Cap. 15 - ※O acidente dos Green※

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    A noite estava quente, fazia mais ou menos uns 32°C. Davys estava deitada, mal conseguia dormir pensando nas preocupações que tinha. Ela rolava de um lado para o outro. Enfim, depois de quase duas horas tentando, ela finalmente conseguiu dormir. Foi aí então que ela começou a sonhar, ou melhor dizendo, começou a ter seus pesadelos.

   Davys estava de pé em uma estrada, quase como se fosse na pista de Granville n° 7429, era a rua de seu primeiro caso, à exatos sete anos e cinco meses atrás, sua primeira vez solucionando casos. Em sua direção um carro, desgovernado, não conseguia parar. Davys gritou para que o carro parasse, mas ele não parava, até que foi atingido em cheio por um caminhão, no momento da batida, a detetive tentava pedir por socorro, mas infelizmente sua voz não saia, ela só conseguia ouvir os gritos dos civis e as sirenes.

   Davys acordou toda empapada de suor, seus cabelos castanhos estavam encharcado. Ela se levantou, olhou no relógio eram 4h36 da manhã. A mulher então foi ao banheiro lavar seu rosto, em sua cabeça só apareciam imagens daquele sonho.

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    Já de manhã, Davys nem tomou seu café, com a pressa que estava para descobrir alguns fatos ela foi direto para o departamento, não conseguia parar de pensar no seu sonho. Ao chegar, ela foi diretamente para o escritório do oficial.

— Com licença, oficial? Eu preciso falar com você. - disse Davys já adentrando.

— Ah, olha, Davys. Como está? Chegou mais cedo hoje. - respondeu o oficial dando uma golada no seu café quente.

— Você parece morar aqui, oficial. - brincou Davys.

— Meu horário é o mais cedo daqui, Davys. Tenho que estar às 6h30 aqui, mas não vamos mudar de assunto, fiquei curioso agora, o que aconteceu?

— Oficial, eu gostaria de saber sobre a morte dos pais da Ellen, gostaria de ler a causa da morte de cada um... será que isso é possível?

— Bem, acho que nada é impossível quando se trata de querer, mas por que isso agora? Algum motivo em especial? - arqueou a sobrancelha.

— Eu sinto que não está batendo algo, preciso entender o motivo pelo qual a vida daquela garota mudou tão drasticamente...

— Entendo, qual o nome dos pais dela? Deve estar na pilha de casos arquivados. - sugeriu o oficial.

— Ronald Green e Louise Green.

— Me acompanhe. - O oficial estava levando Davys até a sala de casos finalizados, onde ficava os documentos com o laudo da morte, fotos da cena do crime, entre outras coisas.

— Está em ordem? - perguntou Davys.

—  Sim, senhora. Pode começar procurando Green, não vai ser difícil encontrar.

—  O.k., muito obrigada, oficial. - sorriu.

   O oficial saiu e deixou Davys procurando pela pasta. Haviam centenas de caixas com o símbolo amarelo, que queria dizer que eram os casos resolvidos, as azuis eram casos arquivados. Davys então começou sua caçada pela caixa Green, até que depois de vinte minutos procurando ela encontrou. Delicadamente colocou a caixa sobre uma mesa, abriu e começou a ler.

— Ah, meu Deus.. - Davys ficou espantada, colocando os dados dentro da caixa. Foi diretamente para o seu escritório.

— Davys? Tão cedo aqui? Algum bicho te mordeu? - brincou Santos, que havia acabado de chegar, ele estava colocando seu casaco sobre a mesa.

O caso de Ellen GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora