Capitulo 1

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Se eu estava ferrada? Talvez um pouco.

Minha mãe e meu pai deixou eu sair para baladas, pois eles entendem que eu tenho apenas 17 anos e tenho que curtir a vida. Mas deixaram uma regra: não chegue muito tarde e não beba bebidas alcólicas.

Bom, aqui estou eu. As quatro da manhã, dançando na pista faz tempo e com um litro de Whiskhy na mão. Tudo bem que não era meu, e sim de Samara (minha melhor amiga). Mas eu já dei dois goles.

E outra, eu também estava encrencada com Mattew. Meu namorado. Ele é muito ciumento e não quer que eu saia sem ele de jeito nenhum. Bom, a gente discutiu e eu acabei vindo. Qual é? Tenho que curtir um pouco, e ele tem que sair do meu pé e confiar em mim. Eu nunca trairia ele.

Meus pés já estavam doendo que tanto que eu dançei. Maldito salto. Eu deveria ter vindo de tênis ou rasteirinha mesmo.

Eu não aguentava mais. A qualquer hora sentia que meus pés iam explodir. A música era muito boa, e meu corpo clamava pra dançar, mas eu tinha que descansar um pouco.

Chamei Sam e a gente sentou no bar que tinha ali. Mandei o moço guardar meu salto e eu ia ficar um pouco sentada, pra já me jogar na pista denovo, mas dessa vez, descalço.

Eu e Sam cantavámos junto com a música e mexiamos o corpo, mesmo sentadas. Eu não conseguia ficar parada. Olhei as pessoas dançando e logo meus olhos pararam em quatro rapazes. Tava escuro e não dava pra ver direito, mas vi que um deles não tirava o olho da minha amiga.

-Olha disfarçadamente pra você quer aquele gatinho que ta te olhando - Gritei no ouvido de Sam para que ela podesse ouvir. Ok, eu não sabia se era gatinho, tava escuro.

Foi a mesma coisa de dizer "hey Sam, encara o moço que ta te olhando" pois a anta da minha amiga virou a cabeça igual a menina do filme "O Exorcista". Ela deu um sorriso, no qual ele retribuiu.

-Eu falei disfarçadamente sua burra!

-Disfarçar pra que? Tomara que chege em mim logo! - Ela bateu palmas animada e eu ri.

Se passou um tempinho e eu já estava pensando em voltar pra pista. Queria aproveitar o máximo.

Ia falar pra Sam pra nós voltarmos a dançar, mas vi que o garoto tava vindo em nossa direção, então fiquei quieta.

Ele disse alguma coisa no ouvido dela. Ela me olhou sorrindo e saiu junto com ele. Fiquei sozinha, maravilha.

Dançar sem minha amiga não é a mesma coisa, então fiquei lá esperando igual uma trouxa.

Pedi um copo de vodka. Nunca tinha bebido aquilo. Na verdade já, uma vez.

Virei com tudo e parece que eu joguei gazolina e botei fogo. Que coisa péssima! Balançei minha cabeça e começei a tossir.

-Não aguenta um copinho simples de vodka? - Uma voz rouca disse atrás de mim.

-Não - Falei quando parei de tossir e fiz uma careta.

-Eu bebo sem problema algum - Ele pediu um copo pro homem. Porque aquele infeliz não saia de trás de mim?

-Vai ficar ai atrás? - Disse sem nem me virar pra ver quem era.

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