O dia estava quente em San Diego, fazia uns 36°C, no departamento a sorte eram os ventiladores, que apesar de estarem lá parecia fazer anos, ainda estavam funcionando até bem.
Santos e Davys estavam em um restaurante de comida italiana logo a frente do departamento, era seu horário de almoço, na semana da massa, então havia tudo quanto é tipo de guloseimas calóricas. Davys estava comendo uma macarronada e Santos o bom e tradicional Gnocchi, eles estavam tão concentrados na comida, que até se esqueceram que faltavam cinco minutos para acabar seu horário de almoço e voltar para seu trabalho.
A Detetive Carina Lancaster e seu parceiro Alexsandro Sanchez estavam agora encarregados do desaparecimento de Joanne Green, já que Santos e Davys deveriam cuidar exclusivamente do caso de Ellen e além disso tratar de descobrir o que de fato aconteceu com a pequena Hellena Green.
Voltaram para o departamento. Os detetives estavam sorridentes, até darem de cara com o oficial Maccurteney, que estava com uma cara fechada, nem parecia o alegre policial encarregado de supervisonar os detetives.
- Onde estavam? - perguntou Maccurteney com um tom de voz exaltado.
- Almoçando. - respondeu o detetive em um tom de voz ainda mais exaltado, Santos tinha esse problema, ele dificilmente conseguia não explodir em situações delicadas.
- O que houve oficial? Algum problema? - perguntou Davys.
- Olha, vocês deveriam estar aqui faz dez minutos, por que diabos demoraram tanto? - Ele gritou com os dois.
- Ei cara, que porra é essa? Tu pode ser nosso supervisor, mas isso não te faz melhor que a gente!!! - Santos surtou de raiva, ele era cabeça quente.
- Calma vocês dois. Nos perdoe oficial, acabamos perdendo o tempo. Mas já vamos voltar para a ativa, nós iremos para o hospital agora mesmo, ver o que aconteceu com a Hellena, então fique tranquilo! - respondeu a mulher em um tom doce, ela era a única pessoa que suportava as mudanças bruscas de humor de Santos.
- Certo Davys! Então vão logo, eu preciso resolver uns problemas aqui e não posso ficar mandando vocês fazerem tudo, vocês tem maturidade o suficiente para isso! - respondeu o oficial, tentando disfarçar sua vergonha.
Santos saiu e foi logo para sua sala, seu descontentamento era visível, pelos passos raivosos que o homem dava. Davys o seguiu mas antes se despediu do oficial.
Ela chegou na sala. Se deparou com o detetive socando seu próprio casaco, era uma forma dele descontar seu ódio.
- Mas que droga! - Santos se estressava fácil.
- Ei, ei, ei. Acha que eu também não sofro com ataques de raiva dos outros? Calma aí Santos, as vezes temos que engolir sapos para sermos reconhecidos, sabe como eu sou conhecida aqui? Como mulher sem sentimentos, porque tenho que aguentar suas crises de raiva e mesmo assim não falo nada, então se acalma aí e vamos para o hospital.
- Certo. - o homem respirou fundo e foi até a pasta, pegou a foto de Hellena e seguiu rumo a porta.
- Vamos para lá! Dessa vez eu dirijo, nem que seja no seu carro. - Davys seguiu Santos.
Ambos entraram no carro e seguiram para o hospital. A detetive era que dirigia agora, a raiva do seu parceiro poderia acabar causando algum acidente. Ambos decidiram evitar isso, caso viesse a acontecer.
Davys tentava de toda forma fazer seu colega se acalmar, mas parecia impossível, ele estava empapado de suor, não só pela raiva mas também pelo calor que fazia naquele dia.
Quando chegaram lá foram até a entrada, o hospital era enorme, digno de filmes e séries, tudo ali causava uma harmonia, havia um caminho de flores até o local. Ao adentrarem foram para a recepção havia uma jovem muito bem educada, com um enorme sorriso no rosto, ela meio que se aproxima dos dois.
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O caso de Ellen Green
Mystery / Thriller[Livro 1/Concluído] "O ser humano não faz a mentira, a mentira é quem faz o ser humano." Ellen Green foi encontrada sem vida no banheiro de sua escola, uma morte misteriosa e quase nula de suspeitos no início. Davys e Santos estão agora em bu...
