37 - A grande aventura do metrô!

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- Giratória de vento!

Riku pulou girando e derrubando três vampiros que estavam ao seu redor, utilizando pernas que pareciam puxar o vento enquanto eram movidas, em um movimento até que bonito de se ver.

Os sujeitos caíram no chão como se tivessem sido acabados de serem atingidos por um tornado, portanto caíram de lado. E quando se levantaram, foram atingidos por mais golpes do Medeiros.

A plataforma onde estávamos era a inferior de toda a estação, cheia de vampiros tão corpulentos quanto enfurecidos, que ignoravam todas as pessoas que estavam encolhidas pelos cantos. Queriam a bomba.

Natsuno e eu nos olhamos.

- Não temos outra saída - disse ele, com um leve sorriso de ansiedade.

- É, não temos mesmo.

Por um lado eu estava feliz. Havia dias que não caçava, uma vez que fomos proibidos de ir à cidade. Confesso que eu não imaginava uma encrenca como essa, uma batalha em pleno domingo em uma estação subterrânea de metrô, mas já que não tínhamos outra escolha, o jeito era lutar.

Os vampiros vieram.

Começamos a lutar em uma bagunça imensa. Todos os vampiros nos atacavam de uma só vez, mas conseguíamos desviar dos golpes e contra-atacar com extrema eficiência. Como mencionei antes, era incrível lutar ao lado do Natsuno. Parecia que tínhamos um entrosamento natural, já que um complementava o golpe do outro ou simplesmente desviava. E foi assim que lidamos com aquelas criaturas.

- Há! – atingi o primeiro na cara, depois desviei de garras afiadas. Agarrei esse segundo pelo braço e o empurrei contra os dois vampiros que o Natsuno enfrentava. Natsuno aproveitou e socou no estômago o primeiro vampiro que eu atacara, me livrando de unhas mortais. Agradeci chutando um quinto vampiro que estava prestes a atacá-lo.

Ao nosso lado, Riku lidava muito bem com quatro vampiros de uma só vez. O Medeiros era leve e veloz, deslizando no chão como se estivesse patinando no gelo, utilizando suas pernas como arma mortal. Seu estilo de luta lembrava muito o Taekwondo; mas um Taekwondo incrementado de um vento obediente. Era isso mesmo, Riku usava o vento a seu favor, o manipulando de forma eficiente, dando mais poder aos seus ataques. Tanto poder que chegava a exagerar, golpeando seus inimigos com extrema fúria, mostrando que não fazia aquilo para se defender, e sim para se divertir - o que era assustador. Riku sorria sombriamente enquanto lutava.

Decidi me concentrar na minha luta, que não estava sendo muito fácil. Parecia que cada vez mais inimigos aumentavam, e eu só não sabia de onde. Ainda assim era impossível não reparar em Natsuno ao meu lado. O Kogori era ágil e habilidoso, parecendo até um jogador de futebol driblando vários adversários de uma só vez. Ele realmente era surpreendente, e parecia brincar ao invés de lutar, em um estilo de luta que reconheci ser o Kung Fu. Seria só eu que lutava em uma mescla maluca? Parecia aceitável, considerando que meu tio Michael me ensinara um pouco de tudo.

Continuei lutando, com aquilo na cabeça. Precisava demonstrar minhas habilidades, mostrar meu golpe novo – na verdade, um golpe aperfeiçoado, utilizando meu Punho de fogo e os Socos relâmpagos do Natsuno como inspiração. Mas como o faria, sendo que precisava proteger aquela bomba, eu não fazia ideia.

A bagunça aumentava cada vez mais, e seria difícil exterminar aqueles vampiros sem as nossas Takohyuseis. Então a nossa prioridade, eu imaginei, era deixá-los inconscientes, assim ganharíamos tempo. Tempo até o trem chegar.

Do outro lado da plataforma do meio, surgiu o trem que continuava adentrando a cidade, pertencente à outra linha, que cortava Honorário de leste a oeste. As pessoas que estavam nas outras duas plataformas se apressaram para entrar nos vagões, o que me aliviou um pouco. As que desceriam, foram avisadas a não descer, portanto as portas foram fechadas e o veículo continuou seu trajeto.

Caçador Herdeiro (1) - Vento Sufocante | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora