40 - As chamas da esperança de um coração motivador

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Eu acordei tão animado que nenhum dos meus despertadores tinham despertado ainda: nem o rádio, muito menos o Billy. O motivo de tanta alegria? Finalmente havíamos alcançado cem frascos cristalinos, o suficiente para deixarmos de ser Aprendizes de Caçador.

Na escola, Natsuno parecia tão feliz quanto a mim, ao contrário do Riku, que parecia nem se importar. Mas os rumores maiores eram referentes ao jogo, que aconteceria na sexta-feira, portanto mal falamos sobre o assunto.

Na quinta-feira, tivemos um treino pré-jogo. O time parecia disposto, mas o treinador continuava com a sua cara fechada, sempre me olhando de um jeito estranho por detrás de seus óculos. Treinamos exercícios físicos no campo, depois treinamos passes, lançamentos, chutes e corremos dando voltas no campo. Depois disso tudo, ainda tivemos um jogo coletivo, no qual Rubens Almeida misturou o time reserva com o time titular.

- Hoje eu cansei, de verdade – Natsuno comentou após o treino; estávamos sentados no gramado perto do banco de reservas, juntamente dos outros jogadores, todos exaustos. Só faltavam duas pessoas no time: Shin, que nunca aparecia nos treinos e Marcelo, que estava machucado.

O treinador tinha ido buscar algo no vestiário. Quando chegou, falou:

- Amanhã será um jogo decisivo.

- Todo jogo é decisivo - ironizou alguém no meio do grupo, provavelmente sem a intenção de Rubens ouvir, o que não funcionou.

- Mas se perdermos esse, nós estaremos fora! - O Almeida estava mais sério que o normal. Ele nos mostrou um quadro branco com a tabela do nosso grupo:

 Ele nos mostrou um quadro branco com a tabela do nosso grupo:

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Todos mostraram-se surpresos, principalmente com o saldo de gols do 2°H, nosso próximo adversário.

- O 3°A perdeu para o 2°H? - estranhou Samuel.

- Sim - respondeu o treinador. - De três a zero. – Olhares absolutamente perplexos foram trocados entre todo o time. O 3°A havia sido o nosso primeiro adversário, e havíamos empatado o jogo graças a muito esforço. No final das contas, contudo, esse mesmo time havia sofrido uma goleada para um 2° ano.

- Como todos sabem - começou o treinador - o 1°G é um alvo indiscutivelmente fácil. Provavelmente, perderá de goleada para o 3°A no próximo jogo. Se o 3°A ganhar, chegará a 4 pontos. Se perdermos, continuaremos com 4 pontos. Então ficaremos empatados, e o desempate será pelo maior número de vitórias. Se o número de vitórias for igual, o desempate será pelo maior número de gols pró.

Apesar de ser complicado, todos os jogadores entenderam o recado. Tínhamos que ganhar, ou pelo menos empatar. Aquilo deixou meu time inseguro. Era lícito em cada rosto ali. Aliás, nosso próximo adversário seria um time que vencera o 3°A facilmente, e jogaríamos sem o Marcelo, o camisa 10 da equipe.

Caçador Herdeiro (1) - Vento Sufocante | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora