Capítulo 13- Fim do ano letivo.

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   Estamos no último mês do ano letivo. Eu passei dois dias em observação,  o pus era uma infecção no útero,  ele estava podre. Eles o tiraram de dentro de mim, e me disseram que ia ficar bem. Por um tempo.

    Eu e Henry terminamos, ele ficou mal. Muito mal em saber que ele fracassou, foi o que ele disse. Mas eu não entendi nada. E nem pedi para explicar. Eu e ele sabemos que eu terei que fazer vários exames. E para falar a verdade, eu não poço prende-lo a mim. Eu tenho que ficar sobre cuidado 24horas.  É da escola para casa. Eu não vou me sentir mal, até porque essa era minha rotina. O que é  estranho é ter uma enfermeira me vigiando na escola.

   Eu não sei o que tenho, ainda não.  E tenho um péssimo pressentimento, e por esse motivo não poderia deixar Henry ficar comigo. Sei que deveria andar um passo de cada vez, mas não é justo com ele.

   Kennedy voltou a falar comigo logo depois de eu sair do hospital. Mas aí você decide, ele voltou a falar comigo por causa que eu e Henry terminamos, ou por causa que ele ficou sabendo que  estou mal. Quer dizer os doutores disseram que por enquanto, estou bem. Sério? Por que eles não dizem logo o que tenho? Quem sabe eles não tem certeza do que tenho, ou não tenho nada.

    O ano letivo já acabou, amanhã será a formatura dos formandos. Kennedy me convidou para a formatura e a festa. Ele não me disse o porque que ele estava bravo, e eu não toquei no assunto. Eu e eles se damos bem.

   O Henry foi embora, ele voltou para sua cidade e levou seu passado misterioso junto com ele. Não mantivemos contato, eu sinto falta da companhia dele e me preocupo com seu bem estar. O mais engraçado que o único que tem o contato com ele é o Kennedy. Como eles podem ser tão amigos se não podiam se ver na frente? Eles devem ter algo em comum, mas o que é?

                      ~*~

  O pessoal foi as compras, eu não estava disposta para isso. Sei que Henry está bem, mas se ele veio embora por que voltar? 

  Kennedy me disse que ele está bem, por enquanto terei que me conformar. Eu estou estudando, a professora Geovana Pozzer me deu alguns conteúdo para eu compreender o que terei na faculdade.   Eu sei já estamos de férias, mas não posso fazer nada mesmo.

   A enfermeira veio me fazer companhia, quer dizer ele saiu para o banheiro e em menos de segundos ela voltou:
    - Demorei?-ela pergunta se sentando a cama.
   - Não, nem deu tempo de ver um vídeo indessente!- falo sendo irônica.
   - Ahhh,  eu não sabia que você era o tipo de garota que gostava dessas coisas.- ela diz rindo de mim.
   - Que tipo de garota eu sou?- pergunto curiosa, não tinha nada a fazer se não conversarmos.
   - Além de ser CDF??? Você tá aí estudando a duas horas.
   - Mas o que devo fazer? Você fica aí me vigiando.
   - É meu trabalho. Você está em observação.
    - Eu já sei, não precisa me lembrar.
    - Desculpa. Por que você não foi com sua amiga para comprar roupas?
   - Por que você iria  junto. E você estragaria minha reputação. Eu posso ser uma CDF, mas sou popular. E todos ficariam pedindo:
" você tá bem?" ; " o que houve? "; " por que você tem uma infermeira? " etc,etc,etc.
   - Eu em?? Mas eles não sabem?
   - Todos não,  só os mais próximos.
    - Bom então vamos?
    - Vamos aonde?- pergunta sem intender.
    - Um comprar um vestido para você ir à festa.
    - Eu já disse...- ela me interrompe.
    - Eu não vou vestida assim!! Eu só a girei se você precisar.
    - Me convenceu. Vou tomar banho e por favor não vá no banheiro, se arrume aí.- eu falo pegando minhas roupas e indo para o banheiro. Ela só responde com um sorriso.

