Capitulo 10 : Pesadelo Outra Vez

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Ao chegar em casa após voltar da delegacia, subi para o meu quarto coloquei uma camisa masculina - meu pijama - uma calça leve e desci pra comer algo, estava morrendo de fome.

Voltei a pensar na minha irmã, estava começando a perder as esperanças de encontrá-la com vida, por um momento esqueci aquele homem que encontrei de manhã na Delegacia.. fiz um arroz, fritei um hamburguer e  comi.

- Alô ? - Meu telefone toca e eu atendo.

- Bom dia, senhorita.. aqui quem fala é o delegado Gilberto e tenho uma pista a seguir nas buscas pela sua irmã. - Aquela mesma voz formal e profissional da outra vez me informa.

- Sério?? Pode me dizer o que é ? - Eu pergunto afobada.

- No momento, não. Liguei apenas para tranquilizá-la, para que saiba que ja temos uma pista, mas segue em segredo de justiça até segunda ordem, no momento certo irei chamá-la. - Ele me responde.

- Tudo bem, obrigada de qualquer forma. - Eu estava desapontada, mas confiante.

- Tenha um bom dia, e uma bela tarde. - Ele respondeu já desligando.

Ele achava mesmo que eu poderia ter um bom dia e uma bela tarde? Ele Só podia estar brincando. A minha vida estava destruida.

- Muito Obrigada ! - Respondi pro telefone mudo.. revirando os olhos.

                   ******

Nesse dia eu não sai mais, só queria que ele acabasse, eu já estava exausta.. recebi o telefonema do Robson, e até daquela tal de Bia.. querendo saber por notícias, respondi aos dois apenas o que eu já sabia.. NADA, eu não sabia nada sobre o caso.

Assisti o noticiário das 21:00, de novo com aquela sensação de poder saber por noticias.. mas novamente não houve nenhuma.. apenas as desgraças de sempre, morte, roubo, politica, e toda aquela coisa que eu sempre tentei evitar...

Fui dormir eram 00:30, tomei o meu chá de hortelã quente, subi para escovar os dentes, e entrei pra debaixo das cobertas. Dessa vez não demorei pra dormir... e do sonho maravilhoso que eu estava tendo com aquele homem que conheci na delegacia, eu fui tragada novamente para mais um pesadelo :

  Jessy ? Jessy ? Me ajuda ! ele está vindo me matar, ele está cada vez mais perto. Socorroooo ! ! !

Eu ouvia aquela voz e tentava desvendar de onde ela estava vindo, dessa vez era a voz da minha mãe.. mas eu sabia que quem me chamava era a Dayane.

Eu corria desesperada, eu estava em uma estrada, a mesma onde meus pais morreram, eu via manchas de sangue no asfalto.

Jessy ? De pressa ! não vai dar tempo.. venha, venha,
VEEEENHAAA !!!

A estrada ficou escura de repente, como se tivessem apagado as luzes.. e eu ouvi passos, eram firmes e tinham som de sapato de couro..

Eu gritava desesperada ! Corria sem rumo e chamava pela minha mãe, pelo meu pai, pela minha irmã.. e tudo começou a rodar até que eu cai no asfalto..

Deu tempo apenas.. de ver a sombra preta daquele homem na escuridão.. eu tive a certeza de que ele estava me encarando bem acima de mim.. e então eu senti uma dor agúda quando ele agarrou os meus cabelos com uma de suas mãos, puxando minha cabeça para trás, e depois veio a agônia da lâmina afiada.. quando com a outra mão, ele posicionou o facão no meu pescoço e pressionou com toda força.


O Amor Em Meio a DorOnde histórias criam vida. Descubra agora