Loving Dangerously

Capitulo 87

-Que caralho! Como essa porra do caminhão virou assim?! - Gritei nervoso dando um murro na mesa, fazendo os meninos e o Khalil se assustarem. - Ainda bem que o filho da puta do motorista morreu. Se não eu faria questão de matar ele da pior forma!

-Temos que ligar pro cara onde você comprou as vadias e encomendar outras. Ou é pegar o dinheiro de volta. - Ryan disse.

-Pegar o dinheiro de volta uma porra. Eu preciso dessas mulheres. As minhas boates precisam de carne nova. Os clientes podem enjoar!

-Ele tem razão - Chaz disse.

-Pode deixar. Eu ligo pra ele - Nolan disse pegando o celular.

-Não. Eu mesmo resolvo. Vocês vão repassando o plano que eu fiz pro próximo roubo.

Sai da sala em direção ao bar. Pedi uma dose de qualquer coisa forte e virei com tudo. Repeti isso por mais umas vezes.

-Olha quem voltou! - Ouvi uma voz feminina. Me abraçaram e logo vi que era a Hailey.

-Desde quando te dou essa intimidade para chegar me abraçando?

-Nossa, chefinho. Estava com saudades - Ela deu um sorriso malicioso e pediu uma dose também - E...a Julie? Já acabaram com a história de "namoro"? - Ela fez aspas com a mão.

-Não. E nem vamos terminar, se é o que está pensando! Agora esquece minha vida pessoal porque a única coisa que te interessa é essa porra de boate! - Falei pedindo outra dose e já me sentindo meio tonto.

-Que pena. Eu poderia te fazer bem mais feliz, sabia? Até meu pai apoia a gente. Ele quer muito que a gente fique junto...

-Ele quer muito um tiro na testa igual você - Virei o copo e me levantei para sair antes que descesse o murro nela.

-Espera! - Ela segurou meu braço - Você me odeia não é?!

-Eu nem penso em você pra conseguir te odiar! - Me soltei. Ela soltou uma risada cínica.

-Engraçado. Você tem várias boates espalhadas por Atlanta e só vem nessa, exatamente a que eu trabalho...- Ela disse mordendo os lábios.

-Você não tá pensando que eu venho por sua causa ne? - Soltei uma gargalhada alta - Não te devo explicações, mas mesmo assim vou falar. Essa é a minha principal boate. Pra que ir em todas se eu posso monitorar todas frequentando só uma? Eu não trabalho sozinho, tenho pessoas de confiança por todo lugar. Agora para de ser iludida! - Voltei a andar a deixando com uma cara fechada.

Passei pelas pessoas limpando e as vadias ensaiando no PollyDance e fui pra fora ligar pro merda do Finn.

-Fala meu amigo!

-Não sou seu amigo. A porra do caminhão com as vadias virou. Morreu todo mundo, quero outras.

-Tá nervoso? - Ele riu.

-Eu tô puto não me faz ficar mais ainda. Só me mande mais vadias gostosas. Assim o dinheiro que paguei não é jogado no lixo! - Desliguei o celular de vez.

Entrei novamente e repassei o plano junto com os meninos. Fiz o que precisava e tirei o atraso dos assuntos que eu tinha que ficar por dentro. Terminamos tudo de madrugada.

Chegamos em nossa casa que fazia tempo que eu não via. Cai exausto na cama, mas resolvi ligar o celular antes de pegar no sono.

Tinha trinta chamadas perdidas da Julie. Porra, passei o dia todo sem lembrar dela. Esse foi meu record. Mas enfim, eu estava ocupado, ela tinha que entender.

Retornei a chamada e ela atendeu já no segundo toque.

-Seu filho da puta desgraçado! Como sai assim sem me falar nada?! - Péssimo momento para atender essa porra de telefone. Estou estressado demais pra isso. Ainda mais pra falar com ela.

-Não devo explicações a ninguém!

-A mim você deve!

-Desde quando?

-Desde que estamos namorando. Se não fosse a Sam, eu nunca ia saber que você foi pra Atlanta. Por que me deixou aqui?! Eu acabei de dar a luz a nossa filha!

-Caralho, Julie. Eu realmente não estou com paciência pra drama agora. Eu tive que vir, é o meu trabalho.

-É mais importante do que a Angie e eu?!

Não falei mais nada. Apenas desliguei o telefone.