Capítulo 12- Um mês depois.

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  Eu e Kennedy não estamos se falando, mas ele voltou a estudar na quarta-feira, cujo o dia em que eu e o Henry começamos a namorar, terça a noite não conta pois ninguém sabia.

  Eu e Henry estávamos bem, o problema é que eu sinto que ele está me escondendo algo e não  quer me contar.

    Beatriz  ficou empolgada quando contei que aceitei e adorei a surpresa, é claro que ela adorou a caixa de trufas. Ela sempre tenta me fazer falar com o Ken, mas na verdade ele sempre sai antes que eu possa falar com ele. Eu saio com Beatriz e Bruno sem ter a companhia de Ken.

   Bruno não fala mais tanto comigo, deve ser porque ele é o melhor amigo de Ken. Mas eu não tenho culpa, ele que parou de falar comigo.

   Eu vou sair com o Henry,  vamos ir na praia e fazer um piquenique, ele alugou uma cabana para nós dormimos lá. Estou insegura, acho que ele quer algo à  mais. Já conversei com minha mãe e ela tirou todas minhas dúvidas.

   Ele vem me buscar as quinze horas, faltam uma hora. Começo a me arrumar, minha mochila está pronta. Então alguém bate a porta:
    - Pode entrar.
    - Coliçensa. Você está linda.
    - Henry? ? Achei que fosse esperar na sala. Bem estou pronta vamos?- ele abre a porta para mim e vem logo de atrás.

                    ~*~

   Chegamos a praia. Eu estava com bequini em baixo da saída de banho. Nós nos sentamos em cima de uma toalha:
   - O que você estava fazendo antes de se arrumar? - ele pergunta.
   - O mesmo de sempre me preparando para os vestibulares.
   - Você ainda tem o ano que vem.
   - É pouco tempo para estudar.
    - Vamos nadar?-ele convida com malícia no sorriso.
   - Vamos.- eu tiro o vestido deixando meu corpo sendo tapado por um bequini vermelho, ele tirou a camisa e o calção. Seu corpo era lindo, esculpido. Ele era um deus grego. O Ken era muito mais bonito, porque eu estou pensando nele.
   - Eu vou chegar primeiro. - ele diz correndo, eu sou competitiva e chego primeiro mas caio ao chegar lá.
   - Rebeca!! Você tá bem?- ele diz me erguendo.
   - Sim, eu sou um pouco competitiva.
   - Eu notei.- ele diz rindo, então me pega no colo e leva-me mais para dentro do mar.
  
   Nos se beijamos, ficamos brincando e se acariciando. Começamos a ficar com fome, deveria ser dezoito horas. Saímos e fomos comer:
   - Humm,  que delícia. Foi você que fez?- eu pergunto comendo a torrada.
   - Não eu comprei tudo, tem frutas também sei que gosta.
   - Tá explicado, por estar tão bom.- dou risada.
   - Valeu, fala que não presto para nada!!
    - Ah você presta sim, quer dizer seus beijos e suas carícias prestam.
   - Então eu sou só isso para você? ?-ele diz rindo, vindo para sima de mim  e me beijando.

  Terminamos de comer e começamos jogar vôlei e com a mesma bola nós começamos a diblar um ao outro e é claro que eu estava perdendo.

   Já estava escuro, nós  estávamos indo para a cabana. Eu comecei a correr, ele começou a correr atrás de mim. Então ele me alcançou e puxou meu braço derrubando-me na areia e me beijando:
   - Vamos,  vai começar  a ficar frio.- eu falo me levantando. Ele pega na minha mão e me leva até a cabana. 

    Eu vou tomar banho tiro o sal do corpo, Henry esperou no único quarto da cabana. Eu vou me banhando e percebo que sai algo estranho dentro de mim. Parece pus, é um líquido amarelo. Ele desse entre minhas pernas.

   Eu saio do chuveiro e fico pensando, como eu vou poder ter a minha primeira vez com isso acontecendo. O que será?  Será que é uma infecção por causa da água? Não eu já vim algumas vezes no mar e não me ocorreu isso. Me visto e saio do banheiro.

  Henry me olha com um rosto de desconfiado:
   - Já estava ficando preocupado.
   - Eu não sei se tem motivos para isso.
    - Tudo bem, então eu vou tomar banho.- ele diz me beijando, e indo para o banheiro.
  

  Quando vejo ele entrar no banheiro percebo que aquela coisa continua a escorrer. Me deito na cama com um pouco de dor. Henry sai do banheiro em menos de dez minutos:
   - Você está bem?- ele perguntou se juntando a mim na cama.
   - Não , estou com dor.- eu digo me contorcendo.
   - O que você sente?- ele diz me abraçando.
   - Isso é pergunta que se faça!! Tô com dor!!!
   - Calma, consegue levantar-se?-eu olho para ele com cara de é sério, ele não fez isso.
   - Não!!!- ele me olha com carinho e com medo.
    - Vem, eu vou te levar no colo.- ele me pega e eu gemo de dor.
 
   Ele tenta correr mas percebe que isso só piorava, então ele ia conversando comigo e andando o mais rápido que podia:
   - Tá doendo muito?
   - O que você acha?
   - Desculpa, olha as estrelas como elas estão bonitas.
    - Eu sei que você quer ajudar, mas não tá ajudando.- me da dó dele, mas eu estava com  muita dor.
   - Me diz o que poço fazer para lhe ajudar!!!
    - Nada, só me leva até o hospital...- a dor era tanta que vi estrelinhas, isso era porque eu desmaie.

  Eu escutava os seus gritos abafados me chamando. Eu tentei responde-lo, mas não consegui. Só ouvia sua voz dizendo: volta para mim, eu não posso falhar novamente. O que ele quis dizer falar novamente? Era isso que ele me escondia do seu passado?

   Ainda estou desmaiada, mas agora eu estou na sala de espera e Henry grita por ajuda. As enfermeiras me levam até uma sala, eu não faço idéia como ela é. Mas deve ser se graça como todas.

   Henry segura minha mão enquanto liga para meus pais. Os médicos pedem o para ele o que houve, ele conta tudo direitinho. Sem falar da parte que algo está escorrendo para fora de mim, não culpo ele. Essa parte eu não contei, e os médicos logo descobriram.

   Sinto os olhos de Henry fixo em mim. Então escuto sua voz cochichar em meu ouvido:

    " Por favor meu amor volta para mim, eu errei muito. Mas não vou fazer isso de novo. Prometi para mim mesmo que lhe protegeria, e fracassei mais uma vez. Por favor volta para mim!!"

Um Ano.(Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora