12 - Rubens Almeida, o nosso novo treinador

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- Hoje eu vou ao parque - falei a mim mesmo, assim que acordei, sentindo uma saudade imensa da Zoe. Havia quase uma semana que eu não a via, e até tinha sonhado com ela. Mesmo no sonho, a Zoe era encantadora.

Levantei e fiz a minha rotina. Já na mesa:

- Mãe, hoje vou chegar um pouco mais tarde da escola.

- Por quê?

- Estou no time de futebol da minha sala, e hoje nós vamos treinar para o campeonato.

- Hum, entendi. – Ela me serviu e se sentou. - E a Zoe, Dio?

Fiquei completamente vermelho.

- É... hã, a Zoe? O q-quê que tem a Zoe? – Afinal, como ela sabia sobre a Zoe?

- Você dorme falando o nome dessa menina. Por acaso, é aquela garota que estava conversando com você no outro dia, no parque? – Minha mãe olhava para mim com sarcasmo, o que me deixava constrangido e irritado.

- É ela mesmo – eu respondi. - Mas se você está pensando alguma coisa a mais, eu logo aviso: nós somos apenas amigos.

- Não falei nada... - Ela sempre se fazia de inocente.

Comecei a tomar meu café.

- Seu pai e eu começamos sendo amigos – comentou.

- Mãe!

- Ah, desculpa, eu só estava avisando.

- Não precisa, eu já tenho quinze anos. – E já começava a ficar zangado.

- Diogo – disse Sara, agora com um tom mais sério –, eu encontrei essa Zoe e a mãe no outro dia, na padaria. Ela me pareceu uma ótima menina, então não tem problema vocês namorarem. Pelo contrário, acho que ela é ideal para você, pois ela é inteligente, tem juízo e... vamos combinar?... ela é muito bonita.

- É, muito bonita – tive que concordar, pensando no lindo sorriso que a garota abria toda vez que estávamos juntos. Então percebi que estava nas nuvens e voltei à realidade, onde minha mãe me olhava com malícia.

- Eu sabia! - ela disse, sorrindo.

- Sabia o quê?

- Que vocês se gostam.

Eu arqueei uma sobrancelha. A Zoe era sim uma garota muito atraente, mas eu gostava mesmo da Sophia. Claro que eu não diria isso.

- Mãe, é bobagem sua. Ela é apenas uma grande amiga.

Com uma balançada de ombros, minha mãe apenas aceitou, o que significava que ela não tinha realmente aceitado. E o restante do café não dissemos mais nada.


Como já estava habituado, encontrei Natsuno, Jake e Joe no campus do colégio Martins. Juntos da multidão de alunos uniformizados, entramos na escola – e tive que ser empurrado pelo Natsuno para poder cumprimentar a Sophia, que estava sentada no lugar de sempre, perto da porta.

- Oi.

- Oi, Diogo.

Sophia era linda, mas ao mesmo tempo em que eu me sentia feliz perto dela, eu pensava na Zoe. Não sabia por qual motivo exatamente, talvez por ter sonhado com ela, ou por estar sentindo tanta saudade. Afinal, a Zoe era a única pessoa por quem eu havia pegado uma importante – apesar de pequena – intimidade. Ela havia entendido perfeitamente o que eu estava sentindo.

Caçador Herdeiro (1) - Vento Sufocante | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora