Capitulo 18

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Segunda-Feira 22 de maio.

O Jeff me deixou em Casa, eram quase 2:00 da manhã, o tempo passou tão depressa perto dele que nem vi a hora passar.

Após aquele telefonema o clima ficou um pouco estranho, ele notou que eu fiquei preocupada e acho que prefiriu respeitar o meu espaço, pois não me beijou mais.

Ficamos apenas conversando sobre nossas vidas, eu disse a ele que era aniversário da minha irmã, ele disse que sentia muito ela ter morrido logo um pouco antes de completar mais um ano de vida, pude sentir que ele ficou realmente triste.

E depois de algumas horas ele me deixou aqui, perguntou se eu ainda queria que ele me pegasse hoje e eu concordei, a presença dele me faz tão bem;
Nos despedimos com um beijo no rosto e então ele se foi..

Agora são 9:30 da manhã, já tomei café, tomei banho, me troquei e estou pronta esperando as 11:00, horário que nós marcamos.

**************

Olho pro relógio e vejo que são 10:45 da manhã, estava anciosa tanto para ve-lo, quanto para ir logo a Delegacia.

Escutei o toque do meu celular e corri para atender, atendi ao segundo toque, nem olhei o numero na tela, de tanta pressa.

Bom dia Jessy. — Eu pensei que fosse o Jeff, mas não era.

— Ah.. Oi Robson. — Respondi, tentando não demonstrar desapontamento.

— Me desculpa por ontem, eu só fiquei preocupado, depois de tudo que aconteceu, me sinto um pouco responsável por você, já que sou tudo que você tem agora. — Ele se desculpou, notei em seu tom de voz que ele não estava sendo sincero.

— Não se preocupa, não foi nada. — Respondi.

— Aquele tal de Jeff é seu namorado mesmo ? Onde o conheceu ? Quando ? — Ele me perguntou.

Eu não queria responder a essas perguntas, mas eu sabia que uma hora elas viriam.

— Calma ! Ele não é meu namorado, estamos nos conhecendo. Eu não pude te falar sobre ele porque você nunca atendia as minhas ligacões, inclusive quando sai com ele, antes eu tentei te ligar, ia chamar você, eu só não queria ficar sozinha. — Expliquei.

— Eu não sabia, não esperava que você fosse querer sair tão rapido, a Dayane acabou de morrer. — Seu tom era acusador e ríspido.

— Eu sei, — Comecei  — mas como você mesmo disse não tenho mais ninguém, e tudo o que eu não preciso, é ficar aqui em casa olhando pras nossas coisas e lembrando que um dia eu tive uma irmã, um dia eu tive meus pais, e hoje eu estou aqui, sozinha nessa casa onde eu já morei com a minha familia. Você nunca vai me entender Robson. — Desabafei.

— Pera, desculpa se eu fui um pouco indelicado. Posso ir ai ? Vamos conversar. — Ele me pediu, mudando logo o seu tom de voz, parecia surpreso com a minha resposta.

— Hoje não Robson, amanhã, hoje vou a Delegacia, daqui a pouco o Jeff vem me pegar. 

Graças a Deus eu iria sair, não queria ver o Robson agora.

— De novo esse cara ? Porque não me falou ? Eu mesmo iria lá com você, mas prefiriu ir com ele. — Mais uma vez ele mudou seu tom de voz, o mesmo da noite passada, ciúmes.

Eu sabia que eu não deveria estar explicando nada, eu não era obrigada, pois somos apenas amigos, mas por consideração, eu não dei um chega pra lá nele e continuei com esse assunto, que na verdade só desrespeitava a mim mesma e a mais ninguem, então respondi :

Não fui eu quem chamei, estávamos conversando e ele se ofereceu. — Eu acabei não aguentando e completei — Afinal, o que é que deu em você em ? Anda tão estranho, você nunca agiu assim. Já estava cansada disso, ele tinha que parar.

— Não, eu não tenho nada, só estou um pouco abalado, assim como você. Sei que sempre fui mais próximo de você do que dela, mas eu gostava dela. — Novamente seu tom mudou, agora estava mais doce. Eu não conseguia ver sinceridade em sua voz.

— Tudo bem, eu entendo. Amanhã passo o dia com você tudo bem ? Hoje vou com ele, já combinei.

Pelo menos hoje eu não precisaria ve-lo. Amanhã era outro dia, e afinal de contas ele não havia me feito nada demais, nem sei bem porque estou tentando evita-lo.

— Se não tem outro jeito, ta bom. Amanhã passo ai depois das 10:00. — Ele concordou, contrariado.

— Tabom, Beijão. — Me despedi.

Esperei que ele respondesse antes de desligar, mas ele não se despediu, apenas desligou sem dar nem tchau.

Eu não conseguia entender, o que estava acontecendo com o Robson, desde que a Dayane havia desaparecido ele estava estranho, mudou repentinamente, esse não era mais o meu Melhor Amigo, parecia outra pessoa. Bom.. depois eu vejo isso, primeiro vou me dedicar ao caso da minha irmã, a morte dela não pode ficar impune.

Se na Justiça não resolverem logo o assassinato dela, eu mesma irei investigar por conta própria, a pessoa que tirou a vida da Dayane e destruiu a minha vida, vai ter que pagar.

O Amor Em Meio a DorOnde histórias criam vida. Descubra agora