Cap. 11 - ※O depoimento de Nagisa Kim※

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O caminho de volta para o departamento foi silencioso. A detetive não parava de relembrar dos fatos que ocorreram anteriormente. Ela apenas apoiou sua face sobre o banco e observou de relance a estrada.

Chegando no departamento de polícia, ambos não queriam perder tempo, precisavam ter outra conversa com o oficial. Santos, tinha de resolver alguns assuntos pendentes. Davys então adentrou sozinha o grande local, o qual estava a mesma correria de sempre.

Ela avistou novamente seu superior por de trás da parede de vidro, ele estava organizando uma enorme papelada. A feição do homem era de irritação, apesar de nunca ter faltado com respeito a nenhum de seus colegas.

- Oficial, com licença. - a mulher batou na porta já quase aberta e entrou no escritório.

- Ora, ora. Davys, entre. - respondeu com um sorriso no rosto.

- Posso lhe fazer algumas perguntas? É sobre o assassino em série o qual o senhor prendeu, ou conhecido popularmente como o monstro da Dália.

- Claro, sente-se. Quer saber sobre meu heroísmo no qual eu e minha linda parceira conseguimos prender, e depois de longos seis meses, com pouquíssima ajuda de quaisquer aliado? - sua feição virou de pura confiança e empolgação.

- É, gostaria de saber como funciona a mente de um psicopata. Acho que quem matou a jovem, possa ter sido algum.

- Na verdade, Davys. Ele era um sociopata nível cinco, ele viu sua mãe ser morta pelo seu pai e em seguida ele foi mandado cavar o túmulo de sua mãe, a tia do jovem era amante do pai dele, ela era bem mais nova. Àquilo destruiu a mente do jovem rapaz, ele sentia a necessidade de se vingar de sua tia. Inclusive, ela foi sua primeira vítima.

- Nossa... Bem, oficial, me diga, quem era ele?

- Johnson Smith, o nosso antigo delegado.

- Mesmo? - se impressionou.

- Mesmo! Foi difícil conseguir pistas que o ligassem ao caso, mas pegamos ele afinal. Havia apenas 1% de chance de ser ele, com nossa persistência conseguimos transforma-la em 50% e depois em 90% e por fim em 99% até que ele confessou o crime.

- Então acha que nosso assassino é alguém que estamos deixando passar?

- Davys, a detetive é você. É você quem deve achar alguma coisa, eu sou só um detetive aposentado, que atualmente está organizando papeladas de casos arquivados.

- Obrigada, oficial! Bem, então preciso ir, já deixamos este caso passar tempo demais. - se virou e andou rapidamente em direção a porta.

- Davys! - a chamou antes que pudesse sair.

- Sim? - se virou rapidamente.

- Não se preocupe com o tempo que perderam, se preocupem em achar o assassino. Esse é o seu trabalho. Infelizmente não podemos trazer a Ellen de volta, mas podemos trazer esperança para sua tia. - sua testa estava suada.

- Certo. - ela o correspondeu com um sorriso.

Davys saiu da sala do oficial, para isso ela deveria passar novamente pelo centro do departamento, seus passos agora estavam em menor intensidade. Quando estava indo para seu escritório viu uma mulher vestida com um vestido florido, ela era baixa de cabelos brancos e cortados na altura da orelha, a senhora falava alto com a secretária, dizia que precisava ajudar a jovem Grey.

A detetive desconfiada de que Grey pudesse ser Green, segue então em direção a senhora.

- Algum problema aqui? - olhou a mulher por baixo, já que ela era bem menor.

O caso de Ellen GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora