Loving Dangerously

Capitulo 73

Não tinha ninguém em casa, quem ia parar aquele briga?

Tanto o Justin quanto o Chaz já estavam sangrando. Só vi um jeito de acabar com aquilo.

Peguei uma frigideira no armário e bati na cabeça do Justin com força. Ele estava por cima do Chaz e caiu pro lado, com a mão na cabeça e uma cara de dor terrivel.

Chaz se levantou e veio para o lado que eu estava. Justin também se levantou e me olhou com tanto ódio, que parecia que éramos inimigos de longa data.

-VOCÊ - Ele apontou pra mim - É UMA VAGABUNDA!!! MENTIU PRA MIM IGUAL A AMBER FEZ! FIZ MAIS QUE CERTO EM NÃO CONFIAR EM VOCÊ! EU NEM SEI PORQUE ESTOU NESSA CASA DE IDIOTAS CERCADO DE GENTE QUE NÃO CONHEÇO!

-EU NÃO MENTI EM NADA!

-Não? - Ele riu ironicamente - DISSE QUE A PORRA DESSE FILHO É MEU, SENDO QUE PODE MUITO BEM SER DESSE DESGRAÇADO DO CHAZ!

-Não viaja, Bieber. Eu sei que você está sobre efeito de drogas e tudo, mas vai entender muito bem o que eu vou falar: a Julie SEMPRE foi apaixonada por você. Não faço a minima ideia como, pois você sempre  foi um babaca que tratava tanto ela, como TODAS as mulheres e o resto do mundo feito lixo!

-Exatamente! - Falei super orgulhosa do Chaz - Você sempre se achou o fodão que é melhor do que todo mundo. Por isso faz questão de pisar em todos. Quem é o Polo Norte perto da sua frieza?! Mas mesmo assim, mesmo com todos os defeitos, que eu sei que você tem MILHÕES! Eu me apaixonei. Mas não me apaixonei pelo Bieber babaca, sem coração. Me apaixonei pelo Bieber fofo e normal que eu sei que existe lá no fundo. Você pode muito bem colocar ele pra fora, só não quer!

-Sabemos que você está sem memória, mas pode apostar, cara. Nós seriamos os últimos do mundo que te enganaria. Eu e os meninos somos seus melhores amigos desde que éramos uns moleques. E a Julie te ama mais do que tudo! Esse filho é seu. Acredita se quiser. Quando você recuperar toda a memória, vou fazer questão de esfregar na sua cara que você estava errado!

Um silêncio se formou ali. O único barulho era apenas da respiração ofegante do Justin.

Ele se virou com tudo e saiu andando rápido. Ouvi seus passos subindo a escada e me sentei no balcão, relaxando mais.

-Você...ta bem? - Perguntei passando a mão no seu rosto.

-Eu estou com a boca sangrando, olho roxo e o rosto doendo. Se isso for bem pra você!

-Me desculpa por ele...

-Você não tem que se desculpar. Não foi você que me bateu.

Chaz se sentou na mesa e o maldito silêncio se formou denovo. Eu não sabia nem o que raciocinar direito.

Maldita hora que os meninos sairam. Eu nem sabia que aqueles putos tinham casa em Seattle. Se bem que o Justin já tinha me falado que cada um tinha comprado uma casa lá a um tempo atrás. Mesmo que eles nem iam lá sempre. Só pelo prazer de gastar dinheiro.

E o pior que com esse problema do Justin, está dificil comandar tudo. As boates em Atlanta, toda a coisa de vender drogas para as pessoas de outros lugares, o que dava um dinheirão, vender até mulheres, como se fossem objetos, etc. O Justin era o chefe e meio que ficou pesado para os meninos. Eu achava um horror o que eles faziam, mas queria poder ajudar de alguma forma.

Resolvi sair dali e ir para o quarto da Sam. Ela estava deitada mexendo no celular.

-Vai ficar ai o dia todo? - Me sentei do lado dela

-Não quero ver o Nolan - Ela disse sem tirar os olhos da tela

-Ele saiu...

-Ô glória, tava morrendo de fome! - Ela se levantou em um pulo e saiu correndo lá pra baixo.

Sorri e me deitei ali. Fiquei pensando, pensando e pensando. Se passaram uns vinte minutos e eu resolvi sair do quarto. Abri a porta e dei de cara com o Justin passando. Ele fingiu que eu não estava ali e desceu as escadas. Aquilo me machucava. Droga!

Aproveitei e fui para o quarto tomar um banho. Foi bem rápido, apenas para espantar um pouco a tristeza e a desanimação.

Tinha esquecido de pegar o roupão ou a toalha, então sai pelada mesmo. Fui para ir até o closet, mas me vi de raspão no espelho e voltei para me admirar um pouco. Peguei em minha barriga e sorri ao olha-la. Estava me sentindo uma Deusa. Se bem que nem estava tão grande assim. Para quem estava de praticamente sete meses, até que não estava enorme.

Me despertei dos meus pensamentos quando senti mais uma presença no quarto. Olhei rapidamente e o Justin me olhava intacto sem nenhuma expressão. Na verdade ele olhava meu corpo. Graças a Deus eu estava depilada, se não ia morrer de vergonha. Sorte minha que eu me depilava sempre, nunca esquecia.

Ele encarou meu corpo e passou a lingua entre os lábios. Ficamos ali olhando um ao outro por uns segundos, mas logo o despertei do transe, indo andando rápido até o closet. Vesti um top de pano bem mole para me deixar confortável com a barriga de fora e coloquei um short verde bebê com uns babadinhos. Fui procurar a xuxa para amarrar meus cabelos. Afastei as roupas e vi uma caixinha. A abri e vi o colar. Aquele colar maravilhoso que o Justin me deu quando roubou a joalheria. Eu o guardava muito bem. Nunca tinha ido em um evento tão importante a ponto de usa-lo.

O coloquei de volta no lugar. Acabei achando a xuxa e fazendo um rabo de cavalo em meus cabelos que estavam bem mais longos do que sete meses atrás.

Sai do closet e me deparei com o Justin admirando o próprio rosto no espelho. Mesmo sem fazer idéia de como era antes de tudo, ele continua obcecado por si mesmo.