Capitulo 88

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  Eu não queria trata-la com ignorância. Mas meu dia foi corrido e a última coisa que eu quero é me estressar mais ainda. Depois eu me resolvo com ela. Já que ela sempre me perdoa mesmo.

Acordei no outro dia até com dor de cabeça. O desgraçado do telefone me fez se assustar quando tocou. O Khalil.

-Espero que o motivo de ter me acordado seja muito importante seu viado do caralho!

-Bom dia a você também, chefe - Ouvi seu riso cínico - Bom, as vadias chegaram, e o Finn veio junto. Ele quer falar com você.

-O que será que aquele imbecil quer?

-Não sei. Ele está aqui na boate.

-Mande ele vim aqui em casa - Desliguei.

Eu conhecia o Finn a tempos. Ele tem as melhores mulheres. Sim, ele vende elas. Eu sou praticamente um cliente. A gente quase nunca se vê pessoalmente. Por qual motivo ele iria sair da Flórida para falar pessoalmente, se poderia ligar?

Esperei uns vinte minutos até que ele chegou. Fomos para o meu escritório.

-A conversa vai ser mais rápida do que você trocando de humor - Ele disse se sentando no sofá.

-Que bom - Me sentei na minha cadeira de couro e coloquei os pés na mesa. Fiz fileirinhas de pó e fui cheirando.

-Não vai oferecer?

-Fala logo o que você veio falar. Tenho coisas importantes a fazer!

-Ok, ok! - Ele levantou os braços como se estivesse sendo rendido. - Vim pedir uma grana emprestada! - Não pude deixar de gargalhar.

-O que?! Você não era rico?!

-Não devo explicações... - Ele rolou os olhos.

-Ok. - Parei de rir - Quanto quer? Quando vai me pagar de volta? Deixando claro que se não cumprir com a data que falar é morte na certa!

-Dez mil. Não passa de um mês e eu sei muito bem disso. Conheço a história das pessoas que você matou por conta disso.

-Ótimo! - Destraquei a última gaveta e tirei dois bolos de cinco mil que estava lá. Tinha dinheiro por todo lugar em minha casa. O entreguei.

-Beleza. Valeu Drew!

-Agora vaza da minha casa! - Me levantei e fiz questão de abrir a porta.

Eu não via problema em emprestar dinheiro para qualquer um. Eu já sabia que os mataria caso não pagasse, e dinheiro pra mim não é problema.

Fui para o galpão e passei o dia repassando o plano do roubo junto com os garotos. Tinha que sair perfeito. Sempre saia perfeito.

No final do dia eu fiz ligações para saber do dinheiro das minhas boates, que o Ryan é "responsável" já que sou só um e não posso fazer mil coisas ao mesmo tempo. Aliás, ele é o mais nerd para lidar com dinheiro. Ele divide tudo para pagar os funcionários, e o resto é pra gente. A maior parte, lógico. Minhas boates davam um dinheiro do caralho. Eram as mais faladas de toda Atlanta.

Aproveitei para mandar uns caminhões de todo tipo de droga. Umas para minhas boates e umas para deixar aqui em casa.

Acabei o dia exausto. Preferia minha vida sem fazer nada lá em Seattle. Mas fazer o que, é minha vida e eu não vou abandona-la por nada e por ninguém.

Me joguei na cama e dormi em um segundo. Os garotos estavam dormindo aqui também. Aposto que já cairam no sono também.

Acordei em um pulo com um barulho forte no andar de baixo. Coçei os olhos e olhando pro escuro sem saber se foi um sonho. Mas o barulho voltou dessa vez mais forte. Olhei no relógio e eram 3:33 da manhã.

Peguei minha arma na gaveta e sai andando na posição de atirar. Eu estava só de bermuda.

Cheguei no corredor escuro e deu pra ver o vulto dos garotos. Cada um com uma arma.

-Que caralhos é esse?! - Nolan susurou.

-Só descendo pra saber - Chaz susurou devolta.

-Vou na frente - Ryan disse começando a andar.

-Deixa que eu vou - Passei na sua frente e desci as escadas devagar.

As luzes estavam apagadas, mas tinha uma lanterna acesa na sala. Deu pra ver que tinha um homem tentando encima do sofá tentando colocar alguma coisa na parede.

Mirei no seu pé e atirei, quebrando o silêncio com o grito agoniante dele. Acendi a luz e era um cara que nunca vi na vida. O pé dele sangrava e ele estava quase chorando. Tomei a arma da sua mão e apontei para sua própia cabeça.

-Quem é você?! O que ta fazendo aqui, desgraçado?!

Loving Dangerously Onde histórias criam vida. Descubra agora