04.

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          Atiraram suas ultimas bola flamejantes em direção aos ingleses, alguns se queimavam levemente com as chamas baixas e outros era esmagados pelo peso das rochas. Foi um sacrifício grande conseguir carrega-las até o castelo, no entanto, tudo parecia estar funcionando para Bjorn e Ivar que gritavam as palavras "atacar" a todo momento, fazendo os guerreiros correrem para a batalha.

         Flechas eram disparadas em direção aos vikings, que também lançavam de volta. Gritos poderiam ser ouvidos de longe, onde ao fundo do reino o exército comandado por Hvitserk entrava e começava sua pequena caça ao ouro. Os ingleses não tinham um plano muito bom senão correr em direção ao inimigo e atacar, o rei Alfredo não parecia saber muito bem comandar uma guerra e por isso pareciam pular em direção ao precipício.

          Guerreiros nórdicos gritavam a todo momento citações que incluíam sua ida a Valhalla como um ritual de passagem sem mesmo estarem feridos. Grandes estacas eram carregadas pelos cristãos e lançadas por homens de mais força, acertando seus inimigos em um único golpe. O maior estrago parecia ser feito pelos pesados machados que destruíam tudo o que podia-se imaginar, de escudos de ferro, até crânios amassados pelo impacto da arma no elmo. Foi quando o Rei Alfredo percebeu o que estava se tornando aquela briga que decidiu escapar pelas laterais, que haviam sido cobertas por guerreiros rivais. Seu cavalo teve as patas fronteiras cortadas por um golpe só de Bjorn que tinha em suas mãos uma espada e um machado. O animal caiu ferido e quase morto derrubando o rei que havia junto todos os reinos em um só chamado Inglaterra. Apesar de ser chamado de grande, Bjorn ficou impressionado com a estatura e físico do rei, que parecia muito encolhido e amedrontado em sua armadura. Bjorn teve então uma grande ideia, algo que poderia fazer com que todos saíssem daquelas terras com muito mais ouro.

- Irei vender você, Alfredo, O Grande. - disse ao ouvido do rei antes de puxar sua espada de sua mão e puxar seu corpo semelhante à de um raquítico para dentro do castelo, acertando e ferindo brutalmente quem e qualquer coisa que viesse em sua direção com o propósito de intervir.

          Lá dentro, a festa parecia muito mais interessante, homens e mulheres passavam com suas armas onde queriam, matando quem queriam e fazendo o que queriam, de longe, Bjorn encontrou Hvitserk a atear fogo em um bordel, fazendo com que várias prostituta saíssem correndo para qualquer direção, alegrando o jovem rapaz a ponto de o fazer rir enquanto via pessoas correrem com os corpos a pegar fogo.

- Hvitserk! - o irmão mais velho gritou alto o suficiente para chamar a atenção do irmão mais novo. - Veja o que encontrei, irmão.

          Gritava enquanto caminhava em direção à Hvitserk, que por outro lado tinha a função de fazer com que inimigos ingleses não tentassem acertar Bjorn enquanto o mesmo caminhava em completa distração. Um sorriso enorme estava em seus lábios, como se houvesse acabado de receber uma ótima notícia.

- Acredita que estão a chamar este pequenino de rei? O pior é que ainda o chamam de Grande!... Olhe, veja o tamanho desse homem. - ao terminar de dizer suas palavras, os dois rapazes já estavam rindo, enquanto o rei Alfredo prendia a vontade que tinha de chorar.

- Venha aqui, vou apresentar a você um lugar que vai gostar. - apontou Hvitserk em direção ao castelo, as portas estavam fechadas, mas haviam poucos guerreiros ingleses para impedir que eles entrassem. Logo Hvitserk e Bjorn estavam dentro do castelo. A sua volta, haviam estátuas bem esculpidas e sem roupa que logo pararam no chão quando o mais jovem entre eles resolveu apalpar as peças.

           Uma entre todas havia chamado sua atenção. A escultura não tinha rosto, nem os membros superiores e inferiores, mas o seu tronco curvilíneo o fez lembrar da jovem mulher que banhava-se ao lago. Era como se o rapaz pudesse a enxergar mais uma vez e o som de sua voz fosse ouvido, se não fosse por Bjorn que chamava a sua atenção.

- Olhe esta, irmão... parece com alguém? - perguntou Bjorn ao olhar para uma pintura do rei Alfredo. Não se parecia nada com o ele na verdade já que a pintura retratava um rei com cabelos grandes, músculos aparentes e lábios rosados. Não era nada semelhante a cara pálida de medo do rei no instante em que foi empurrado contra a uma coluna por Bjorn que esbanjava sua cara de mau.

- Onde está o seu ouro? - gritou alto, fazendo o rei fechar seus olhos e começar uma reza. Bjorn sabia falar muito bem seu idioma e logo puxou sua espada para cortar algum membro do rei, mas parou um pouco ao perceber o que o mesmo falava.

- Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha nós ao teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no cé.. - rapidamente o rei foi impedido de continuar a sua oração quando o forte soco foi dado em seu rosto.

- O seu Deus não tem céu. - disse Hvitserk em um tom de brincadeira enquanto andava de um lado para o outro a procura de alguma coisa que o pudesse fazer com que o rei dissesse onde escondia sua fortuna.

           O jovem rapaz bateu em sua testa em um movimento automático assim como seu pai fazia sempre que buscava alguma ajuda. Havia herdado este impulso de Ragnar. Depois de alguns segundos, virou-se em direção ao rei preso nos braços de Bjorn e caminhou até o mesmo com um pequeno sorriso nos lábios, após ter chegado ao pé dos dois, logo tocou gentilmente no ombro de seu irmão para que o mesmo afrouxasse o aperto no rei, saindo de sua frente, Hvitserk logo pôs-se cara à cara com Alfredo, ainda sem desgrudar o sorriso em seus lábios.

- Bem... - começou a falar enquanto levava o seu polegar a testa do rei Alfredo, pegando um pouco do sangue escorrido e o levando até a sua testa, passando em seguida naquela região. - Poucos de nós sabem como é, realmente o rei Grande que é você, no entanto, conheço muito bem o homem que matou meu pai e achei que temesse o suficiente nosso povo a ponto de não querer uma guerra sanguinária como essa que acontece lá fora quando sabemos que sempre iremos ganhar de vocês. Mas a pergunta é... Se teme pela vida daqueles que ama, então porque não os tira do guerra? Porque não os protege? Porque os deixa morrer em vão? Apenas o rei fundador da Inglaterra seria capaz de fazer este caos acabar. Seu filho está na batalha, suas filhas estão longe daqui, e sua esposa, onde está?

           O sorriso ao ver todo o sangue do rei se esvair de seu rosto era adorável e mais uma vez o irmão mais velho impressionou-se com as habilidades que Hvitserk tinha em manipular as pessoas. - Agora, está em suas mãos. Ou me diz onde está o ouro do castelo, ou iremos achar sua esposa e matá-la na sua frente, logo em seguida iremos esquartejar seu corpo e fazê-lo comê-la.. literalmente.

          Era possível saber que nem um milhão de guerras travadas entre os ingleses e os escandinavos seria capaz de fazer com que um rei abrisse mão de praticante tudo o que tem por sua esposa. Ela não valia tanto assim, mesmo sendo rainha da Inglaterra. O rei Alfredo não desistiu de lutar por causa de seu amor. Ele não só temia aos Vikings como também tinha medo de alguém em especial.



(Qualquer erro ortográfico será reparado.)

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