Na manhã seguinte...— Já acordada? - Angelina viu sua irmã sentada no sofá.
— Não consegui pregar os olhos... Estou um pouco assustada.
— Mari, você sabe que eles só queriam te amedrontar, fazem isso com bons detetives... Mas é preciso tomar cuidado, sabe disso, não é? Mas tenta se acalmar.
— Eu sei, mas não é fácil. Se fosse comigo que estivessem mexendo, Angelina, mas não! É com você, minha família. E até mesmo com a Melissa, passei a noite pensando e cheguei em uma conclusão!
— Qual seria?
— Nós vamos nos mudar daqui. Vamos para outro local, pelo menos até que a gente prenda o assassino de Ellen Green, e então assim poderei ficar mais tranquila.
— Está certo, mas acha que é alguém que esteja envolvido no caso da Ellen?
— Talvez, tenta se cuidar.
— Bem, hoje vou passar o dia na casa da tia Holi. Então não precisa se preocupar. - ela sorriu.
Davys era realmente uma pessoa muito familiar, ela sempre colocava sua irmã, sua mãe, sua sobrinha e até seu padrasto Laubert em primeiro lugar. Desde que seu pai foi morto, e o assassino nunca foi preso, ela decidiu ser detetive e prometeu nunca desistir de nenhum caso até que o culpado fosse preso.
Ela levou sua irmã para a casa de sua tia Holi, até o outro lado da cidade, e acabou passando em uma cafeteria pra pegar algo para comer já que ela havia saído mais cedo de casa. No meio do caminho seu celular toca, ela estaciona seu Smart e atende o celular.
— Alô? Quem está falando?
— ... - do outro lado iria reinar um silêncio, se não fosse pelos balbucios de uma criança.
— Alô? Quem está falando? É você Travor?! - Travor era o ex namorado de Angelina e pai de Melissa sua sobrinha.
— ...
— Se não me responder vou desligar! - ameaçou, Davys. Mas o silêncio reinou, e ela desligou o celular e o colocou sobre o banco do carro.
Prendeu as mãos que já estavam suadas sobre o volante, deu a partida em seu carro e seguiu para o departamento. Davys estava nervosa, não conseguia tirar sua mente os fatos que estavam a acontecer recentemente.
Quando chegou no departamento, Santos logo vem em sua direção. Ele a cumprimentou, os dois então seguiram em passos ligeiros para sua sala.
Novamente o celular tocou, Davys atendeu e para sua não surpresa, do outro lado o som de um bebê, ela se irritou e desligou o celular
— Quem era? - perguntou Santos.
— Eu não sei, o número era privado, bem conveniente, não? Havia um pequeno ruído, parecia um bebê balbuciando, não sei te explicar, mas isso me deixou assustada.
— Quer um copo de água? Você está pálida. Mas não se preocupe Davys, provavelmente era só um babaca te passando um trote!
— Estou bem, não precisa se preocupar.
Neste momento entrou uma secretária do departamento de polícia, trazendo um pequeno envelope marrom claro.
— Detetive Davys, este envelope está com seu nome. Um senhor que não era carteiro, mandou eu lhe entregar isso, diz ele que foi parado na rua por uma pessoa com vestes pretas e touca tampando quase todo seu rosto, e essa pessoa pediu para lhe entregar isso! Acredito que não seja boa coisa, talvez esteja relacionado ao seu caso. - disse a Secretária.
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O caso de Ellen Green
Tajemnica / Thriller[Livro 1/Concluído] "O ser humano não faz a mentira, a mentira é quem faz o ser humano." Ellen Green foi encontrada sem vida no banheiro de sua escola, uma morte misteriosa e quase nula de suspeitos no início. Davys e Santos estão agora em bu...