Loving Dangerously

Capitulo 35

P.O.V - Julie Baker

Abri meus olhos com dificuldade, pois eu sentia um peso dentro deles.

Olhei para o lado, vendo uma parede toda branca, e aquelas negócios de soro. Uma agulha enfiada em meu braço, e meu corpo estava dormente.

Olhei para o outro lado, vendo o resto do quarto todo branco. Execto uma poutrona de couro, onde o Justin estava sentado e parecia pensar longe.

-Justin? - Falei surpresa. Ele me olhou rápido e veio até mim com uma cara de aflição.

-Julie, puta que pariu! Nunca mais me assusta desse jeito, caralho! - Ele disse tirando o boné, passando a mão pelos cabelos e colocando o boné denovo.

-Então quer dizer que eu não morri? Droga! - Falei com a garganta seca.

-Claro que não! Sorte que parece que você não ficou muito tempo respirando embaixo d'água.

-Eu consegui prender bem a respiração. Mas...pelo o que eu passei seria bem menos doloroso se eu tivesse morrido - Falei olhando os curativos que tinha por todo meu corpo, onde Amber tinha cortado. - O Mattew, ele...

-Ei... - Ele colocou o dedo em minha boca em forma de silêncio. Deixei uma lágrima escorrer ao lembrar. - Não...não fala, tenta não lembrar disso nunca mais. Acredite, saber disso é doloroso pra mim igual é pra você! - Ele tinha serenidade no olhar. Nem parecia o mesmo Justin.

-Mas...e meu filho? O meu filho sobreviveu não é? - Um pequeno desespero me pecorreu.

-Sim. Nosso filho está bem. Por um milagre, o médico disse. - Ele deu um pequeno sorriso.

-V-você disse nosso? - Perguntei incrédula.

-Você fez ele sozinha? - Balançei a cabeça em negação - Então. - Ele deu de ombros.

-Hã...bom, vou deixar claro que não vou voltar pra sua casa. Eu nem queria olhar na sua cara denovo!

-Ah, mas vai voltar sim!

-Eu não vou! Eu...vou criar meu filho sozinha! Você é um completo monstro que quer que eu aborte!

-Eu não quero mais! - Ele falou por impulso, pude perceber, pois ele ficou sem graça depois.

-Não entendi...

-Me entende: isso tudo é novo demais pra mim, eu ainda não sei lidar, e acho que nunca vou saber. Mas tem alguma porra dentro de mim que não quer te deixar ir! E como a culpa dessa criança ta ai dentro de você, é minha também, a minima coisa que eu devo fazer é...cuidar - Droga, achei fofo. A missão de se fazer de dificil ia ficar complicada com ele falando desse jeito. Sinceramente, não parecia o mesmo Bieber frio de sempre.

-Você acha isso mesmo? - Perguntei desacreditada com o que acabei de ouvir.

-Depois do Nolan, Chaz e Ryan me obrigarem a enfiar isso em minha cabeça, sim.

-Então...seja mais direto. O que quer dizer com tudo isso? - Perguntei louca para ouvir um: "namora comigo" ou "casa comigo" ou "eu te amo".

-Hã...sei lá...eu não queria falar, mas sinto que o que eu sinto por você é diferente do que eu sinto por qualquer vadia na rua algo mais que desejo eu realemente nunca senti antes e estou muito confuso! - Ele disse tudo rápido, mas eu entendi muito bem. Meu coração estava a mil.

-Você...gosta de mim? - Falei com medo da resposta.

-Não! - Ele disse aflito. - Bom, eu acho que...eu...para de fazer perguntas idiotas! - O deixei completamente sem jeito.

-Se quer que eu volte, e quer que eu tenha o bebê, então quer que sejamos um casal?

-Podemos tentar. Topa?

Um arrepio percorreu todo meu corpo. Senti as famosas borboletas no estômago. Senti minhas mãos gelando, e eu estava realmente muito feliz. Lógico que não ia deixar ele saber disso.

-Hã...ta falando sério? - Perguntei incrédula.

-Bom, mas você vai ter que ser bem paciênte comigo. Eu nunca tentei isso de verdade. Espera, mas eu não vou deixar minha vida, minhas boates e nem meu jeito por você. E..droga! Não vou aguetar comer a mesma boceta por mais de uma semana! - Ele disse parecendo pensar bem no caso.

-Quer saber? Isso não vai dar certo, não tô afim de ser corna! Agora sai, preciso ficar sozinha - Falei me sentindo chateada.

-Espera! - Ele riu - Vamos tentar...

-Não! - Falei firme.

-Pelo bebê? - Ele estendeu a mão para que eu apertasse. Como se fosse um acordo - Vamos, Julie. Eu sei que é tudo que você mais quer!

-Eu já disse que... - Não terminei a frase. Eu queria, mas estava com medo.

-Somos um casal agora! - Ele pegou minha mão e apertou, logo a levando rápido e colocando por cima de seu membro. Tirei a mão, a limpando no lençol branco.

-Nojento! - Falei com a cara de nojo, mas por dentro eu estava vibrando. Com medo, mas vibrando. Não custa nada tentar, pelo bebê, claro.

Encarei aquele corpo por uns segundos. Que saudade eu estava daquele homem!

-Eu estou com uma saudade da porra de te tocar! - Ele susurou em meu ouvido.

-Mas você mata a saudade com outras todos os dias.

-Verdade - Ele deu de ombros e saiu.

Eu estava com uma leve impressão que aquilo seria dificil.