Terapia de Risco - CAMREN

Parque

Aqui ninguém sofre de abstinência de fic porque eu atualizo rápido quando vocês são legais hahaha

Gente como assim tô com mil visualizações? Vocês não sabem no quão feliz estou, sério... acho que nem durmo essa noite!

Sem mais delongas... aproveitem!!! <3

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Camila já está dirigindo mais ou menos por meia hora e agora os prédios altos e ruas parecem familiares. Esse é basicamente meu caminho pra o trabalho, e o trabalho de Camila.

- ''Você está me levando para o trabalho?'' pergunto rindo um pouco.

- ''Não boba, eu estou te levando para uma boa caminhada no parque'' ela suspira feliz.

Tusso e cruzo meus braços. ''Eu não quero caminhar no parque,'' murmuro.

- ''Vai fazer você se sentir melhor, confie em mim'' ela diz.

Estou chateada porque é claro que eu confio nela mas uma caminhada em uma porra de parque não vai mudar nada, não vai mudar minha situação, mas de fato eu não tenho nada de melhor pra fazer então eu mordo a língua.

Camila para o carro frente a algumas lojas e rapidamente retira o cinto.

- ''Isso não é o parque, aonde você vai?'' pergunto.

- ''Pegar uma coisa pra você, volto já'' ela diz piscando o olho e já fechando a porta do carro.

Murmuro irritada e ignoro as giradas que meu estômago dá quando ela pisca os olhos pra mim. Talvez eu possa chorar enquanto ela saiu mas fico com medo de que não consiga parar então eu só afundo as unhas na palma da minha mão e me forço a assistir as pessoas passando pela calçada.

Alguns minutos depois ela retorna com um saco de pão em uma mão e um sorvete na outra.

Pisco os olhos pra ela. – ''Aqui,'' ela sorri e me entrega o cone, ''é chocolate com menta, menta é bom pra acalmar o estômago.''

Seguro-o encarando entre o sorvete na minha mão e os chamativos olhos castanhos que estão me olhando como se eu estivesse prestes a explodir. Ela parece quase que com medo. Eu não quero que ela tenha medo de mim. Nunca.

- ''Obrigada'' murmuro e forço um sorriso.

- ''De nada,'' ela sorri me olhando um pouco aliviada e já começa a dirigir em direção ao parque.

Uma vez que chegamos ao parque ela estaciona ao lado da calçada e já sai correndo para o lado do passageiro para abrir a porta pra mim.

Rolo os olhos humorada para ela ''eu consigo abrir a porta sozinha'' digo dando mais algumas lambidas no sorvete.

Esse sorvete na verdade é bem gostoso.

Camila vem em minha direção, a sacola de pães em uma mão, e ela interliga seu outro braço no meu e caminha me levando ao parque.

Minhas pernas subitamente parecem gelatina porque eu não consigo parar de encarar seu perfil. Ela é tão linda. Ela acabou de ligar seu braço ao redor do meu e agora está andando ao meu lado como se fosse a coisa mais natural do mundo pra ela. Talvez seja?

Nós duas andamos pela trilha de britas por uns 5 minutos em silencio completo. Mais uma vez é um silencio confortável e eu começo a sentir um pouco de felicidade ou alivio crescendo em mim. O sol está forte, mas tem uma brisa fria passando que me acalma, Camila me acalma. Sinto uma chuva de alivio me fazer sentir melhor na medida em que o vento passa pelos meus cabelos e Camila aperta mais um pouco meu braço me fazendo sentir toda engraçada e orgulhosa por dentro. O alívio que estou sentindo é daqueles que sentimos depois de passarmos um bom tempo chorando, exceto que não chorei.