriso e olho para o meu avô que estava sentado ao meu lado tapado com a minha manta.
- Ele parece gostar mesmo de ti. - o meu avô diz.
- Sim. - sorrio.
- Foi ele que te mandou aquele envelope que a tua mãe te deu, não foi?
- Sim. - dei-lhe o envelope para ele ver o que era.
Ele abre e vê a fotografia e depois vira para ver a mensagem.
- O que diz aqui? - ele pergunta pois não sabe inglês.
- Diz, Feliz Natal anjo, vejo-te em breve. Amo-te Harry. - digo a sorrir.
- Chama-te anjo. - o meu avô diz.
- Sim, desde o primeiro dia em que nos conhecemos, só tu e ele é me chamam assim, e eu nunca antes lhe tinha dito que tu me chamavas.
- Isso é porque tu és mesmo um anjo, e só eu e ele é que o conseguimos ver, és o nosso anjo.
- Fiz uma tatuagem em vossa homenagem. - digo.
- Uma tatuagem?
- Sim avô, eu sei que tu não gostas muito disso, mas vais gostar desta. - digo-lhe.
Levanto a camisola e mostro-lhe a tatuagem que fiz.
- O que achas?
- É bonita, obrigada querida. - ele abraça-me.
- Assim estás sempre comigo. - digo a sorrir.
Fico um pouco abraçada a ele, até que fica muito frio e vamos os dois para dentro.
- Onde estão todos? - pergunto assim que entro na sala.
- Querida estive lá fora mais de 1h, já se foi tudo embora, menos a Íris que não quis ir, porque quer ficar contigo.
- Ah está bem, e aonde é que ela está? - pergunto.
- A tua mãe levou-a para o teu quarto.
- Obrigada avô. - dou-lhe um beijo na bochecha - até amanhã.
- Até amanhã meu anjo.
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Don't Stop Dreaming || 2° Temporada
Fanfiction- Porque tudo o que faço é por ti, é para o teu bem e para a tua segurança. - ele diz. - Mas o meu bem e a minha segurança era contigo! - grito. - Desculpa. - As desculpas não se pedem, evitam-se. - digo a chorar - desaparece da minha vida, não te...