 
                       ~*~

    Eu estava pronta era dezessete horas às lojas fecham as dezoito.  Olho para ela com uma cara de surpresa, nem parecia a mesma pessoa:
   - Esta tão ruim assim?
   - Não pelo contrário você parece ter minha idade.
    - Agora você pegou pesado!!! Eu sou só dois anos mais velha que você.  Eu não devo ficar tão feia de enfermeira.
   - Não fica feia, fica com cara de velha.- dou risada,  parece que nos já éramos amigas.
   - Vamos porque se não você não vai achar nada.
    - Eu não irei achar igual. Os mais bonitos já devem ter sido comprados.- eu falo já dessendo as escadas.

    Só tinham duas lojas e o shopping,  como todos devem ter comprado no shopping eu fui olhar as duas lojas primeiros, já que nas férias o shopping ficava aberto até as vinte horas.

  A primeira loja era de uma família de colombianos. Entramos e fomos bem recebidas. Tinha várias roupas, não de marca e talvez nem de boa qualidade mais eram lindas. Mas nada de vestidos, ela esqueceu de reabastecer seu estoque. Agradecemos e fomos a caminho do outro vestido.

  Na segunda loja nos fomos recebidos  por suecos. A loja era bem grande e eu avistei alguns vestidos:
   - Olha!!- aponto o dedo para a pilha de vestidos.
    - Vamos até lá. - fomos lá,  eu olhei e olhei. Na verdade não sei porque olhava tanto, sempre pegava o primeiro que vinha, e nunca tive problemas.  Mas amanhã a comemoração será diferente, é a formatura de meu melhor amigo e preciso estar linda.
   - Olha esse!! Parece bom?- eu pergunto. Ele era um rosa desbotado, cheio de rendas, bem acinturado e longo.
   - É bonito, mas deve ter melhores. Procure algo diferente.
   - Ah olha esse. Ele é diferente.- era verde e azul parecia a cor de um pavão, e para ajudar vinha com asas de pavão e uma máscara,  tipo o vestido da barbe da ilha, só que muito melhor.
   -  Diferente até demais!! Parece que você vai para um carnaval.
   - Um o que? - eu pergunto com cara de espanto. Ela me explica dando risada.
   - Olha e esse!!!
   - Esse é divino.- ela fala, ele era um beje puxado por um salmão, ele era  até os joelhos um tecido como se fosse seda, logo por cima vinha uma outra peça de roupa apenas de renda que vinha até o chão. Vinha com um cinto fino de cintura combinando com a máscara. Os dois eram pretos com detalhes de salmão puxado por dourado.
   - Vai espremer! !- eu vou e em menos de três minutos estou de volta.- É esse, ele é incrível. - ela diz admirada.
   - Será que eu tenho que usar essa renda, será que não dá para tirar?
   - Assim fica mais bonito, mas da sim e só não colocar essa parte, daí bota só o vestido.
   - E se eu usasse ele assim na formatura, e na festa eu tiro a renda?
   - Boa idéia,  mas eu gostei mesmo foi da renda.- nós demos risadas. Eu pago e vestido e nós voltamos para casa.

   Já era dezoito horas e trinta minutos quanto chegamos em casa:
   - Por que você  comprou  a máscara?
    - Eu não disse?- ela mexe a cabeça fazendo que não. - Ah a festa é a máscaras.
   - Haí  que legal. - ela me olha no mesmo momento que olho para a janela.- Você tá bem?
   - Sim, sabe o Henry? Ele morava ali, eu sempre vou lembrar dele.
    - Por que terminou com ele então? - ela fala indignada.
   - Por que não queria deixa-lo preso a mim. Bem eu vou dormir.

  Eu me deito, e olho para ver se realmente ela estava no sofá me olhando, e sim estava.Demorei para pegar no sono, mas peguei.

Um Ano.(Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora