Capitulo 29

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P.O.V - Julie Baker.

Eu tentei andar o mais rápido possivel e virei a esquina, e fui o mais longe possivel do caminho da casa daquele cretino, monstro, idiota, frio, e...INFELIZ!!!

Eu acho que nunca me senti mais triste em toda a minha vida. Meu coração não existia mais, só os cacos. As lágrimas não paravam de cair, e eu sentia um peso enorme em meu corpo, como se a qualquer hora eu não iria aguentar mais e iria cair.

A vontade de chorar era imensa. A pessoa que eu me apaixonei era simplismente a pior pessoa que poderia existir.

Olhar em meus olhos e me mandar abortar um filho que também é dele! Por quê tinha que ser assim?!

Parei na calçada, vendo um táxi vindo. Dei a mão para ele parar, mas a vontade que eu tinha era de me jogar na frente dele e morrer. Assim minha dor acabaria de vez.

Entrei, falando o endereço de minha casa. Vai ser uma porra chegar na frente dos meus pais na maior cara limpa depois de tudo. Mas era minha única escolha.

Paramos em frente a casa. Respirei bem fundo umas 10 vezes. Bati na porta umas vezes, vendo minha mãe a abrir. Pensei que não teria ninguém em casa.

Os olhos dela estavam fundos, e ela tinha olheiras. A aparencia cansada e triste.

Quando me viu, abriu um sorriso enorme e vi seus olhos encher de lágrimas. Ela me abraçou forte, e eu retribui.

-Julie! Minha filha, meu amor! Você voltou! Que saudade! Eu estava morrendo de preocupação! Não faz mais isso, filha! Eu estava morrendo a cada dia com sua falta! Ai meu Deus, obrigada por isso! - Ele disse passando a mão por meus cabelos, meu rosto, me abraçava, me olhava, me abraçava denovo, realmente feliz.

-Desculpa mãe, eu...

-Eu ouvi Julie?! - Meu pai apareceu. - Filha! - Ele me abraçou. Mesmo com raiva, o abraçei.

-Oi pai.

-Vem, entra. - Minha mãe disse me puxando pra dentro.

-Finalmente quebrou a cara com o criminoso de merda e resolveu voltar com o rabo entre as pernas? - Meu pai cruzou os braços fazendo pose de durão. Minha raiva aumentou.

-Para com isso, homem! É nossa filha! Apenas agradeça a Deus que ela esta bem!

-Bem?! Com essa cara de choro? Com certeza levou um pé na bunda. Quis bancar a menina rebelde e se ferrou!

-Não escuta ele, Julie! - Minha mãe me abraçou novamente.

-Eu vim avisar uma coisa. Sei que vocês vão me julgar e você vai me odiar pra sempre, pai. Mas...eu tô grávida. Do Justin.

Vi os olhos deles se arregalarem. Eles se olharam, e vi a furia se formar no rosto do meu pai.

-Você O QUE?!

-TÔ GRÁVIDA PAI! - Falei, recendo um tapa na cara. Fiquei sem acreditar.

-Mas...minha filha! - Vi minha mãe ficar atordoada.

-VAGABUNDA, SÓ DÁ DESGOSTO! SOME DA MINHA CASA E NUNCA MAIS APAREÇA EM MINHA FRENTE!

-COM PRAZER! - Falei limpando as lágrimas e saindo dali.

Passei pelo portão, mas antes começar a andar, minha mãe chegou correndo e me gritando.

-Filha, não vai denovo, por favor - Ela se desabou em choro.

-Eu vou, mas prometo manter contato!

-Eu vou com você! Espera eu fazer minhas malas!

-Não precisa, mãe!

-Olha, eu não me importo se o pai é um criminoso, se você é feliz com ele, está ótimo pra mim, contanto que ele te ame também! Então, me deixa ir com você!

-Mãe - Peguei em seu rosto - Fica ai com o meu pai, esquece tudo isso. Vou manter contato e prometo te falar quando estiver perto de nascer, você vai poder passar os finais de semana com ele ou ela, vai ser a vó mais presente do mundo! Mas, fica ai. Eu...preciso ficar sozinha e pensar!

-Depois do que o seu pai falou e fez, eu não quero nem olhar na cara dele!

-Eu o entendo. Sou um desgosto - Começei a chorar denovo.

-Pra mim não! Pra mim você é a melhor filha que existe!

-Eu venho te ver sempre, ok?

-Mas...onde você vai ficar?

-Eu...não sei ainda!

-Olha, a casa que eu e seu pai colocamos pra alugar, está desalugada e não vamos lá mais desde que a ultima pessoa que morou, saiu. Pode ir ficar lá. Toma esse dinheiro - Ela tirou notas de cem da carteira e me deu.

Depois que anotei o endereço no celular, dei um beijo e um abraço muito forte nela. Eu realmente tenho a melhor mãe do mundo!

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