Odeio segunda-feira. Nenhuma quantidade de café ou pensamentos positivos poderia mudar como me sinto em relação a segundas. Odeio meu trabalho, só que o odeio muito mais na segunda-feira. Só metade do dia já se passou mas eu me sinto tão cansada como se já fosse seu fim. Quem me dera... Passei a manhã inteira sorrindo aleatoriamente para mim mesma pensando sobre o fina de semana. Foi divertido, foi difícil ficar perto de Camila porque, francamente, eu não sei como me sinto sobre ela, ou sei e simplesmente não quero vocalizar ou pensar sobre isso, tipo nunca. Estou no Starbucks com Ally para almoçar como sempre. Eu a encaro do outro lado da mesa e me pergunto porque estou constantemente comparando minha relação com Camila com o meu relacionamento com Brad. Porque não com Ally? Comparar Camila com Ally seria muito mais apropriado, desde que elas duas são minhas amigas.
Porém honestamente, Camila não parece como apenas uma amiga.
Tenho também muita certeza que eu nunca qui tocar Ally, ou falar com ela por horas sem fim sobre mim mesma e até talvez beijá-la.
Suspiro miseravelmente; eu nem mesmo vi Camila hoje para me animar. Bem, tecnicamente ela provavelmente só iria me assustar, me fazer rir, me fazer chorar e então depois disso tudo, eu iria me sentir um pouquinho feliz. Tanto faz.
- ''O que tem de errado com você? Você tá bem rabugenta... quero dizer... mais do que normal,'' Ally fala para mim enquanto dobra seu jornal.
- ''Posso te perguntar uma coisa?''
- ''Você não tá grávida, está?'' Ally pergunta seriamente.
- ''Não'' bufo.
- ''Oh é verdade, você e Brad não andam transando muito afinal de contas né?'' Ally fala me provocando e toma seu chá como um ar superior.
- ''Mas que porra Brooke'' me irrito com ela ''isso não é da sua conta, eu só estou cansando e me sentindo deprimida ultimamente, lembra?''
- ''Ata,'' Ally fala debochando, ''Então, o que é?''
Essa é a questão com Ally, ou sinto vontade de mostrar minha alma a ela ou morro de vontade de dar uma tapa nela. Às vezes tenho vontade de fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
- ''Camila já foi,'' pauso e pondero sobre como falar isso, ''inapropriada com você?''
Ally ri suavemente. ''Depende do que você quer dizer'' ela fala e se inclina para a frente, juntando as duas mãos a sua frente sobre a mesa. ''Seus métodos pata me fazer superar a morte de Troy foram... estranhos... mas eles funcionaram então eu sou grata.''
- ''O que ela fez?'' pergunto rapidamente. Não consigo imaginar Camila sendo da forma que ela é comigo, com Ally também. Odeio admitir mas eu quero ser a única pessoa para quem Camila olha daquela forma, ser a única que ela toca, me faz sentir especial. Como se eu fosse especial para merecer receber esse tanto de atenção.
- ''Posso te contar só isso mesmo,'' Ally fala baixando sua voz. ''Além do mais, se eu te dissesse você só iria rir, então...'' ela fala e desvia o olhar.
- ''Ahh, qué isso, me conta'' sorrio e imploro para ela. ''Eu prometo que não vou rir, bem, na verdade eu não posso prometer isso mas vamos lá Ally, por favor?''
Tento influencia-la.
Ela rola seus olhos para meu esforço mas limpa sua garganta.
- ''Um vez ela me pediu para levar algumas roupas antigas do Troy, tipo, um conjunto inteiro sabe?''
Aceno escutando atenciosamente.
- ''Bem,'' Ally continua e ri um pouco, ''Eu nem desconfiava que ela as queria porque iria se vestir de Troy, até uma peruca loira usou e tudo.''
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Terapia de Risco - CAMREN
Roman d'amourLauren Jauregui está noiva de Brad Campbell, seu grande amor e namorado dos tempo de escola. Faltando apenas 3 meses para seu casamento (e adicionando ao fato de estar presa em um trabalho que odeia), Lauren começa a apresentar altos níveis de estre...