Na delegacia de polícia de San Diego.- 911. Qual sua emergência?
- Minha filha sumiu desde cedo. E eu não faço a menor ideia de onde ela está!
- Se acalme senhora, o tempo de desaparecimento é de vinte e quatro horas. Por favor descreva sua situação.
- Ela não pode sair de casa, sofre de uma doença degenerativa e a qualquer momento precisamos levar ela para o hospital, por favor! Minha filha de doze anos estava sozinha com ela quando uma moça veio aqui e pediu para passear com minha filha, e ela aceitou ir, eu estava no mercado... por favor, eu não ligaria se não fosse uma emergência.
- Mantenha calma, qual seu endereço senhora?
[...]
O dia estava agitado no departamento de polícia. Davys e Santos estavam firmes averiguando toda a situação, eles tinham quase certeza de que o assassino de Ellen Green era alguém que tinha contado com flores, e com certeza sabia o mínimo de medicina, então logo os pais de Melânia viraram os principais suspeitos, o motivo? Não sabiam, ainda não, mas não parariam de seguir as pistas.
- Santos, temos que tomar o depoimento dos pais de Melânia, eles com certeza tem algum envolvimento.
- E se forem falsas pistas? Não podemos simplesmente fingir que não existem outros suspeitos Davys, você está muito nervosa. Esse caso está mexendo muito contigo, quer mesmo continuar?
- Jamais irei abandonar um caso.
[...]
Enquanto o departamento estava cheio de denúncias. Melânia estava em casa, praticamente sozinha, com sua irmã mais nova, sua mãe havia saído para o mercado e sua irmã gêmea quase não falava com ela, pois havia perdido o elo de irmandade quando Ellen apareceu na vida de Melânia.
A campainha toca, a irmã de Melânia foi atender, acreditando ser sua mãe que havia esquecido alguma coisa.
- Olá, em que posso lhe ajudar?
- Oi, Aisha. Você não deve se lembrar de mim, mas eu vim aqui faz alguns anos... Eu gostaria de falar com a Mel, posso?
- Eu não sei... - de repente Melânia viu quem estava na porta, ela com toda dificuldade do mundo se aproximou com sua cadeira de rodas.
- Você por aqui? Entre. Pensei que nunca mais te veria na minha vida.
- Tudo bem se a gente der um passeio? Eu não me sinto confortável aqui. Preciso trocar algumas palavras com você, antes que você parta, eu soube que está muito doente.
- É, você tem razão, precisamos conversar mesmo, eu preciso do seu perdão. - respondeu Melânia abaixando sua cabeça.
- Estou aqui disposta a lhe dar meu perdão. - respondeu a jovem Lia olhando para o chão. A garota assentiu.
As duas sairam juntas. Lia empurrava a cadeira de Melânia pelas ruas. Elas caminhavam sem trocar nenhuma palavra, apenas sentindo o vento tocar seus rostos.
- Tudo bem se formos para o outro lado da cidade? Sei que vc me chamou para ir, mas eu gostaria de ir a um lugar antes de morrer. Meus pais não me deixam sair, estou passando meus últimos dias em casa, e caramba... Isso é pura tortura, porém eles não me entendem. - desabafou com a voz fraca.
- Claro, vamos...
Lia estava apreensiva, com os olhos vermelhos e inchados.
- Mel, eu passei a noite de ontem bebendo e fumando drogas. Bebi meu orgulho e fumei coragem de vir aqui hoje, faltei na escola. Gostaria tanto de saber o porquê, de tudo o que aconteceu nos últimos anos. Eu realmente não entendo, a razão pela qual vocês me machucaram.
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O caso de Ellen Green
Mystery / Thriller[Livro 1/Concluído] "O ser humano não faz a mentira, a mentira é quem faz o ser humano." Ellen Green foi encontrada sem vida no banheiro de sua escola, uma morte misteriosa e quase nula de suspeitos no início. Davys e Santos estão agora em bu...