Capitulo 2

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Uma semana depois....

E finalmente o sinal tocou. Todos sairam correndo da sala igual animais, só eu e Sam saimos andando igual gente, mas minha vontade era de voar pra chegar em casa mais rápido.

Essa semana que se passou foi bem...como posso dizer?

Bom, eu e Mat discutimos FEIO, mas eu consegui convence-lo de que eu o amo e nunca o trairia. Ai ele me perdoou.

O Justin Bieber não apareceu em busca de vingança. Graças ao bom Deus acho que ele esqueceu dessa história.

Entrou um menino novo na sala no dia seguinte do ocorrido na festa. Ele é todo estranho, fica me observando, e parece que já até tirou fotos minhas. Um dia ouvi ele conversando com alguém no telefone. Achei muito suspeito, pois ele disse: "ela não parece preocupada com isso. Ela chega as sete e meia e sai as uma da tarde. Sim chefe, eu já a segui. Ele sempre passa pela rua oito." não sei se era coisa da minha cabeça, mas jurava que ele tava falando de mim. Sam deu a louca e queria denunciar ele pra policia. Mas eu não podia fazer isso sem provas.

Então vamos dizer que essa semana foi meio....doida.

Liguei o rádio enquanto passava pela rua oito em direção a minha casa. Estava passando uma musica que eu adorava, então aumentei o volume e começei a cantar junto.

Fiquei perdida em meus pensamentos. Fui praticamente no inferno e voltei com o susto que levei quando um carro parou bem em minha frente. Freei com tudo, e por pouco bato no infeliz.

Desci do carro puta da vida.

-Qual o seu problema!? - Parei bem do lado da porta do carro. A janela era escura e parecia a prova de balas. Estranho.

Escuto a porta ser destrancada e logo aberta. De dentro dela sai a pessoa que eu menos queria ver na vida.

Gelei na hora e dei uns passos pra trás. Ele jogou o resto do cigarro que tava fumando fora e tirou os oculos escuros de uma forma sexy, me olhando sombrio. Merda!

-O-o que você quer? - Gagejei e ele riu pelo nariz.

-Já esqueceu?

-Do que? - Me fiz de boba.

-Parece que sim - Ele coçou o queixo. - Deixa eu refrescar sua memória. Digamos que você... Vai me pagar caro por aquele dia...

-Droga, mas por que!!? Eu não fiz nada!

-AQUELE SEU NAMORADINHO DE MERDA ME BATEU POR SUA CAUSA!!! E... Ele também me pagará caro - Ele sorriu. Que cara exagerado.

-O que você vai fazer com ele?!

-Digamos que eu te usarei para atingi-lo...

Isso estava errado. Aquilo que aconteceu não era motivo pra isso tudo. Agora entendo a fama ruim dele.
Apenas virei as costas e ia entrar novamente em meu carro, mas ele me impediu, segurando em meu braço.

-Não vira as costas pra mim, vadia!

Ele me puxou novamente com brutalidade. Ah, daquilo eu não admitia que me chamassem. Tomei coragem do fundo do meu cu e lhe dei um tapa na cara. Eu já estava fodida de um jeito ou de outro mesmo. Vi a raiva em seus olhos.

Ele me jogou com tudo no chão. Eu fui igual uma folha sendo soprada pelo vento. Aquele cara era forte. E muito perigoso também.

Quando meu corpo bateu com tudo no chão, ameaçei chorar, mas não iria fazer aquilo na frente dele. Mas a dor que eu senti foi muita.

Ele pegou em meus cabelos e me levantou por eles. Droga, ninguém aparecia naquela merda de rua. Ele me devolveu o tapa na cara. Mas parece que minha cabeça iria voar longe de tão forte que foi. Aqueles braços cheios de tatuagens e musculosos eram muito fortes, pois parece que ele não queria colocar tanta força.

Com certeza iria ficar marcas de dedos. Eu ainda via raiva em seus olhos, muita raiva. O olhar dele era tão penetrante....tá.

Ele soltou meus cabelos e eu cai denovo no chão. Minha bunda começou a doer, pois bateu com tudo. Eu não aguentaria mais aquilo. Cadê o Matt pra brigar por mim quando eu preciso?

-Me deixa ir embora. - Falei quase sem conseguir segurar as lágrimas.

-Eu vou deixar. - Ele disse parecendo pensar em algo

-Me deixa em paz, por favor.

-Não, eu não vou te deixar em paz.

Ele simplismente entrou no carro e arrancou com tudo. Agora sim eu começei a chorar igual uma criançinha.

Que merda de cara louco é esse?

{...}

Chegei em casa acabada. Já sabia que Matt estaria lá, então no caminho passei maquiagem pra desfarçar o choro e a tatuagens de dedos que o Bieber fez em minha cara.

Quando Mattew me viu deu um sorriso enorme e veio correndo me abraçar. Até me rodou no ar. Que exagerado, a gente se viu ontem. Mas mesmo assim, eu amava aquele idiota.

-Vamos comer fora hoje? Sei lá. Comida japonesa?

Ele tocou em meu ponto fraco. Comida. Mas sinceramente eu não estava com ânimo pra isso.

-Hoje não - Dei um celinho nele e dei um sorriso pra desfarçar.

-Você ta doente? O que aconteceu? Você nunca negaria comida. - Ele começou a colocar a mão em minha testa pra ver se eu estava com febre e eu ri.

-Não seu imbecil - Tirei a mão dele da minha testa. - Tô muito cansada pra isso. Pode ser amanhã?

-Claro. O bom é que hoje a gente fica aqui e faz coisas melhores - Ele me jogou no sofá e começou a me beijar.

Eu não estava com ânimo pra nada. Muito menos sexo.

-Se eu tô cansada pra sair e comer, imagina pra isso Mattew? - O empurrei.

-Ah, qual é Julie? Vai querer ficar fazendo o que então?

-Pode ser....dormir?

-Você ta estranha. O que aconteceu? Aconteceu alguma coisa sim. Fala logo. - Droga! Porque ele me conhecia tão bem?

-Já disse que não é nada! Vamos fazer....chocolate quente? - Falei o que veio em minha cabeça.

-Ta calor Julie...

-Hã...torrada? Vamos lá Matt - O puxei em direção a cozinha. Tentando o máximo fingir estar animada.

{...}

Depois que ele foi embora, liguei pra Sam e contei tudo. Ela ficou boquiaberta. Como sempre ela me da muito apoio, só conseguia falar "ai meu Deus, dessa vez vocês se foderam muito." ela não tinha cérebro o suficiente pra pensar direto em situações assim.

Meus pais chegaram, fui dormir pra poder acordar cedo amanhã. Maltida escola!

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