Capítulo 97

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-Alô? - Falei quando atenderam a ligação que eu retornei.

-Alô? Oi, Julie. É o Ryan!

-Ryan?! Aí meu Deus! Estou com saudades, cara. Como você está?

-Já deu tempo de sentir saudades? - Ele riu.

-Claro. Eu convivia com você. Como está o Chaz, o Nolan e o...Justin? - Não me controlei e acabei perguntando.

-Quem são esses?

-Hã?

-Chaz, Nolan e o outro. Quem são?

-Ué, mas...minha nossa! - Bati a mão na testa - Me desculpe Ryan Jones, te confundi com outro Ryan. Que vergonha!

-Sem problemas - Ele riu novamente - Só liguei para...perguntar se você quer vir aqui em casa hoje a noite. Um jantar legal. Traga sua filha, eu te busco e te levo de volta. Não aceito um "não" como resposta!

-Hã...eu...não sei.

-Por favor! Eu cozinho bem!

-Imagino - Sorri - Mas... - Suspirei.

-Não quer me ver mais? Julie, eu acho bom você mandar logo a real pra mim. Eu realmente gostei de você e não quero me iludir!

-Não é isso, Ryan! Lógico que eu quero te ver. Eu quero ir, mas não me sinto confortável em levar a Angie - Falei a primeira coisa que veio na mente.

-Não tem problema algum. Passo aí as 9:00 PM - Nisso ele desligou.

Por um momento eu fiquei feliz em pensar estar falando com o Ryan. Eu gostava tanto dos meninos, não queria sair assim. Mas foi o único jeito.

Ok, então eu iria jantar com ele, ao mesmo tempo tentando não dar esperanças. Não sei se quero entrar em um relacionamento novamente. Normalmente você acaba quebrando a cara no final.

Acho que não existe alguém pior para relacionamentos do que eu. Meu primeiro namorado foi no nono ano. Namoramos uns três meses e ele se mudou, me fazendo quase entrar em depressão até descobrir que ele tinha começado a namorar outra no dia seguinte que chegou na cidade nova. Meu segundo namorado foi o Mattew. Nem preciso falar, pois depois que pisei na bola ele quase me matou. E o terceiro foi o merdão do Bieber que me traiu.

Tomara que eu tenha pelo menos sorte no jogo, porque no amor eu tô fodida.

Resolvi procurar logo uma roupa no closet e pensar como eu iria a esse jantar. Pensando bem ia ser bom.

Esperei dar oito horas para eu começar a me arrumar. Tomei meu banho, vesti minha roupa, arrumei o cabelo, passei maquiagem, me perfumei e fiquei pronta até que rápido na minha opinião.

Eu estava totalmente simples e comportada. Resolvi optar por algo que não marcasse meu corpo, que não fosse curto, e que me deixasse bem séria e confortável.

 Resolvi optar por algo que não marcasse meu corpo, que não fosse curto, e que me deixasse bem séria e confortável

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Só dei uns retoques na Angie que estava parecendo uma princesinha.

Fui procurar mais alguns acessórios, e acabei achando o colar maravilhoso que o Bieber me deu. Me veio um aperto no coração e um nó na garganta. Suspirei fundo e guardei novamente.

Olhei no celular e já faltava pouco para as nove. Sai do quarto e fui para a sala com a minha filha nos braços. Minha mãe e a Sam estavam lá comendo, assistindo TV e conversando sobre algo.

-Julie Angel Baker. Que história é essa que você bebeu na festa? Esqueceu que você está amamentando?! Quer matar a Angie sua desnaturada?! - Minha mãe foi logo me atacando quando eu sentei do lado delas.

-Eu esqueci que não podia beber! Desculpa, não faço mais! - Rolei os olhos.

-Vai pra onde tão arrumada assim? De quando você entrou no quarto não saiu mais, já ia ver se você estava morta. - Sam perguntou.

-Sair com o Ryan Jones. Sem perguntas - Falei entediada.

-Socorro! - Ela gritou junto com minha mãe.

-Eu sabia sua mentirosa descarada! - Minha mãe deu um tapa nas minhas costas.

-O que isso tem demais?!

-Falou que não tinha nada com ele!

-Mas eu não tenho, Sam!

-Ah, não? - Minha mãe disse com cara de malicia - Foi exatamente o que eu disse pra minha mãe quando estava saindo com o meu primeiro namorado.

-Mas a diferença é que a Julie é uma vadia que já namorou vários.

-Namorou vários?! - Falei idginada.

-E também eu era de menor na época.

-E você já tá velha - Sam disse e as duas retardadas começaram a rir. Minha mãe e minha melhor amiga que pareciam mais as inimigas da escola.

-Quero rir também, onde está a graça? - Rolei os olhos. Meu celular vibrou e eu olhei. O Ryan avisando que já estava lá embaixo. - Eu já vou. Se eu ficar mais dois minutos aqui eu explodo porque vocês estão insuportáveis.

Desci rápido mas com cuidado por causa da Angie. Encontrei o Ryan lá embaixo encostado no carro. Sorrimos quando nos vimos.

Ele correu e abriu a porta do carro para eu entrar. Não falei nada e apenas fui.

-Você está completamente linda! - Ele disse assim que entrou no carro também - E sua filha é uma princesa. Quem é o pai?

-Um filho da puta - Sorri sem graça - Não quero falar nisso.

-Tudo bem - Ele pareceu confuso por alguns segundos - Acho que você vai gostar da comida.

-Espero que sim. Estou com fome e não quero me arrepender. - Começei a brincar com a Angie.

-E não vai, pode ter certeza - Ele riu.

Fomos conversando besteira o caminho todo. Conversar com um cara bom de papo era a melhor coisa.

Chegamos e ele fez questão de abrir a porta pra mim. Não via necessidade de tanto cuidado, mas resolvi ficar quieta. Talvez eu só não estava acostumada.

Entramos. Estava tudo arrumadinho e bonitinho. Ele fez suspense para entrar na cozinha, mas acabamos entrando. Estava bem agradável. A luz de velas e tudo.

-O que achou? - Ele disse puxando a cadeira pra mim.

-Ótimo - Me sentei - O cheiro ta bom.

-Espera para ver o gosto - Ele pegou a panela que estava encima do fogão e colocou na mesa, com um apoiador para não queimar.

Ryan abriu, e foi colocando no meu prato uma macarronada que parecia maravilhosa. Ia ser desconfortável comer com a Angie nos braços, mas pelo menos ela estava quietinha. Ela era quentinha para a minha felicidade.

Ele colocou vinhos nas taças e se sentou de frente pra mim depois que colocou a comida dele também.

Luzes apagadas, só duas velas que estavam encima da mesa aluminava ali. Estava ruim pra enxergar mas tudo bem.

Ele não parava de me olhar e sorrir. Já estava sem graça sem saber que assunto puxar.

Eu não iria deixar aquela noite ser ruim.

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